Hoje, dia 27 de fevereiro o icônico clipe de Born This Way completa 9 anos. Pouco antes do lançamento oficial do single, realizado no dia 11 de fevereiro de 2011, Gaga deu início as gravações do videoclipe de "Born This Way" no dia 22 de janeiro, tendo duração de apenas dois dias.

O vídeo teve como inspiração os grandes artistas Salvador Dali e Francis Bacon e retrata o nascimento de uma nova raça, sem preconceitos e sem julgamentos que luta pela união e liberdade.

A direção do vídeo ficou por conta do famoso fotógrafo de moda e diretor britânico Nick Knight junto à Haus of Gaga tendo Nicola Formichetti como diretor de moda, Laurieann Gibson como coreógrafa e Eduard Grau na direção de fotografia.

Sinopse e Curiosidades:

1. G.O.A.T. - O clipe começa com uma breve cena da silhueta de um unicórnio emoldurado por um triângulo rosa invertido. Esse triângulo tem como simbolismo os direitos dos gays. Na Alemanha nazista todos os prisioneiros dos campos de concentração tinham que usar uma espécie de broche ou distintivo em suas jaquetas, dividindo-os em categorias. Homossexuais tiveram que usar o triângulo rosa sendo inclusos na mesma categoria que agressores sexuais.

O triângulo muda para a cena de Lady Gaga sentada em um trono flutuando no espaço, rodeado de estrelas em G.O.A.T. (Government Owned Alien Territory ou Território Alienígena Comandado pelo Governo). Nessas cenas Gaga possui duas faces, sendo a segunda na parte de trás de sua cabeça. Sua posição sentada ao trono revela segundos depois o formato de um útero que aparece no vídeo composto por diversas estrelas.

Durante toda a introdução do clipe a música “Prelude” do filme Vertigo (1958), de Alfred Hitchcock fornece o clima necessário para Gaga discursar o “Manifesto of Mother Monster” que faz referência ao “Manifesto of Little Monsters” declamado em uma das interludes da Monster Ball Tour, a “Monster Film”. Ela então começa a dar à luz a uma nova raça.

2. The Birth of Evil – Dando continuidade ao manifesto, Gaga explica que, no mesmo dia em que a nova raça surgiu, o mal também nasceu. Como consequência desse nascimento, nossa Mother Monster é dividida em duas, sendo separada entre bem e mal. Sua forma maligna está sentada em um trono negro, e da à luz a uma metralhadora que começa a disparar para todas as direções. O manifesto termina com um questionamento: "Como posso proteger algo tão perfeito sem o mal?"

"This is the manifesto of Mother Monster // On G.O.A.T. // A Government Owned Alien Territory in space // A birth of magnificent and magical proportions took place // But the birth was not finite // It was infinite // As the wombs numbered // And the mitosis of the future began //It was perceived that this infamous moment in life is not temporal // It is eternal //And thus began the beginning of the new race //A race within the race of humanity // A race which bears no prejudice //No judgment //But boundless freedom //But on that same day //As the eternal mother hovered in the multiverse // Another more terrifying birth took place //The birth of evil // And as she herself split into two // Rotating in agony between two ultimate forces // The pendulum of choice began its dance // It seems easy, you imagine // To gravitate instantly and unwaveringly towards good // But she wondered // 'How can I protect something so perfect without evil?'"

"Este é o manifesto da Mother Monster // Em G.O.A.T. // Um Território Alienígena Comandado pelo Governo no espaço // Um nascimento de proporções magníficas e mágicas aconteceu // Mas o nascimento não era finito // Era infinito // Enquanto os úteros se enumeravam // E a mitose do futuro começou // Percebeu-se que esse momento infame da vida não era temporal // Era eterno // E assim começou o início de uma nova raça // Uma raça dentro da raça humana // Uma raça sem preconceito // Sem julgamento / / Mas com liberdade sem limites // Mas naquele mesmo dia // Enquanto a mãe eterna pairava no multiverso // Outro nascimento mais aterrador ocorreu // O nascimento do mal // E como ela mesma se dividiu em duas // Girando em agonia entre duas forças finais // O pêndulo da escolha iniciou sua dança // Parece fácil, você imagina // Gravitar inabalável e instantaneamente em direção ao bem // Mas ela se perguntou // 'Como posso proteger algo tão perfeito sem o mal?'"

