Lady Gaga está de volta. Na madrugada desta sexta-feira (29) a cantora lançou o sexto álbum de estúdio, "Chromatica", que está sendo um dos assuntos mais comentados. As tradicionais revisões da imprensa mundial acerca do trabalho começam a ser publicadas.

Nesse sentido, a revista britânica de música CLASH Magazine publicou sua review sobre o novo álbum de Gaga. É destacado que este é o retorno de Lady Gaga para suas origens pop, mas de uma forma inovadora, sem render às tendências da indústria musical contemporânea e aclamam o trabalho de Gaga. "É difícil pensar em um álbum pop dos últimos tempos que consiga sustentar um nível tão alto de qualidade."

A revista atribuiu nota 80 de 100 para o álbum e este valor integrará o score final pelo METACRITIC, site que contabiliza as impressões críticas.

Confira a tradução completa da review publicada pela CLASH a seguir:

"LADY GAGA - CHROMATICA
Gaga nos leva de volta às suas raízes: o ‘dance club’...

Dentro da tempestade de euforia que envolve lançamento do sexto álbum de estúdio de Lady Gaga, é fácil esquecer que já faz mais de uma década que ela lançou um disco que era um pouco mais que o suficiente para animar as festas. Naquela época, ela estava em um ritmo tão intenso que pode apresentar uma versão do 'The Fame' repaginada, que incluiu oito faixas novas, dentre estas os clássicos 'Telephone' e 'Bad Romance', como se fosse a coisa mais simples do mundo.

Tendo em vista o 'Joanne' de 2016, que trouxe elementos country, o sucesso mundial de 'A Star Is Born' e sua trilha sonora associada, é intrigante imaginar em que direção a Gaga de 2020 estaria indo. No entanto, ouve-se de primeira os grandiosos acordes que integram a abertura 'Chromatica I' e apresentam a nossa rainha. E é claro que estamos dentro para uma turnê pela Gaga vintage.

O 'Chromatica' é recheado de sucessos “Hi-NRG” que realmente remetem ao período imperial de Gaga. O álbum existe no mundo de forma completamente imune às tendências recentes do pop, das quais temos o introspectivo e apático R&B de Drake e The Weeknd, que não conquistam tudo e, como resultado, tem-se um farol para um futuro melhor.

Em suas dezesseis faixas, 'Chromatica' é totalmente exagerado, mas da melhor maneira possível. Cada música é um hino de desafio e empoderamento elevado ao cubo e geneticamente modificado para máxima dançabilidade. Você tem a sensação de que a sutileza realmente não está no vocabulário do álbum e mesmo quando as letras falam de luta - com uma referência ao seu álbum de estréia em 'Fun Tonight' (“Amo os paparazzi, amo a fama / Mesmo sabendo que isso me causa dor”) - é sempre um precursor da persistência e superação, o obstáculo que inevitavelmente dá lugar à dança da vitória.

Os discos anteriores de Gaga sempre foram perseguidos por sua insistência em incluir baladas xaropadas que, na maioria das vezes, tinham um forte cheiro de Glam Metal dos anos 80 impregnado. No entanto, 'Chromatica' está estruturado mais como um grande sucesso: 43 minutos em que o ritmo absolutamente não diminui.

Identificar o nome de Elton John como um artista em destaque pode facilmente levar você a acreditar que estamos nos preparando para algo na veia do dueto com Bradley Cooper, 'Shallow', mas sua colaboração ('Sine From Above') é tudo menos isso. De fato, há um argumento a ser dito de que é a música mais vibrante da coleção, uma vez que ela se transforma em um colapso total da bateria e de baixos nos últimos 20 segundos.

'Chromatica' não faz nada que você nunca ouviu antes, inclusive da própria Gaga, mas é difícil pensar em um álbum pop dos últimos tempos que consegue sustentar um nível tão alto de qualidade, sem mencionar energia extraordinária. Apenas ouvir o álbum, às vezes, já parece um exercício aeróbico, mas também vem com a recompensa de endorfina após uma corrida de cardio intensa. Quando ela canta: "Esta é a minha pista de dança pela qual lutei", em 'Free Woman', é a mais pura verdade.

Mais de dez anos depois que ela entrou em cena com seu pop-dance minimalista que adora Madonna, Gaga finalmente fez um seguimento digno do álbum que nos fez apaixonar por ela em primeiro lugar.

Por: Joe Rivers

8/10"

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REVIEW ORIGINAL EM INGLÊS

Revisão por Daniel Alberico