Lançado oficialmente no dia 21 de outubro de 2016, Lady Gaga surpreendeu a todos nós com um álbum bem diferente do que muitos esperavam. ”Joanne” nos apresentou uma nova Gaga, totalmente voltada para estilos como o country, e uma sonoridade "despojada" de soft rock e dance-pop destacando principalmente sua potência vocal em diversas faixas.

Em sua primeira semana o álbum vendeu aproximadamente 201 mil cópias nos Estados Unidos, conquistando o topo de 4 charts da Billboard sendo estes Billboard 200, Top Album Sales, Digital Albums, Tastemaker Albums, todos na primeira posição. Além desses, Gaga entrou pela primeira vez no topo do chart "ARTIST 100".

No Brasil, a tiragem inicial do disco, que é o número de cópias enviado para as lojas de acordo com a demanda, foi de 20 mil cópias, garantindo o certificado de ouro em seu primeiro dia de vendas.


CRIAÇÃO

Após as controvérsias causadas em meio a Era ARTPOP, mudanças de gestão em sua carreira e seu retorno triunfal com o álbum colaborativo de jazz ”Cheek To Cheek” com Tony Bennett, Lady Gaga estava preparada para começar seus novos trabalhos voltando com tudo para o pop. As composições do LG5 começaram ainda durante os shows da ”artRave: The ARTPOP Ball”, quando grandes rumores afirmavam que a cantora iria novamente trabalhar com o produtor musical e compositor RedOne. Pouco tempo depois, no início de 2015 Gaga começou a compartilhar o processo de criação e gravação do projeto em suas redes sociais, confirmando a participação do produtor.

Em meio as gravações e produções do álbum Gaga foi a escolhida para dar voz ao cover da canção ”I Want Your Love" da banda Chic, conhecida por seus grandes sucessos nos anos 70. A canção foi tema da coleção "Tom Ford Spring/Summer Womenswear" de 2016 e isso fez com que rumores de trabalhos para o novo álbum da cantora com o membro da banda e produtor musical Nile Rogders surgissem.

No dia 18 de setembro de 2015 outro lançamento aconteceu. Kirby Dick e Amy Ziering, diretor e a produtora do documentário "The Hunting Ground", que apresenta relatos e histórias de vários estudantes que foram agredidos sexualmente nos campus de suas faculdades nos Estados Unidos, estavam procurando alguém de relevância para escrever uma canção para o documentário. A equipe de filmagem e arte contatou Diane Warren, cantora e compositora norte-americana, que demonstrou interesse. Junto ao produtor Nile Rodgers, que acompanhou o processo de gravação da música. A cantora entrou em contato com Lady Gaga, que aceitou participar da composição, gravação e produção da música “Til It Happens To You”.

Em uma entrevista para promover a canção nas rádios americanas, Gaga falou sobre o processo de desenvolvimento do novo disco:

”Estou trabalhando todos os dias no meu álbum novo. Prometo que vai valer a pena a espera. Tenho escrito desde o dia que a ‘artRave’ terminou. Vocês vão ouvi-las assim que estiverem prontas.”

No dia 20 de janeiro de 2016 Diane Warren confirmou em entrevista para o BuzzFeed que a sua colaboração havia acontecido há algumas semanas, em que ambas foram ao estúdio e fizeram algumas "boas canções":

"Nós fizemos algumas boas músicas. Eu mal passo esperar para elas serem lançadas”.

Logo após os dois lançamentos, Gaga foi vista por algumas vezes chegando e saindo de estúdios de gravação, assim como Diane Warren, Nile Rodgers, RedOne, Giorgio Moroder e até mesmo Tony Bennett.

Nos primeiros dias de janeiro de 2016 a empresa multinacional de tecnologia Intel anunciou oficialmente durante uma conferência de tecnologia uma parceria com Lady Gaga para um projeto misterioso que seria divulgado na 58ª edição do Grammy Awards em 2016.

O anúncio gerou grandes expectativas para a apresentação de novas músicas que a cantora estava trabalhando, pois além do anúncio, um comercial apresentava a cantora em um novo estilo além de deixar a curiosidade de todos em seu mais alto nível.

O que ninguém esperava é que no dia 10 de janeiro de 2016 o grande cantor e compositor David Bowie viria a falecer vítima de um câncer no fígado. Isso mudou completamente os planos da parceria da Intel com nossa Mother Monster e com o Grammy Awards. Assim, foi anunciado que a performance da cantora seria um tributo a Bowie, em homenagem a seu legado na cultura pop.

Três dias antes da apresentação um novo comercial foi liberado ao público (este com elementos bem diferentes do que viria a ser apresentado no tributo). Gaga estava preparando algo bem grandioso para seu retorno, mas a morte de seu ídolo alterou todos os planos, inclusive o rumo que o LG5 estava tomando.

RedOne concedeu uma entrevista inédita realizada durante um Podcast espanhol em julho de 2018, na qual falou um pouco sobre o trabalho que que realizou com Gaga para o LG5" e que acabou descartado. Em sua fala ele também deixou subentendido que os planos do álbum haviam mudado.

