Finalizando a sequência de publicações, em comemoração ao aniversário do "The Fame", o site Junkee, que fez várias publicações sobre a cantora na última semana, escolheu como último assunto os videoclipes de Lady Gaga.

O site resolveu fazer uma seleção dos videoclipes da cantora, escolhendo os 7 maiores. E claro, fizeram um comentário sobre cada uma de suas escolhas.

Confiram a tradução do que foi dito:

Lady Gaga sabe o poder de um vídeo clipe excelente. Assistir todos os 26 é como assistir ela evoluindo entre eras e orçamentos, construídos sobre as estranhezas discretas dos seus primeiros vídeos como "Just Dance" e "Love Game", até os épicos de outro mundo "Bad Romance" e os bregas como "John Wayne".

Seus vídeos encorajam mergulhos profundos, descobrindo em todas as referências de filme e moda. Ou eles podem simplesmente serem aproveitados num nível de espectador. Afinal, Gaga só vive pelos aplausos.

Escolher o melhor clipe de Gaga é difícil. Nós não escolhemos os hits óbvios como "Poker Face" ou "Born This Way", nós tentamos oferecer um mix de vídeos icônicos, e aqueles que na nossa opinião são melhores e mereciam mais.

Quando nós perguntamos para as pessoas do escritório Junkee quais as escolhas deles, vão diretamente aos lançamentos do "The Fame" e seu EP "The Fame Monster".

O que nós entendemos: O escritor da Pitchfork Chris Molanphy certamente descreve 2009-10 como a era imperial de Gaga, uma época onde ela era completamente intocável. E era claro que além de seus clipes, suas roupas e sua ousadia com certeza virariam manchetes, e uma série de Little Monsters estavam aprendendo instantaneamente as coreografias, e copiando os looks. Você talvez também tenha vontade.

"Just Dance" (2008):

Considerado ser contra o que estava por vir, o primeiro vídeo de Gaga é bem morno, dirigido por Melina Matsoukas, se passa no encerramento de uma festa, onde as coisas podem ficar bem hedonistas.

Enquanto algumas coisas deles não melhoraram com o passar do tempo (como o cocar indígena em um ator, ou o retrato "ousado" de duas mulheres se beijando), tem algo a ser dito sobre o jeito que a personalidade de Gaga brilha sem os grandes orçamentos que dominavam seus vídeos seguintes. "Just Dance" é uma música inteligente sobre ficar bêbada, mas você se recompõe por que não quer que a noite acabe, e o clipe captura essa vibe.

Mesmo que ela esteja só jogando uma disco ball ou dançando sozinha no corredor, ela aparenta não estar se levando muito a sério. E quando ela se molha em uma piscina infantil de baleia inflável, é hiper-sexualizada ao ponto de ser uma paródia: um vislumbre do brega vindo do horizonte.

"Paparazzi" (2009):

Com oito minutos de duração, o dobro do tamanho da música em si, "Paparazzi" é o primeiro vídeo elaborado de Gaga, um que poderia ser considerado nada menos que um evento.

Mas quando foi lançado, o The Guardian escreveu um artigo o chamando de "total desperdício de 8 minutos", feito para uma música sobre os perigos obscuros de procurar a fama, a extravagância do clipe foi considerada narcisista e sem sentido.

Dirigido por Jonas Akerlund, o vídeo é uma fantasia de vingança, cheio de referências, assassinato e moda. Quando Gaga percebe que seu namorado Sueco (Alexander Skarsgard) está mais preocupado com as fotos dos paparazzi, do que com o amor deles, eles brigam. Ele empurra ela da sua luxuosa sacada para uma quase morte e os tabloides correm para escrever manchetes dizendo: "Gaga está acabada", mas ela se recupera (com passos de dança, claro) antes de envenenar seu namorado como vingança. Ela vai para a cadeia, mas os tabloides mudam de ideia: agora ela é a maior estrela do mundo.

Em entrevistas, Gaga falou inúmeras vezes sobre como a fama é uma performance de arte, e apesar do que o "The Guardian" diz, "Paparazzi" foi uma provocação com propósito. Foi uma declaração, Lady Gaga provou que ela sempre era o foco das atenções.

"Bad Romance" (2009):

No começo desse ano, a Billboard chamou "Bad Romance" de "melhor clipe dos anos 2000". Enquanto não é o maior nem o mais ousado de Gaga, eles dizem que o vídeo para o lead single do "The Fame Monster" elevou o nível, criando "um vislumbre até um mundo cinemático inteiro que foi emocionante e perturbante, expandindo as possibilidades do que um clipe pode atingir."

Dirigido por Francis Lawrence, "Bad Romance" se passa num futurista quarto branco, onde Gaga está presa em cativeiro por homens Russos para ser escrava sexual. Segundo Gaga, é uma alegoria referente aos abusos da fama, e os riscos de idolatrar e fazer de uma figura um fetiche. E como em "Paparazzi", Gaga se vinga.

O clipe é uma mistura dos looks mais icônicos de Gaga, cada um apresenta uma história, o macacão de PVC branco parece ser um experimento alienígena fugindo do laboratório, enquanto em outro lugar Gaga parece estar presa em uma banheira, seus olhos gigantes formam um efeito estranho (eles só aparecem em pequenos trechos). O clipe é um amontoado de 1000 imagens, sedutoras e estranhas. Como a Billboard diz, tem um mundo inteiro aqui, e provavelmente para o nosso bem só pudemos ver um trecho.

