Ela é nossa mãe, nossa companheira de todas as horas, nossa inspiração e assim ela nos ajuda, automaticamente abrindo um espaço para que também possamos ajudá-la, assim funciona a troca de Lady Gaga com seus fãs e com quem a acompanha. Sendo um de seus ensinamentos: ajudar, ser ajudado e consequentemente criar um mundo melhor, transmitindo mais amor, alegria e gentileza.

Nos últimos anos, a cantora tem expressado fortemente sua vontade de mudar o mundo, começando pelo comportamento das pessoas, principalmente em relação a saúde mental dos jovens, que segundo a mesma tem grande parte de culpa no futuro e na forma de pensar deles.

Com sua Fundação, Lady Gaga pôde por em prática grande parte do que vinha planejando e que ainda planeja fazer para mudar essa triste realidade.

Dito isto, na última quinta-feira, dia 25, foi publicada no site Forbes uma entrevista com a Diretora Executiva da "Born This Way Foundation", Maya Smith, que relatou sobre seu trabalho, contando como ela descobriu que poderia fazer o bem e o impacto que isso tem causado.

Leia a publicação completa traduzida:

O poder do propósito: Como a Born This Way Foundation de Lady Gaga está criando um mundo mais amável e corajoso

Maya Smith é a diretora executiva da Born This Way Foundation de Lady Gaga, sem fins lucrativos com o compromisso de apoiar o bem-estar de jovens e empoderá-los para criar um mundo mais amável e corajoso. Como uma jovem, ela não sabia que poderia fazer o bem através de sua carreira, mas ela rapidamente aprendeu como seus talentos poderiam ser usados para construir comunidades mais fortes e que nos conectam por meio da gentileza. Eu conversei com ela para saber mais sobre o trabalho que eles estão fazendo, e que conselhos ela daria para ajudar as marcas a irem além da publicidade e criar impacto social.

Afdhel Aziz: Maya, bem vinda. Como você define o propósito e a missão da Born This Way Foundation? Como você mensura o sucesso?

Maya Smith: Há anos este trabalho significa muito para mim tanto pessoalmente quanto profissionalmente. Nossa missão é construir um mundo mais gentil e corajoso e isso sempre soa como uma ótima ideia inspiradora – de uma maneira incrível de passar seus dias. Quando eu virei mãe há quase sete anos, isso se tornou um apelo urgente para exercer e eu sou muito agradecida por trabalhar com isso todos os dias. Uma grande parte do nosso serviço é trabalhar com jovens para construir comunidades que compreendam e valorizem sua saúde mental. Para tanto, conduzimos e amplificamos pesquisas de qualidade e criamos e executamos programas de alto impacto, inspirados e liderados por jovens. Para mim, sucesso significa mais jovens estarem engajados em conversas saudáveis sobre saúde mental e conectados, mais jovens conectados aos recursos para ajudar a sustentar seu bem-estar e que todos os jovens tenham acesso a esses recursos.

Afdhel Aziz: Por que você decidiu encomendar esta pesquisa sobre o estado da saúde mental entre os jovens?

Maya Smith: Nós sabemos de que se tratando de entender a saúde mental de jovens ainda há muito trabalho a ser feito, e nós não conseguimos fazer tudo isso sozinhos! Através das nossas pesquisas, nós olhamos como jovens veem a seu próprio bem-estar mental e a variedade de fatores que impactam na saúde mental deles. As descobertas dos nossos mais recentes relatórios – Saúde Mental de Jovens na América – reflete o que a gente tem ouvido anedoticamente por muito tempo: jovens se preocupam com sua saúde mental – eles veem isso como prioridade, mas eles não sentem que tem acesso aos recursos para apoiá-los, primeiramente porque eles não sabem aonde ir. Através de nossas pesquisas, conversas e programas nós trabalhamos com jovens para construir comunidades mais gentis que entendem, respeitam e promovem o bem-estar mental.

Afdhel Aziz: Então, o que te surpreende e o que te dá esperança?

Maya Smith: Pode ser desanimador saber que cerca de 1 em cada 3 jovens dizem que não tem acesso confiável a recursos para apoiar seu bem-estar mental ou resolver um problema de saúde mental. E, infelizmente, os jovens são menos propensos a dizer que têm recursos caso se sintam suicidas, machucando a si mesmos ou se estiverem sendo assediados online. Nós só precisamos fazer um trabalho melhor de se encontrar com os jovens onde eles estão, precisamos estar ouvindo - realmente ouvindo - o que eles têm a dizer sobre suas necessidades, e precisamos oferecer a eles recursos e apoios que sejam relevantes e responsivos aos seus desafios específicos. Os jovens não estão esperando por nós para resolver esses problemas, eles estão resolvendo por si mesmos. Desde o Find Your Anchor Box até o Not OK App, todas são plataformas criadas por jovens e sua determinação, resiliência e criatividade. Essas coisas me dão muita esperança. Sabemos que, além de priorizar a saúde mental, os jovens também estão interessados ​​em fazer uma aula ou oficina de primeiros socorros em saúde mental. Na Fundação, começamos certificando-nos de que eles têm a oportunidade de aprender essas habilidades, por meio de programas como o Primeiros Socorros para Saúde Mental para adolescentes, que estamos testando agora, e de ter acesso a recursos de forma contínua.

Afdhel Aziz: Que papel você acha que as marcas desempenham ajudando a resolver esse problema?

Maya Smith: A medida que o estigma sobre a saúde metal se dissipa e discussões sobre o tópico aumentam, as marcas têm o potencial de desempenhar um papel fundamental no apoio ao bem-estar de nossos jovens. Eles têm o poder de intervir e mudar a forma como a sociedade percebe e discute a saúde mental. A partir dos termos que eles usam e de como os usam nas faces de suas campanhas, é importante que as marcas criem espaços seguros para que os jovens se sintam apoiados e cuidados. Espero ansiosamente por um mundo em que as marcas celebrem a saúde mental da mesma forma que celebram a saúde física e tenho orgulho de ver os passos dados nessa visão todos os dias.

Afdhel Aziz: E por último, que conselho você daria aos líderes de grandes marcas sobre como abordar o propósito de uma maneira autêntica e significativa?

Maya Smith: Os jovens de hoje são indivíduos únicos, esperançosos e inclusivos com uma consciência inegável da voz e da cultura associadas às marcas atuais. Os jovens não estão empolgados em consertar um sistema corrompido, eles estão animados em imaginar um mundo que ainda não é possível e ajudar a construí-lo. As marcas precisam falar com essa individualidade, esperança e perseverança e adotar uma abordagem ambiciosa em relação à saúde mental. Seja você um nadador olímpico, um jovem ativista ou um pop star, todos nós precisamos encontrar oportunidades para começar a falar sobre saúde mental, aprender as habilidades de como fazê-la e - o que é importante - sermos honestos sobre nossas próprias experiências em melhorar o bem-estar dos jovens e o resto de nós. Para começar, os líderes de marca precisam se certificar de que estão falando sem julgamento, sendo honestos sobre suas próprias lutas e conversando sobre o bem-estar mental. Não se trata de uma confirmação de mensagem lida; é sobre abrir um diálogo.

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Fonte

Tradução por Laíza Coelho Revisão por Vinícius de Souza

Imagem: Born This Way Foundation / Instagram / Divulgação: Forbes