”Quero dizer algo. Me chamaram para esse último álbum. Me disseram: ‘Red, precisamos trabalhar, já faz tempo que isso não acontece’. E sabe, não tínhamos tentado outra vez. Não tínhamos tentado e acabamos por fazer músicas incríveis. Mas algo aconteceu e foi resolvido que mudariam seu estilo, para algo mais country... E eu pensava o porquê, já temos algo que vai surpreender o mundo! E na verdade é que, quanto a classe discográfica, nossos amigos das rádios, quando escutassem uma música, por exemplo, que se chama ‘Frankenstein’, poderia surpreender ao mundo e enlouquecer os fãs da Gaga. Mas isso não foi aprovado. Foi decidido fazer outra coisa.”

Só com RedOne, a cantora criou oito músicas inéditas. Uma delas estava reservada para ser single, mas ela desistiu da ideia.

“Quatro das músicas [que fizemos] têm temas muito potentes, e uma é digna de Grammy, muito especial... Ela está buscando a direção exata do disco. Eu não gostei do ‘ARTPOP’. Eu o respeito como arte, porque ela fez o que vinha de dentro dela, mas não é o que nós fazíamos juntos”.

A única música trabalhada por Gaga e RedOne para o LG5 que chegou a ser lançada oficialmente foi ”Angel Down", presente em Joanne”.

Após as mudanças e escolhas para o novo rumo do álbum, ao receber seu primeiro Globo de Ouro de “Melhor atriz em minissérie ou filme para TV” com a personagem “Condessa Elizabeth” da série ”American Horror Story: Hotel”, a cantora falou novamente sobre o quinto álbum.

”Eu vou lançar um álbum este ano, não vou lhe falar quando, mas irá ser lançado esse ano e, ele irá refletir minha aparência externa? Não sei, é difícil dizer. Eu não sei se você sabe como minha aparência estará para o próximo álbum, eu ainda estou criando todas essas coisas, é algo que acontece de forma gradual comigo.”

Além de diversos produtores envolvidos nos processos de criação de ”Joanne”, o produtor e compositor Mark Ronson foi o grande destaque da colaboração, sendo produtor executivo ao lado de Gaga.

”Eu a conheço antes de ela ficar realmente famosa, quando ela veio e cantou em uma música do Wale em que trabalhei chamada 'Chillin'. Eu cresci em Nova York, no Upper West Side, ela também. Ela é uma espécie de musa do coração. Ela adora sentar ao piano e dar ordens a um baterista e ela tem uma voz incrível. Ela é uma das grandes vozes na música pop, então vamos começar com as músicas e partir daí.”

Eles se reuniram no final de 2015, quando a artista apresentou a canção ”Angel Down” ao produtor em um estúdio de Londres. Mais tarde, trabalharam por seis meses no Shangri-La Studios de Rick Rubin em Malibu, enquanto o mesmo estava envolvido em outros projetos. Em seu primeiro dia, Gaga e Ronson escreveram a canção-título do disco, que a cantora disse a Ronson ser o “coração e alma” do álbum. Nossa Mother Monster também aceitou a sugestão de Ronson de escrever sobre o que quer que estivesse acontecendo em sua vida ou em sua mente, resultando em canções sobre sua tia falecida antes da cantora nascer, sua vida como dançarina no Lower East Side de Nova Iorque e suas angústias pessoais (ouvidas no primeiro single “Perfect Illusion”).

Com um novo time de produção formado, Ronson trouxe para a produção grandes nomes como Josh Homme, Beck Hansen, Kevin Parker da banda Tame Impala, Father John Misty e a voz de Florence Welch da conhecida banda Florence + The Mavchine.

Entre diversos encontros nos estúdios, demos como “Illusion” (que deu origem a "Perfect Illusion"), apresentada por Kevin Parker foram retrabalhadas por Gaga e Ronson. O produtor falou sobre a composição da canção em entrevista para a revista Rolling Stone em outubro de 2016:

“A mensagem nessa música é bastante pessoal para ela. É um filho bastardo de 'Let It Happen' [Tame Impala] e 'Bad Romance'.”

Em meio as produções do álbum, um rumor surgiu para o único "feat." presente no disco. Tudo começou quando Florence Welch compartilhou uma foto dela no Instagram em frente a um Ford Bronco azul bebê - o mesmo carro personalizado que Gaga havia sido fotografada dirigindo naquela mesma semana.

Em um encontro realizado no estúdio Electric Lady em Nova Iorque e na casa de Ronson, as cantoras conceberam ”Hey Girl” sendo uma das grandes surpresas: a mistura do estilo único de Gaga com a voz incomparável e poderosa de Florence. Para Ronson as duas soavam como "duas garotas cantando um disco de soul nos anos 70".

