Na última quinta-feira, dia 04, a revista Marie Claire publicou trechos de uma entrevista exclusiva com Lady Gaga, concedida em Las Vegas, na qual a mesma abordou 9 questões relevantes relacionadas a cantora.

Nos trechos divulgados pela revista, divididos em tópicos, a cantora conta detalhes de sua residência, como por exemplo: o que ela gostaria de passar ao público e a mídia, como foi ao revelar sua ideia aos executivos sobre os shows que gostaria de apresentar e como foi a ideia de colocar o jazz como opção de show.

Além disso, Lady Gaga falou também sobre suas regras para escrever músicas, seus prêmios, seus visuais, sua parceria com a Tudor, sua rotina contínua de criação e também o motivo pelo qual ela gostaria de ser lembrada.

Leia a tradução completa da publicação feita pela revista:

9 coisas que descobrimos sobre Lady Gaga em um final de semana em Las Vegas

Incluindo a verdadeira razão pela qual ela está sempre mudando seu visual…

Las Vegas é mundialmente famosa por ter superstars da música como residentes, mas quando Lady Gaga chegou a cidade, ela reescreveu as regras. A Marie Claire foi convidada para um final de semana para assisti-la em 2 incríveis shows, 'Enigma' e 'Jazz & Piano', e também uma rara e especial entrevista com a própria estrela, graças a marca suiça de relógios Tudor, da qual Lady Gaga é embaixadora. Nosso veredicto sobre os shows no MGM Park Theatre? Surpreendente!

Primeiro sobre a 'Enigma': das notas de abertura de 'Just Dance', com Gaga vestida com lantejoulas e suspensa acima do público em um fio para o palco, a multidão foi à loucura. A energia do local era eletrizante durante o festival de dança de 2 horas com Lady Gaga arrasando em cada um de seus sucessos, de 'Paparazzi' à 'Born This Way'. Ela poderia continuar na segunda noite com seu show 'Jazz & Piano'? Ah sim. Na verdade, ao ver Gaga cantando clássicos do jazz como 'The Lady Is A Tramp', e interpretando lindas versões de piano de seus sucessos como 'Born This Way', não é uma surpresa saber que o jazz foi o seu primeiro maior amor. Acrescente um visual deslumbrante de Schiaparelli e um dueto com seu herói Tony Bennett (ainda com força aos 93 anos), e esse show tem que estar lá com os grandes nomes de Vegas. Certamente ela estaria exausta demais para conversar conosco, meros mortais, no dia seguinte - nem um pouco disso - ela ainda tinha muito a dizer em sua maneira encantadora, graciosa e perspicaz...

Reinventando a residência em Vegas

"Eu queria eliminar essa ideia de que Vegas é onde os pop stars irão morrer. Eu não queria aparecer em Las Vegas e apenas fazer o que fiz antes. Eu disse pra mim mesma: 'por que oferecer apenas uma parte do que eu faço quando há outra coisa que eu tenho feito desde garotinha, que é o jazz? E por que eu não levaria todas as armas do meu arsenal comigo para atacar esta cidade?'"

No controle da situação

"Eu me aproximei dos executivos da MGM, e eu disse: 'Ei pessoal, olha, o que acham de fazermos 2 shows, pop e jazz?' No começo, eles estavam tipo: 'Eu não sei...eu não sei... não sei se isso vai funcionar'. E eu disse: 'Por favor, apenas confie em mim e me dê essa oportunidade, e se não der certo, cancelamos o show de jazz e eu vou fazer o show de pop, mas vamos tentar'. E acabou que o de jazz esgotou mais rápido".

Ela fica nervosa cantando jazz

"Isso foi tão importante pra mim porque, como uma mulher branca cantando jazz, eu tenho um tremendo respeito pelo gênero musical, já que é um gênero que nasceu da comunidade afro-americana, e por New Orleans, especificamente do ritmo e do blues, e o movimento ragtime. E eu estava muito nervosa sobre isso porque eu queria ter certeza de que o show é realmente uma verdadeira representação do jazz e não uma volta por ele de uma maneira inventada, ou de uma maneira que tirasse sua forma real, ou o verdadeiro grito pela liberdade que o jazz é".

Suas regras para escrever músicas...