3. A Nova Raça – Após o fim do manifesto, a canção começa com os dançarinos posicionados no chão e Gaga passando entre eles. Uma das caraterísticas que marcou a era foram as próteses utilizadas pela cantora no rosto e nos ombros simbolizando as “diferenças” que as pessoas preconceituosas apontam na comunidade LGBTQ+ e em grupos étnico/raciais. As cenas se alternam entre muita coreografia e Gaga cantando em seu trono no espaço.

4. Os Zumbis – Na segunda parte do vídeo, após o primeiro refrão, vemos Gaga acompanhada do modelo canadense Rick Genest, que faleceu em agosto de 2018 e era conhecido como Zombie Boy devido as suas tatuagens que cobriam todo o seu corpo, incluindo seu rosto. Ambos utilizam smokings pretos e Gaga também tem seu rosto coberto com uma pintura de caveira. Os cortes seguem com Gaga dançando loucamente enquanto seu companheiro permanece imóvel e inexpressivo.

5. A Fábrica – Uma cena interessante acontece durante o segundo refrão. Gaga está em uma espécie de sala de espelhos e sua cabeça está encaixada em uma prateleira de vidro. Enquanto ela canta, é possível observar diversas cabeças colocadas ao seu lado, apresentando uma grande semelhança com a cantora.

Essas mesmas cabeças estiveram presentes na primeira apresentação da canção "Born This Way" no 53nd Annual Grammy Awards e também foram inspiração para a gigantesca criação animatrônica e personagem Mother G.O.A.T., apresentada pela primeira vez na Born This Way Ball Tour.

6. Um Novo Mundo - Nas cenas finais, a silhueta de Gaga aparece e o destaque vai para suas luvas brancas e brilhantes enquanto ela caminha e dança em um beco pouco iluminado (uma clara homenagem ao clipe de Michael Jackson "The Way You Make Me Feel").

Em um close, Gaga revela seu rosto totalmente diferente, com as próteses na testa e saindo do rosto, olhos brilhantes, cabelos em um corte desigual e uma pequena fenda entre os dentes da frente, fazendo referência a cantora Madonna. Uma lágrima escorre em seu rosto em uma expressão cheia de emoção.

O triângulo rosa novamente aparece, porém agora posicionado de forma correta representando a luta contínua da comunidade LGBTQ+. Dentro dele é possível ver a silhueta da Mother Monster sentada em um unicórnio. Uma cidade é vista ao fundo e um arco-íris é formado acima dos dois.

O clipe se encerra com a imagem da Zombie Gaga em um close mascando chiclete e fazendo uma bolha, que estoura. (No set de gravações, Gaga teve a curiosidade de perguntar a Rick o motivo de todas as suas tatuagens. Em resposta, ele explicou que quando mais novo mascava chiclete o tempo todo e sempre pegava as tatuagens falsas que vinham nas embalagens e as colavam por todo o corpo. Ele acabou gostando de sua aparência na infância com todas aquelas tatuagens, e por isso decidiu tatuar o corpo inteiro. Essa é a razão pela qual há chiclete no vídeo.)

O videoclipe atualmente contém mais de 256 milhões de visualizações no YouTube. Assista aqui:

No dia 24 de janeiro de 2011, Gaga havia revelado planos de um segundo videoclipe. O vídeo usaria uma versão mais simplificada da música e seria lançado no iTunes após a estréia do primeiro vídeo. O dinheiro arrecadado com os downloads seria destinado à caridade porém nunca foi lançado. Os rumores foram confirmados em 31 de maio de 2012 onde Nick Knight, através do Tumblr do SHOWstudio, divulgou fotos e um gif com uma cena de 15 segundos que foi cortada do clipe. No mês seguinte, um vídeo contendo apenas imagens foi divulgado. O motivo da publicação foi uma forma de agradecimento aos Little Monsters pelo apoio contínuo ao site.

Confira abaixo:

Conta pra gente, qual a sua parte favorita desse clipe icônico?

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Revisão por Vinícius de Souza