Outro nome forte presente no disco foi o do produtor BloodPop, que entrou no projeto e trabalhou em algumas faixas, garantindo que o álbum não soasse como algo “velho”. Ronson descreveu a importância do produtor e como Gaga lidava com todos em estúdio:

“Poderíamos ter desaparecido em nosso amor pela autenticidade analógica, mas ele [BloodPop] veio e sacudiu tudo de uma forma excelente. Ele o trouxe [Joanne] para a era moderna.”

“Seu canto e composição são tão fortes e presentes com uma cor tão dominante que você nunca tem coragem de realmente se preocupar com isso. Ela [Gaga] é a ‘cola’. Todos vieram de uma forma natural e ouviram em que estávamos trabalhando e descobriram como se encaixar”.

As gravações continuaram até a última sessão de masterização do álbum, em 2016, ocorrendo em estúdios situados nos Estados Unidos, na Inglaterra e no Equador.

Antes de seu lançamento, o álbum enfrentou uma série de vazamentos. Na Amazon.com, o álbum foi listado para pré-venda e as músicas deveriam estar disponíveis quando fossem lançadas. No entanto os fãs descobriram que se selecionassem a opção "Play Joanne by Lady Gaga", mesmo com a opção não habilitada, 30 segundos de cada faixa podiam ser ouvidos. A Amazon posteriormente desativou as pré-visualizações de todo o álbum. Três dias antes da data de lançamento oficial de 21 de outubro, o álbum foi colocado à venda por engano em lojas na Bélgica, resultando em pessoas postando na Internet. Gaga demonstrou seu descontentamento com o vazamento do disco em um trecho do documentário "Gaga: Five Foot Two".


MAKING JOANNE:

No dia 19 de outubro de 2016 Lady Gaga anunciou em suas redes sociais o lançamento de um documentário online sobre o processo de criação de ”Joanne”. Intitulado ”Making Joanne” e dirigido por Chris Moukarbel, a série acabou sendo cancelada após o segundo episódio e posteriormente algumas imagens foram usadas no documentário da Netflix de 2017, o "Gaga: Five Foot Two", também dirigido por Moukarbel.

“Episódio 1: A-YO”

O primeiro episódio da série, lançado no dia 21 de outubro de 2016, mostra Gaga, Mark Ronson e Bloodpop compondo e gravando ”A-YO”.


“Episódio 2: Million Reasons”

Já o segundo episódio foi lançado em 9 de dezembro de 2016 e mostra a composição e gravação de ”Million Reasons”. Além disso, a letra de uma música inédita intitulada ”Deep Blue” aparece na abertura do episódio


Gaga: Five Foot Two:

Lançado em 22 de setembro de 2017 através da plataforma Netflix e dirigido pelo artista visual e documentarista Chris Moukarbel, o documentário "Gaga: Five Foot Two" traz ao público cobertura de eventos, incluindo experiências de Gaga com sua comitiva, relatos de seu relacionamento com Taylor Kinney que havia sido rompido na época, seus encontros com fãs, sua luta contra a dor crônica causada pelo início da fibromialgia, além da produção e lançamento de ”Joanne”, e sua subsequente apresentação no intervalo do Super Bowl LI.

Das 5 indicações recebidas, o documentário venceu quatro delas sendo ”Best Music Film” no NME Awards, ”Best Music (Film & Video)” e ”Best Editing (Film & Video)” no Webby Awards e ”Best Music Documentary” no MTV Movie & TV Awards.


CAPA E TRACKLIST

A foto da capa foi realizada no dia 19 de agosto de 2016 pelo fotógrafo de moda norte-americano Collie Schorr, junto com demais fotos promocionais sendo algumas destas presentes no encarte.

A ideia da capa era mostrar a cantora em sua forma mais simples, despida e usando apenas um chapéu cor de rosa que virou símbolo de toda a Era Joanne. A peça foi confeccionada por Gladys Tamez. Ela explicou ao The Daily Beast que os chapéus foram inspirados pela cantora inglesa Marianne Faithfull e que o utilizado na capa foi um dos que nortearam toda a criação do disco.

”Gaga foi a primeira pessoa a pedir esse chapéu em rosa, porque é a cor favorita dela".

A profissional nomeou o chapéu de "Lady Joanne".

A capa oficial do álbum foi divulgada pela cantora através de suas redes sociais no dia 15 de setembro de 2016, pouco depois da cantora ter divulgado o nome do disco na entrevista concedida a Beats1.


Standard:

  1. ”Diamond Heart”
  2. ”A-YO”
  3. ”Joanne”
  4. ”John Wayne”
  5. ”Dancin' in Circles”
  6. ”Perfect Illusion”
  7. ”Million Reasons”
  8. ”Sinner's Prayer”
  9. ”Come to Mama”
  10. ”Hey Girl (feat. Florence Welch)”
  11. ”Angel Down”


Deluxe:

A versão deluxe do álbum conta com duas faixas bônus inéditas e uma versão (work tape) de "Angel Down":

  1. ”Diamond Heart”
  2. ”A-YO”
  3. ”Joanne”
  4. ”John Wayne”
  5. ”Dancin' in Circles”
  6. ”Perfect Illusion”
  7. ”Million Reasons”
  8. ”Sinner's Prayer”
  9. ”Come to Mama”
  10. ”Hey Girl (feat. Florence Welch)”
  11. ”Angel Down”
  12. ”Grigio Girls”
  13. ”Just Another Day”
  14. ”Angel Down (work tape)”

A canção ”Million Reasons” ganhou uma versão (work tape) como faixa número 15 na edição deluxe japonesa do disco.


