Hoje, nesta madrugada, Lady Gaga apresentou-se no Coachella Festival, que aconteceu na cidade de Indio, no estado americano da Califórnia. Em consonância com os vídeos da passagem de som que vazaram na rede, na tarde de ontem (15), a cantora apresentou ao público músicas de todas as eras, no show que foi transmitido, via stream, no YouTube.

A Mother Monster, mais uma vez, conseguiu superar, através de vocais poderosos e esperadas coreografias bem-elaboradas, a expectativa de seus fãs e dos demais no evento presentes, interpretando os hits que solidificaram sua carreira, além de ter presenteado seus fãs mais fervorosos com músicas que, segundo eles, são injustiçadas, ou seja, não foram lançadas por Gaga e sua gravadora como singles oficiais e, consequentemente, não tiveram seus respectivos clipes gravados.

Ao contrário do que imaginávamos, além das épicas canções que a arremessaram ao auge da fama, Gaga trouxe ao vivo para o público o seu mais recente álbum de estúdio, Joanne, interpretando apenas John Wayne, A-YO e Million Reasons (Andrelli Remix), oficializando, assim, o sucesso do até então smash hit da era Joanne, descendo do palco e indo em direção ao público.

Como já dito, Gaga nos levou para passear no túnel do tempo de sua carreira, sendo que o início de seu show, antes da artista subir ao palco, se deu com um mash-up de Monster, Donatella, Dance in the Dark e Aura. Foi após esse rápido mash-up que Gaga surgiu no palco, ao som de Scheiße, usando um sobretudo, um cap e cinto pretos, começando o show com um ótimo comeback à era Born This Way.

Não dando fim à sessão nostalgia, Gaga, após performar nossa amada música que se inicia com verbetes aleatórios em alemão, arremessa o cap que utilizava, e seu cinto, nas partes frontal e traseira, acendeu-se, como se fosse uma espécie de disco stick da era Joanne, dando início, então, à apresentação de Love Game.

Logo depois de terminar a performance de Love Game, Lady Gaga, ao introduzir a próxima canção, disse:

"A minha coisa favorita de festivais é que há multidões de homens perigosos e do mundo. Eles são meus favoritos. Onde vocês estão? Preciso de vocês. Sinto sua falta, John Wayne!"

Isso foi o suficiente para Gaga encarnar seu lado bad girl para, posteriormente, poder interligá-lo com um simples rap com trechos de Just Dance, enquanto um dançarino colocava o keytar sobre seu corpo, introduzindo, assim, a canção e fazendo o público delirar ao som do single que impulsionou bruscamente sua carreira.

Como é de praxe, houve uma rápida troca de roupa seguida de Born This Way, momento em que Gaga surge com uma jaqueta jeans com uma estrela nas cores do arco-íris e detalhes, por todo o conjunto que vestia, com as cores da bandeira LGBT. Dessa forma, a artista apresentou seu hino de amor próprio e ao próximo, rememorando a icônica canção que é carro-chefe de seu terceiro álbum de estúdio.

Aposto que os fãs de ARTPOP, assim como eu, surtaram quando Gaga, em dado momento, falou o seguinte:

"Às vezes sinto que, sabe, quero ser outra pessoa ou, então, quero sentir e experienciar algum lugar que nunca via antes. Então me agita, Coachella! Vamos para Vênus!"

Dessa forma, Gaga lançou seu foguete e nos levou à uma viagem ao apresentar Venus, tendo, logo em seguida, cantado A-YO e, imediatamente, retornado ao mundo colorido de ARTPOP ao nos deliciar com Sexxx Dreams.

Digamos que aconteceu o inesperado: a era The Fame Monster se mostrou mais viva do que nunca e Gaga interpretou seu hit Telephone - com direito aos vocais de estúdio de Beyoncé - e, após, nos presenteou com uma fiel performance de Alejandro a seu show no Madison Square Garden, se jogando no chão do palco e se retorcendo vigorosamente. Que nostalgia do excessivo drama inerente a Alejandro!

Mais uma canção de The Fame Monster foi cantada: Teeth. Confesso que preferia que Gaga tivesse apresentado Dance in The Dark, mas o fato dela, em seguida, ter anunciado seu novo single, The Cure (confira a letra e a tradução clicando aqui), e o apresentado, de forma inédita, ao público do Coachella, supre demasiadamente tal situação.

Após a surpresa que a artista disse ter mantido em segredo, ela foi em direção ao seu famoso piano e nele tocou e cantou The Edge of Glory, Speechless e You and I.

Houve, então, outra interlude, desta vez com a letra de Applause passando pelos telões, sendo que a arte era idêntica à de um karaokê. Após o público se deliciar ao som do hit de ARTPOP, Gaga aparece no palco usando um look preto transparente e brilhante, tendo, ainda, colocado adesivos florais descendo de sua têmpora esquerda até sua bochecha, mergulhando completamente no universo do Festival Coachella, performando, então, Poker Face.

É óbvio que a artista encerraria um show perante um vasto público, dotado de uma gama de distintos gostos, com Bad Romance. E foi dessa forma que Gaga fez mais uma memorável apresentação, recheada de performances de inúmeros antigos hits, do novo single, The Cure, e de algumas canções que compõem o álbum Joanne que, em breve, terá sua turnê mundial iniciada. Após o show que tivemos hoje, o que podemos esperar de Gaga no Rock in Rio?

Revisão por Vinícius de Souza