"Às vezes eu tenho uma ideia temática, à vezes eu escrevo poesia, e depois isso se transforma em letras, às vezes eu tenho uma experiência de vida e corro para o piano e escrevo uma música, o que pode ser batante emocional para mim e um pouco assustador. E outras vezes, eu trabalho com produtores que tem ideias e batidas criativas e eles tocam pra mim, e então - eu sempre pergunto se eles não tocam pra mim até que eu tenha um microfone na minha frente. E eu tenho uma regra: se não me lembro, não é bom!"

O que ela fez com aqueles Grammy's, BAFTA's, Globos de Ouro e Oscars...

"Eu os tenho meio que na cozinha e também em uma prateleira que leva ao banheiro. Então, quando eu acordo, e eu vou para a cozinha, de vez em quando apenas olho para esses prêmios, e eu vou.. 'hmmm, uau, ok, você fez isso'".

A verdadeira razão pela qual ela está sempre mudando seu visual...

"Meu estilo está sempre mudando - dia a dia, eu quero me vestir de forma totalmente diferente. Eu passei por um período na minha vida onde o estilo, para mim, era quase como vestir uma pele. Você sabe, se eu não me sentisse em meu poder de uma certa maneira, eu pintaria meu cabelo naquele dia ou usaria uma peruca ou mudaria minhas roupas completamente, e meu estilo seria completamente diferente porque eu queria me sentir diferente, como uma pessoa diferente. Há muita pressão no mundo para parecer de uma certa maneira, nós corremos em esteticismo, neste ponto, com as mídias sociais. E eu acho que as pessoas tentam acompanhar essa estética o tempo todo, e eu não estou realmente interessada nisso. Quando sinto que estou mudando, eu gosto de mudar o estilo em seguida".

Estar no horário é essencial

"Eu cheguei na hora! Eu costumo ter meu melhor amigo, indo assim [aponta para o relógio] o dia todo. ATudor tem sido realmente gentil e eles me deram uma grande variedade de relógios para todas as identidades sexuais. Então, experimentei empilhá-los e usar vários relógios de uma vez e descobri que isso é realmente divertido. No momento, estou usando o 'Clair de Rose', que gosto porque sou letrista e compositora, então escrevo minha própria música e é um jogo de palavras. Então, normalmente, em francês, seria 'Clair de Lune', que significa luar. E então - você sabe, eu amo 'La Vie En Rose', eu canto e eu amo essa música. Então é uma espécie de brincadeira neste luar e romantismo, assim como a história do relógio rosa Tudor".

Por que ela nunca pode relaxar...

''Eu me pergunto: 'Por que você sempre precisa fazer algo novo? Por que você sempre tem que ter outro sonho? Por que você sempre tem que forçar sua criatividade ainda mais? Por que você precisa ser inovadora? Por quê? Por quê? Por quê? Por que você não pode simplesmente relaxar?' E a resposta é: 'Eu não sei'. E eu acho que o universo ou o que quer que seja que você acredita, você sabe, para mim, é Deus, Deus me deu um presente, e é realmente só eu, eu acho, eu tenho coragem ou a audácia, em um certo sentido, de dar esse presente de volta ao mundo, e isso é o que é importante para mim".

Pelo que ela gostaria de ser lembrada

"Eu realmente gostaria de ser lembrada como corajosa. E eu sei que isso pode soar estranho, mas, claro, eu adoraria que as pessoas lembrassem da minha música, lembrassem da minha arte, isso é maravilhoso. Você sabe, Picasso viveu - vive para sempre. Michelangelo, Da Vinci. Mas acho que preferiria ser lembrada como corajosa e sem medo de falar o que penso. Eu não acho que Deus me deu essa voz para ser famosa, acho que ele me deu arte e minha voz e música como um veículo para mudar o mundo, e é isso que eu realmente quero fazer".

Lady Gaga é uma embaixadora da marca suíça de relógios Tudor (tudorwatch.com). Sua residência em Las Vegas vai até 16 de maio de 2020.

Acompanhe todas as novidades sobre a Lady Gaga em nossas redes sociais: Facebook, Twitter e Instagram.

Fonte

Tradução por Isa Stracieri

Imagem: YouTube / Divulgação: Marie Claire