PROMOÇÃO E SINGLES

”Joanne” teve ao longo de sua divulgação 4 singles.

”Perfect Illusion

Lançado no dia 9 de setembro, a canção tem produção de Lady Gaga, Mark Ronson, BloodPop e Kevin Parker (Tame Impala). Alcançou o topo de 66 países nas primeiras 24 horas no iTunes e estreou em #15 na Billboard Hot 100. O videoclipe teve seu lançamento no dia 20 de setembro de 2016 com co-direção de Ruth Hogben e Andrea Gelardin e marca o início da trilogia de vídeos presentes no álbum.


”A-YO”

Lançada como single promocional em 18 de outubro de 2016, ”A-YO” estava planejada para ser o segundo single do álbum, mas foi substituída por ”Million Reasons” devido à popularidade desta. ”A-YO” alcançou o #66 na Billboard Hot 100 e no UK Singles Chart. A canção acabou não recebendo nenhum videoclipe mas ganhou um vídeo promocional para a Apple Music.


”Million Reasons”

”Million Reasons” foi o segundo single do quinto álbum da cantora, sendo lançado em 6 de outubro de 2016. A música conta com o backing vocal de Hillary Lindsey, que também foi uma das produtoras e compositoras. O single foi o maior sucesso comercial de ”Joanne”, alcançando a 4ª posição no Billboard Hot 100 e permanecendo por 20 semanas no chart. Seu videoclipe conta com Lady Gaga, Ryan Hunter Phillips e Brandon Maxwell na sua direção e é uma continuação do videoclipe de ”Perfect Illusion”.


”Joanne (Where Do You Think You’re Goin’?)”

”Joanne” foi lançada como single promocional na Itália em 22 de dezembro de 2017 e em uma versão no piano em 26 de janeiro de 2018. Esta versão, intitulada ”Joanne (Where Do You Think You’re Goin’?)” recebeu um videoclipe e foi reconhecida com um Grammy na categoria “Best Pop Vocal Performance” no 61st Grammy Awards.


”The Cure”

Durante sua apresentação no primeiro fim de semana no Coachella Valley Music and Arts Festival no dia 16 de abril de 2017, Gaga cantou a inédita ”The Cure”, canção que foi lançada oficialmente como single durante a Era Joanne mas que não fez parte do álbum. O single estreou na 39ª posição na Billboard Hot 100, 2º lugar no Digital Songs e no Billboard Twitter Top Tracks. A canção não recebeu um videoclipe mas ganhou um lyric vídeo com imagens do background utilizado no festival.


”John Wayne”

Apesar de não ter sido lançada oficialmente como single, ”John Wayne” ganhou um videoclipe sendo lançado de surpresa no dia 08 de fevereiro de 2017 com exclusividade na Apple Music. O vídeo marca o capítulo final da trilogia dos vídeos Perfect Illusion” e ”Million Reasons” lançados por Lady Gaga nesta era.


CANÇÕES

”Diamond Heart” abre o álbum com força total em suas melodia forte e letras potentes com os vocais arrebatadores de Gaga. Mark Ronson havia sugerido que a cantora expressasse seus sentimentos nas músicas e a primeira faixa soa autobiográfica. Há quem diga que a canção é inspirada no relacionamento com o ator Taylor Kinney, que a presenteou em um pedido de noivado em junho de 2015 com um anel que possuía um “coração de diamente”.

"Ele me deu seu coração no Dia dos Namorados e eu disse SIM!"


A segunda faixa, ”A-YO”, foi escrita com Hillary Lindsey, Mark Ronson e BloodPop, e produzida pelos mesmos, excluindo Hillary. Possuindo elementos de country e folk, vocais de apoio gritantes de BloodPop e a adição de sintetizadores, a canção ganhou o público geral gerando uma onda de pedidos em rádios da música “Mirror on the ceiling” (como as pessoas achavam que ela se chamava). Isso fez com que a gravadora realizasse o anúncio de ”A-YO” como single, porém os planos mudaram com o sucesso estrondoso de ”Million Reasons”. Quando perguntada no Twitter se a música era sobre cigarros, haters ou sexo, Gaga respondeu:

”Tudo o que foi dito acima. Deixar seus 'haters' na poeira é uma sensação sexy, arraste-os como uma fumaça, deixe suas faixas em chamas na estrada #AYO".


A faixa-título escrita por Gaga e Ronson e produzida por ele e BloodPop traz uma balada country de baixo ritmo em uma homenagem à falecida tia paterna da cantora, Joanne Germanotta.