"Telephone" (2010):

O vídeo que nos trouxe 1000 fantasias, "Telephone" é uma sequência de "Paparazzi". Nesse dirigido por Akerlund com 10 minutos épicos de duração, alguém paga a fiança de Gaga, e ela vai até uma viagem inspirada em Thelma e Louise, envenenando todo mundo com Beyoncé, cheio de referências a Tarantino.

É o último da trilogia não oficial da vingança de Gaga, juntou-se a "Paparazzi" como um clipe sobre mulher matando seus capturadores. Aqui, Beyoncé que envenena seu namorado cruel, Gaga é sua melhor amiga na viagem.

Na maioria de seus vídeos, Gaga discute a fama, "Telephone" é movido pelo desejo de honrar os relacionamentos femininos. Das cenas masculinas da prisão, até a viagem incrível de empoderamento feminino, o universo de Gaga é um mundo onde mulheres podem contar umas com as outras. E diferente de Thelma e Lousie, esse foi só o começo para a viagem de Beyoncé e Gaga.

"Alejandro" (2010):

Fotógrafo de moda, Steven Klein dirigiu "Alejandro", levando um ar muito mais editorial que se destaca dos clipes coloridos de Gaga.

A música é uma rejeição agressiva aos amantes, mas uma que flerta com a tentação de ir atrás deles, o violino que abre indica que a separação ainda é recente. Adequadamente tem luto remanescente durante o clipe, que mostra Gaga trabalhando com e contra um grupo de militares dançarinos num espaço frio e industrial. Seus movimentos são uma guerra, enquanto eles caem sobre o corpo dela e lutam nas camas, é difícil saber quem está no controle.

Quando o pediram pra trabalhar no vídeo, Klein disse a MTV que era "sobre a dor de viver sem seu amor verdadeiro", enquanto Gaga disse que era um testamento aos homens gays e ao orgulho. Dado seu tom homoerótico, ar de guerra fria, seu tom triste é mais forte, parece debater as vidas gays que foram perdidas a uma doença criada em amor, e então o torna uma epidemia de ódio.

"Marry The Night" (2011):

Enquanto "Marry The Night" raramente é incluída em tópicos sobre os melhores vídeos dela (ou até mesmo da era "Born This Way", que tinha "Judas", "Born This Way" e "The Edge Of Glory"), é o mais perto de uma tese declarativa que já tivemos de Gaga.

Também é o primeiro clipe que ela mesma dirigiu, adequadamente é uma expressão de autodeterminação, romantizando as dificuldades do começo de sua carreira, quando ela foi contratada e então demitida pela Def Jam em 2006.

Em um momento que "Girl, Interrupted" encontra "The Bell Jar", são oito minutos até começar a música, no meio tempo, nós vemos ela se desmoronando e contorcendo no seu apartamento antes de se recompor. É tudo muito melodramático com referências pastiche, que encobrem Gaga num túnel de sofrimento artístico, destaques incluem Gaga fingindo choro num hospital e escrevendo pelada no quarto, descolorindo seu cabelo para concertar sua vida, e derrubando sucrilhos sobre si mesma com apenas tarja preta cobrindo ela, à la o livro "Sex" de Madonna.

Então, de repente acordando de um acidente de carro, a música começa a recuperar a si mesma, com um estúdio de dança ao estilo "The Fame", onde ela gradativamente aprende a coreografia. No final da música, Lady Gaga sofisticada se carrega pelo mundo, empurrando pianos elétricos gigantes pela escada e tendo dificuldades para entrar em táxis por que sua roupa é muito grande.

É ridiculamente indulgente, mas nós não o teríamos de outro jeito. Também nos deu a frase mais perfeita de todos os tempos: "Você pode dizer que eu perdi tudo, mas eu ainda tinha meu badazzler."

"G.U.Y" / "ARTPOP" / "Venus" (2014):

O último na nossa lista também é o mais louco. Dirigido por Gaga, essa odisseia do pop tem três músicas do álbum milenar "ARTPOP", "G.U.Y.", "ARTPOP", e "Venus", e engloba tudo de excelente e horrível da era.

Nomeadamente, é abundantemente caro, filmagens do legendário castelo Hearst na Califórnia não são baratas, e parecia outro respingo de riqueza em um ciclo de álbum, incluindo um vestido voador e obras de arte originais de Jeff Koons e Marina Abramovic.

O clipe é abundante, contando a história de uma Gaga com asas, levando um tiro de homens engravatados, você adivinhou, tendo sua vingança. Ela está restaurada em uma piscina sobre um refrão de adoração aos Gregos, adicionando o elenco de The Real Housewives of Beverly Hills e a cabeça de Andy Cohen nas nuvens, e sua vingança consiste em clonar um exército de um modelo de homens perfeitos para derrubar os engravatados. Claro!

No meio disso, tem nado sincronizado, clones de Michael Jackson, Ghandi e Jesus, e por um piscar de olhos você perdeu a cena do Minecraft. É basicamente jogar coisas sobre a parede pra ver como fica, e por mais que falte significado como os vídeos anteriores, ainda é de cair o queixo.

E vocês, o que acham dos videoclipes escolhidos?

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Imagem: Reprodução / Youtube / Junkee

Fonte

Tradução por Vinicius Colombo

Revisão por Kathy Vanessa