A Revista americana Rolling Stone divulgou hoje (05), a sua review da trilha sonora de Nasce uma Estrela. Aproveitando o lançamento mundial da soundtrack, foi feita a avaliação e dada a nota final.

A crítica responsável pela review foi Brittany Spanos. A nota que ela deu para a trilha sonora foi de (4/5), e a mesma já é contabilizada no Metacritic como um 80.

Confira a crítica completa aqui:

"Seus momentos poderosos estão entre os melhores da carreira de Gaga

Estrelas nascem a cada minuto, e se você é a franquia de Nasce Uma Estrela, você nasce mais ou menos a cada 20-40 anos com o foco em um ícone diferente. Dessa vez, é Lady Gaga, que já é um camaleão do pop tendo vivido aparentemente mil vidas diferentes em 10 anos desde que estourou na cena. Interpretando a inteligente, talentosa e não valorizada, Ally, ela tem uma voz maior que o quarto na casa de seu pai onde vive, maior do que o trabalho no restaurante que ela odeia, maior do que o bar drag apertado que ela tem permissão de cantar e até maior do que seu pequeno enquadramento, que constantemente parece pequeno perto do rock star cheio de problemas interpretado por Bradley Cooper, Jackson Maine.

Um ponto de A Star Is Born é que tudo sobre a vida de Ally cresce para combinar com seu talento. A progressão das músicas no filme mostra que: quando ela não tem confiança para cantar as músicas que escreveu, ela prefere clássicos como "Somewhere Over the Rainbow" e "La Vie En Rose". Quando Jackson a abre para seu potencial, ela vai até os palcos dos anfiteatros em que ele toca, cantando baladas grandiosas e poderosas como a de outro mundo, “Shallow” feita com assistência de Mark Ronson ou a explosiva “Always Remember Us This Way”.

As músicas no começo do filme são quase impenetravelmente perfeitas. Gaga e Cooper assumem a liderança em escrever suas próprias músicas para a maior parte do álbum. Com Lukas Nelson e, às vezes, a ajuda de Gaga, Cooper encontrou a alma de rock country, influenciado pelo blues de Jackson Maine com letras cruas e caseiras impulsionadas pela banda liderada por Nelson que apoia Maine tanto dentro como fora do palco. A voz de Cooper, arriada para que o filme crie o exausto com o mundo e viciado, Maine, que é surpreendentemente ótimo, seja com a rouquidão de sua voz como uma fogueira quando ele começa a gritar, ou indo a um tom quente e sombrio durante as baladas. A primeira vez que temos um gostinho do quão talentosos são tanto Maine quanto Cooper é quando ele faz a balada acústica “Maybe It's Time” no bar drag onde ele conhece Ally, matando o tempo enquanto ele espera que ela limpe sua maquiagem e a tinta para o cabelo. Jason Isbell escreveu o soturno triunfo de uma canção, e Cooper a entrega com resignação devastadora bem antes de entendermos o quão perdido Maine realmente está.

Após os covers, “Shallow” é a primeira vez que ouvimos uma original de Ally. Essa nota, a dos trailers que imediatamente chamou a atenção do mundo, é tão surpreendente quanto naquele momento, e quando chega, parece merecido e é a primeira vez que estamos vendo Ally de verdade. A música que Gaga ajuda a escrever para esse trecho na carreira de Ally, onde ela ainda é morena e se apresenta com um homem pelo qual ela está se apaixonando, é linda - romântica sem ser banal e poderosa. Alguns até acham que deveria ter sido a ideia original para o que ela pretendia com Joanne, seu álbum mais recente, que foi criado em um momento country-pop, de volta às raízes.

Conforme o filme e o álbum avançam, o foco se torna Ally. Ela é justamente procurada por um gerente após uma turnê com Jackson. O excelente hino feito no piano "Look What I Found" lança uma série de singles pop que são cativantes, maravilhosos e parecidos com o 'The Fame' em sua execução. Essas músicas são colocadas no filme para chamar o mundo da música pop de monótono e esmagador de almas, mas elas são escritas por uma das estrelas mais influentes do século 21, então, mesmo que elas devam retratar a ideia de Ally perder sua voz criativa, elas ainda são deliciosamente divertidas. O mais chocante desse mergulho no mundo pop é a sua performance no Saturday Night Live: A Diane Warren co-escreveu “Why Did You Do That?”. É para ser um pouco ridícula, mas é um destaque, um momento de facilidade entre o peso das canções de amor.

Em cada encarnação de A Star Is Born, é preciso a sobrevivência da tragédia para transformar a protagonista em uma estrela. Depois desse momento pesado, Ally sobe ao palco uma última vez com uma música escrita por seu marido, embora “I'll Never Love Again” seja na verdade uma especial de Gaga. É um momento comovente, mais parecido com ela cantando “La Vie En Rose” no bar do que das músicas que ela cantou enquanto estava em turnê com Jackson ou como uma estrela pop de cabelo laranja. Ela tem postura, está chorando com um vestido em frente a uma orquestra, enfrentando uma plateia estoica para o que parece ser a primeira vez em um longo período. "I´ll Never Love Again" é o maior momento depois de uma série de grandes momentos e parece tão merecido como a primeira vez que Ally cantou uma música original na frente de uma plateia. Mas quando a versão cinematográfica da música muda para o som de Jackson cantando para Ally em sua casa pela primeira vez, é quando ela se torna tão clássica quanto o nascimento da estrela."

Nota 4/5

“Nasce Uma Estrela” teve seu lançamento nos EUA, no dia 5 de outubro. No Brasil, o filme estreia dia 11 de outubro.

A trilha sonora teve seu lançamento mundial hoje (05) e você pode ouvi-la em todas as plataformas digitais aqui.

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Tradução por Vinicius Colombo Fonte

Revisão por Kathy Vanessa