”Percebi que a irmã de meu pai, Joanne, que morreu aos 19 anos, havia instilado seu espírito em mim. Ela era pintora e poeta - e eu tinha uma visão espiritual para terminar o negócio dela".


Co-produzida com Mark Ronson e BloodPop, ”John Wayne” mistura elementos de pop rock e country-dance em sua melhor forma. É liricamente mais irônica, com Gaga incluindo referências a cowboys nas linhas inicias da canção: "Eu amo um cowboy, eu sei que é ruim, mas eu estou, tipo, será que eu poderia montar na parte de trás do seu cavalo e você poderia ir um pouco mais rápido?". Os vocais da cantora são acompanhados pela guitarra de Homme e a faixa refere-se aos seus relacionamentos anteriores, com comparações ao ator John Wayne.


”Dancin’ in Circles” foi escrita por Gaga, Beck Hansen, com créditos a BloodPop e Mark Ronson. A música fala sobre divertir-se por conta própria, com a cantora fantasiando sobre um antigo amante enquanto dança sozinha tarde da noite, a última sendo uma referência à masturbação.


Sendo o carro chefe do álbum, "Perfect Illusion" é uma canção dance-rock composta sobre uma sequência crescente de acordes na qual os vocais da cantora são mantidos puros e sem tratamento, para evitar o uso de auto-tune. Perto dos dois minutos (2:00) de música, ocorre uma mudança de tom para o último refrão. A demo, chamada de ”Illusion” foi apresentada em um show do ”Tame Impala” em março deste ano.

Assista também, a partir de 4 minutos e 44 segundos:


Substituindo ”A-YO” como segundo single, a balada ”Million Reasons” fala sobre um amor que não dura, repetindo o título em diversas ocasiões nas estrofes (a letra também foi bastante associada a Taylor Kinney). A estrutura de seu instrumental tem como base um piano geralmente usado em canções country e um som de violão leve. A versão work tape da faixa, presente na versão japonesa do disco, possui algumas diferenças, principalmente porque foi gravada em apenas um take e sem nenhuma edição na voz de Gaga.


”Sinner's Prayer” é uma mistura de country, R&B e pop. Co-composta por Josh Tillman, artisticamente conhecido como Father John Misty, a faixa apresenta Gaga sendo vulnerável e querendo que seu homem a ame da maneira que ela é. A canção soa como um pedido de desculpas para a pessoa amada.


A nona faixa, ”Come to Mama”, foi inspirada pelo som dos anos 70, possuindo um grande refrão, destacado por uma sessão de metais e um ritmo de baterias fortes, falando sobre aceitar uns aos outros. A canção possui referências bíblicas, com nossa Mother Monster se referindo ao Velho e Novo Testamentos e a linha sobre "um dilúvio de quarenta dias" referindo-se a Noé, enquanto "Pare de apedrejar suas irmãs e irmãos" é retirada de um dos aforismos de Jesus Cristo, "Aquele que dentre vós está sem pecado, seja o primeiro que lhe atire uma pedra".

Uma demo da canção na voz de Father John Misty chegou a internet pouco tempo depois do lançamento do disco.


Na grandiosa colaboração com Florence Welch, BloodPop e Ronson acrescentaram uma produção funk , com os vocais das cantoras tendo proeminência e o conteúdo lírico sendo um "ode à amizade". Durante uma entrevista para a BBC1 Radio, Gaga falou sobre a colaboração no álbum:

”Há uma colaboração no álbum que acho que você vai ficar muito animado. Eu e Florence Welch fizemos um dueto juntas. Comecei a trabalhar em uma ideia para uma música que eu realmente queria fazer com uma garota. Você verá porque quando ver do que a música se trata [...] Eu apenas pensei, 'Com quem eu quero cantar?' Ela é realmente para mim, senão a melhor, uma das maiores vocalistas do mundo. Ela é incrível."

Para o Beats1, a cantora falou com Zane Lowe sobre o processo de criação da música:

”Amo aquela música. [...] eu lembro quando ela [Florence] chegou e eu estava tipo: ok, eu quero ir e voltar […] e ela disse ‘Por que estamos indo e voltando [...] eu deveria apenas cantar a segunda estrofe’ e eu disse ‘Não! [...] Tem de haver uma conversa. Temos que falar uma com a outra. Eu preciso de mulheres se entendendo e se unindo.’

A canção nunca foi apresentada ao vivo, tendo apenas um pequeno trecho cantado por Gaga na ”Joanne World Tour”:


”Angel Down” é uma canção sentimental constituída pelos vocais de Gaga, cordas "fantasmagóricas" e guitarras, surpreendendo a todos pela proposta, pois com RedOne envolvido na produção muitos esperavam um pop dançante e viciante. A música foi inspirada pela morte do jovem negro Trayvon Martin, assassinado pelo vigilante George Zimmerman em 2012, que suspeitou que o rapaz estava tentando invadir uma casa, que na verdade era de seu pai. Uma grande reflexão sobre o movimento negro Black Lives Matter e sua importância. A versão work tape da faixa também foi gravada em apenas um take , em tom mais alto com vocais mais crus e sem nenhuma edição na voz de Gaga.


A primeira faixa bônus do disco, ”Grigio Girls”, presta homenagem à amizade de longa data entre Lady Gaga e Sonja Dunham. A cantora falou um pouco sobre a forte relação das duas e a inspiração para a música, em entrevista para a Radio.com em 2016:

”Uma de minhas melhores amigas, Sonja, que está comigo desde que eu tinha 23 anos, teve metástase de câncer nos pulmões e no cérebro. É o estágio quatro. E é muito difícil: é difícil assistir, é difícil testemunhar, é difícil saber o que dizer. Mas eu a amo muito, e é tão importante que continuemos fazendo pesquisas para encontrar uma cura. Eu escrevi uma música sobre ela no álbum, é sobre como eu e todas as nossas amigas ficamos juntas e choramos sem ela quando ela não está por perto, porque a amamos muito. Só queremos ser fortes com ela. A letra é: ‘Irmãs nunca se abandonam / Nós sempre voltamos, amor / Sete anos atrás / Eu disse que você conseguiria / Sonja era amiga da Joanne / Garotas fortes após uma noite de bebidas / Então quando estou me sentindo pequena / Eu tiro aquela rolha e ligo para...’. A música é sobre a feminilidade e união, encorajando umas às outras e ensinando umas às outras que não há problema em chorar juntas e que precisamos uma das outras, e que não podemos fazer isso sozinhas. Eu digo para usá-la como inspiração, e dizer a vocês que a tenho visto lutar todos os dias, tentando rir, e ir a cada momento com o maior sorriso no rosto de esperança e fé para o futuro. Sinto-me conectado a você, embora não o conheça, porque a conheço.”

Infelizmente Sonja veio a falecer em maio de 2017. Em dezembro do mesmo ano, durante um show da "Joanne World Tour" em Houston, Texas, Gaga apresentou ”Grigio Girls” bastante emocionada em uma homenagem a sua amiga.


”Just Another Day”, segunda faixa bônus da versão deluxe, inicia com uma introdução de sintetizadores e possui influências de David Bowie e The Beatles, com os vocais proeminentes da artista sendo acompanhados por Ronson na guitarra e o músico e amigo de longa data Brian Newman tocando trompete.


DIVULGAÇÃO E TURNÊ:

Pouco antes do lançamento oficial do álbum e para divulgação do primeiro single, Gaga realizou uma apresentação de "Perfect Illusion" no Moth Clube, em 10 de setembro de 2016, e teve a canção reproduzida no tariler oficial de ”American Horror Story: Roanoke”.

A cantora seguiu com diversas apresentações durante o lançamento do álbum e dos demais singles, em participações em programas como Saturday Night Live, The Late Late Show no Carpool Karaoke, SMAP×SMAP e Victoria's Secret Fashion Show.

Assista as principais apresentações:

Em seguida ocorreu o anúncio, através das redes sociais da cantora, de uma mini turnê chamada de "Dive Bar Tour" que iria ocorrer antes e durante o lançamento de "Joanne", apenas com as canções do mesmo e em 4 bares famosos dos Estados Unidos, sendo patrocinada pela empresa de bebidas Bud Light.

Os shows foram transmitidos ao vivo pelo Facebook tendo as seguintes datas e locais:

The 5 Spot em Nashville – 05 de outubro de 2016:

Gaga apresentou pela primeira vez 3 canções antes do lançamento do disco além do primeiro single, ”Perfect Illusion”. Para o show ela recebeu a participação especial de Hillary Lindsey e Mark Ronson.

Setlist:

1.”Sinner's Prayer”
2."A-YO”
3.”Million Reasons”
4.”Perfect Illusion”


The Bitter End em Nova Iorque – 20 de outubro de 2016

Para o segundo show da mini tour a cantora se apresentou no The Bitter End, local onde se apresentou por diversas vezes antes de estourar como Lady Gaga. O show aconteceu um dia antes do lançamento oficial do álbum tendo em sua setlist 4 novas músicas, além de duas já conhecidas, ”A-YO” e ”Million Reasons”. A apresentação também contou com a participação especial de Hillary Lindsey e Mark Ronson, e do músico Brian Newman.

Setlist:

1.”Diamond Heart”
2."A-YO”
3.”Joanne”
4.”Grigio Girls”
5.”Million Reasons”
6.”Just Another Day”

Durante a apresentação, nossa Mother Monster cantou ”Grigio Girls” para Sonja, que estava presente no dia do show.

No mesmo dia, após o show, Gaga se apresentou da sacada do bar para o público que estava na rua, cantando pela primeira vez a canção ”Angel Down”.

Assista também aos ensaios do show:


The Satellite em Los Angeles – 27 de outubro de 2016

O terceiro show aconteceu em Los Angeles no bar The Satellite 6 dias após o lançamento do álbum. Com a participação especial de Mark Ronson, Gaga cantou duas canções que ainda não haviam sido apresentadas ao vivo sendo elas ”Come to Mama” e ”John Wayne”.

Setlist:

1.”Come to Mama”
2."A-YO”
3.”John Wayne” 4.”Million Reasons”
5.”Angel Down”
6.”Joanne”
7.”Perfect Illusion”

Assista também aos ensaios do show:

O quarto show que estava marcado para o dia 13 de julho de 2017 em Las Vegas acabou sendo cancelado devido aos ensaios da ”Joanne World Tour”.

Um comercial com ”Million Reasons” foi liberado na época para divulgação dos shows.


Após o fim da sua memorável apresentação no halftime da LI edição do Super Bowl em 5 fevereiro de 2017, Gaga divulgou oficialmente o pôster e as primeiras datas de sua nova turnê, a "Joanne World Tour", tendo início no dia 1º de agosto de 2017 em Vancouver. Esta foi a quinta turnê mundial da cantora para divulgação do álbum ”Joanne”, e a sua 3ª turnê mais lucrativa, contabilizando um total de US$94,9 milhões de dólares, e mais de 20 shows sold outs.

Com 49 shows realizados, passando pela Europa e América do Norte, a turnê infelizmente veio a ser cancelada antes de seu término assim como a ”Born This Way Ball” devido as dores crônicas sentidas por Gaga no período de apresentações. Foram 11 datas canceladas, dentre elas a vinda da nossa Mother Monster ao Rock in Rio 2017.

Você pode conferir mais informações sobre a turnê no ESPECIAL: “Don’t call me Gaga! Call me Joanne!”.


Além das apresentações televisivas e a mini tour, antes do início de sua turnê mundial, Gaga realizou sua participação como headliner no Coachella Valley Music and Arts Festival em 2017 no qual, além de cantar 3 músicas do álbum ”Joanne” apresentou a inédita "The Cure".


CRÍTICAS E DESEMPENHOS

Com a nova proposta e o estilo diferente de seus álbuns anteriores, ”Joanne” surpreendeu a crítica especializada, recebendo boas avaliações. O Metacritic, site americano que reúne críticas de álbuns, filmes, programas de televisão, entre outros, reúne um valor numérico de cada crítica computando uma nota média final, que é atribuída ao item avaliado. Com base em 27 comentários, ”Joanne” recebeu uma média de pontuação de 67, o que significa "opiniões geralmente favoráveis". O disco é o 6º mais bem avaliado da cantora.

O jornal britânico The Daily Telegraph, elogiou a obra comentando: "Com grandes canções e grande produção, Joanne certamente soa como algo interessante. Mesmo quando sua modernidade é expressa pela mistura e combinação de gêneros ou adição de zunido digital aos tropos familiares, por toda a sua bravura exuberância e destreza pop é muito antiquado a sua essência". Rob Sheffield, da revista Rolling Stone definiu o álbum como um "clássico noventista de soft rock, carregado de guitarra acústica". Enaltecendo a discreta produção de Ronson e dos outros produtores, Sheffield concluiu a resenha dizendo: "Por todos os seus erros e acertos, Joanne é um bom lembrete do porquê o mundo precisa [de Gaga] por perto." Andrew Unterberger, da Billboard, selecionou ”Joanne” como um dos 6 melhores álbuns de Lady Gaga.

Mesmo não tendo um estilo que agradou uma parte de seu público, Lady Gaga conquistou com "Joanne” um grandioso sucesso. O álbum vendeu em sua primeira semana cerca de 201 mil unidades nos Estados Unidos, das quais 170 mil vieram de vendas físicas e digitais. Foi o segundo maior debute do ano para uma cantora ficando atrás apenas de ”Lemonade”, da cantora Beyoncé. Além de ótimas colocações em sua estreia nos charts da Billboard alcançando o #1 na Billboard Hot 200, o disco conquistou diversas certificações sendo ouro em países como o Canadá, França e Itália, e platina no Brasil e Estados Unidos.

Em meio a diversas críticas, tanto positivas quanto negativas, ”Joanne” é sempre lembrado por sua grande produção e canções marcantes. Em dezembro do ano passado o disco apareceu na lista "Top 100 Álbuns da Década" feita pela revista on-line Her Campus e eleito pelo site Uproxx como um dos 30 melhores álbuns da década, alcançando a 8ª posição.


A MENSAGEM

A família é um tema essencial em ”Joanne”. O trágico falecimento precoce de sua tia paterna Joanne Stefani Germanotta em decorrência do Lúpus (doença auto - imune na qual o sistema imunológico do ataca erroneamente o tecido saudável em muitas partes do corpo) impactou o quociente emocional das faixas, bem como o conteúdo lírico.

”Quero mostrar para o mundo e levar comigo as histórias mais profundas que eu tenho da minha vida e transformá-las em músicas que espero que toquem as pessoas em uma maneira profunda e significante sobre suas próprias vidas e histórias”.

Com isso, Gaga adicionou na contracapa e no encarte do álbum a caligrafia de Joanne além de algumas coisas pessoais, como a carteira de estudante dela e cartas para o irmão (pai de Gaga), Joe Germanotta.

A força e presença de sua tia sempre foram constantes em sua vida muito antes de qualquer ideia inicial do álbum. A cantora possui a data de falecimento de Joanne (18/12/1974) tatuada no braço esquerdo e antes de realizar cada show feito em sua carreira, desde o início, ela e sua equipe oram de mãos dadas e no final da oração, gritam "JOANNE!". No encarte do álbum The Fame (2008), Gaga escreveu um poema em homenagem a tia:

UM POEMA PARA JOANNE

Por todas as palavras que você não pôde falar eu prometo que as farei minhas,

Quem você queria casar, J, Eu prometo que vou acha-lo

E quando o seu irmão procurar por mim Eu prometo que irei,

Porque quando eu sinto que vou quebrar o seu coração, isso torna o meu mais forte."


Além deste poema, "For A Moment”, poema escrito pela própria Joanne também foi publicado no encarte do disco. Gaga decidiu publicá-lo porque sua falecida tia nunca teve a chance de realizar tal feito durante sua vida.

Por Um Instante

Ontem eu caminhei na chuva
Gotas refrescantemente gélidas respingaram nas minhas bochechas.
Eu andei,
E andei, e andei,
Não sabendo para onde ia.
As árvores balançavam como se uma primavera fria
Gentilmente afagasse seus galhos.
Um belo coelho branco correu
Pelo campo largo e aberto.
Ele parou bem perto de mim em um
Retalho de grama esmeralda.
Ele tinha, em seu rostinho peludo, uma expressão interrogativa
Ele mexeu as suas orelhas,
Enrugou o seu nariz
E balançou os seus bigodes como
Um homem velho.
Eu comecei a rir.
Ele correu veloz para longe
Com a aparência de uma pérola sob retalhos de algas marinhas.
As gotas refrescantemente gélidas respingaram
Nas minhas bochechas.
Eu andei,
E andei, e andei,
Não sabendo para onde ia.
Eu avistei uma família de patos em um lago,
Eu parei para olhar,
Primeiro a mamãe-pato,
E todos os patinhos a deslizar
Atrás dela, em uma única fila.
Eles dançavam ao som da música
da água batente da chuva.
E depois eu era o meu reflexo sobre
a superfície do lago que, a um espelho, era semelhante
E por um instante...
Eu era a única criatura viva por ali.
As gotas refrescantemente gélidas respingaram
Nas minhas bochechas. Eu voltei,
E andei, e andei,
Sabendo para onde eu ia.


Em entrevista concedida na edição de setembro da V Magazine em 2017, a cantora expressou seus sentimentos sobre o disco:

”Para mim, Joanne, nos termos mais simples, são as histórias clássicas de nossas vidas que nos ajudam a voltar para quem realmente somos, não importa o quão perdido estamos. Você sempre pode voltar para uma perda, ou sofrer uma perda recente, ou uma luta desafiadora em sua vida familiar ou sua infância. E quando você volta para aquele lugar, de alguma forma isso te leva de volta para onde você estava no começo. E para mim, é disso que esse álbum fala. Porque depois do The Fame Monster e dos álbuns seguintes, eu sentia que uma parte de mim estava se conectando num nível pessoal com o público e parte de mim estava se conectando num nível totalmente novo, um que eu desejava estabelecer com eles, uma espécie de nível fantástico e mágico. E agora, eu quero mais dessa conexão”.

Recentemente, Lady Gaga falou abertamente sobre um certo arrependimento das intenções que a levaram a criar ”Joanne”. Em uma entrevista concedida a Zane Lowe, apresentador da Beats 1, rádio online da Apple Music em divulgação para seu novo álbum ”Chromatica”, a cantora explicou sobre esse sentimento:

”Oh uau, okay, eu fiz um álbum para o meu pai, eu fiz um álbum tentando curar o trauma da minha família, porque a irmã do meu pai, Joanne, morreu quando ele tinha 15 anos de idade, e foi essa tentativa linda porém fútil, você não pode consertar algo desta forma. E eu tive que aprender isso, mas foi uma decepção épica em meu coração que me levou a uma depressão, eu entendi que não importa o que eu faça, não importa o quão grande eu me torne, não importa quantos estádios eu lote, eu não posso consertar o meu pai".


Mesmo não conseguindo curar seu pai, Gaga nunca escondeu a forte ligação que tem com sua tia e a importância que a mesma teve em sua família. Isso prova que ”Joanne” continua sendo um álbum significativo para a vida e carreira da cantora. E trouxe momentos e canções incríveis que, não podemos negar, são para dançar e chorar muito.

Qual foi sua reação ao ouvir "Joanne" pela primeira vez? E qual a sua melhor lembrança dessa era? Compartilhe com a gente!

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Tradução por Alexander Junior e Gustavo Kolliner

Arte da capa por Lucas Marques