Na última terça (03), Lady Gaga e Tony Bennett realizaram um emocionante concerto, o "One Last Time", em comemoração aos 95 anos da lenda do jazz, no Radio City Music Hall, em Nova Iorque.

Ainda que quaisquer filmagens tivessem sido proibidas no local durante o show, informações do que aconteceu foram liberadas nas redes sociais por espectadores.

O jornal USA Today também aproveitou o momento e liberou uma descrição com detalhes do que aconteceu durante a apresentação dos artistas, como: a quantidade de horas que Gaga e Tony se apresentaram, algumas das faixas, declarações de amizade entre os dois, e até mesmo um momento especial e emocionante de nossa Mother Monster para com sua irmã, Natali Germanotta.

Confira a tradução completa:

"Ele é meu companheiro musical": Lady Gaga saúda duetos emocionantes com Tony Bennett em show em Nova Iorque

Tony Bennett e Lady Gaga vieram juntos ao Radio City Music Hall para o "One Last Time", o primeiro dos dois shows de despedida dos colaboradores e amigos de longa data, acontecendo em detrimento do segundo álbum conjunto, "Love For Sale", que será lançado em 1 de outubro. O segundo show será na quinta.

A dupla aparentemente improvável se encontrou pela primeira vez em 2011 e lançou um álbum, o "Cheek To Cheek", em 2014. Desde então, Gaga lançou 2 trabalhos solos, incluindo o [álbum] "Chromatica" no ano passado, além de ganhar um Oscar de "Canção Original" pelo filme "Nasce Uma Estrela". Enquanto Bennett gravou 2 outros duetos, com Bill Charlap e Diana Krall. Ele revelou em fevereiro que foi diagnosticado com Alzheimer.

Bennett, que fez 95 anos na terça, foi diagnosticado em 2016. Apesar disso, a lenda da música estava disposto e carismático enquanto performava solo quase meia hora para seu público com ingressos esgotados no Radio City, público esse que o aplaudiu de pé no final de quase todas as músicas. Entre os destaques, a setlist incluía: "Steppin' Out with My Baby", "Fly Me to the Moon" e "Last Night When We Were Young”, que Bennett incisivamente cantava "os braços se apoiavam quando éramos jovens na noite passada".

O ícone do jazz "This Is All I Ask" foi similarmente emocionante, principalmente enquanto Bennett hesitava as assustadoras partes finais [da canção]: "E deixe a música tocar / E eu permanecerei mais jovem do que a primavera". Durante esta parte, Bennett ficou de pé no piano no centro do palco e não falava nada além de "obrigado" e "uau", entre uma música e outra. Mas seus frequentes beijos no ar e sinais de positivo [com o polegar] em direção ao público, indicavam que ele sabia o quanto era amado.

Gaga, 35 anos, docemente fez o papel de mestre de cerimônias e de animadora da plateia durante uma hora e meia de show, gravado para um futuro especial de TV. A estrela do pop abriu para Bennett com uma performance ousada e teatral, combinada com trocas de figurinos caros enquanto ela chocava, rebolava e seduzia ao longo do palco, em um estilo cantora de Lounge [música ambiente que traz a sensação ao ouvinte de estar em outro lugar].

Fazendo piadas sobre alguns de seus erros no palco que ocorreram mais cedo, incluindo ela ter quase perdido a peruca enquanto dançava, Gaga declarou: "até agora, eu já chamei Bennett de 'Tony Benny' e meu cabelo caiu. As coisas só melhoram".

A cantora camaleônica foi um tanto sincera quanto sensual pelo set cheio de padrões, brincando encantadoramente com membros da banda e plateia, alguns membros estavam sentados em mesas no palco para ajudar a criar a vibe de shows em clubes de jazz. Ela falou por um tempo sobre seu funeral hipotético, introduzindo “Coquette”, expressando que ela gostaria de ser cremada. (“Eu já comprei minha urna. E se eu me for e alguém me fizer uma escova permanente e me colocar em um vestido rosa ou algo (obsceno) ?”) Ela também dedicou uma inspiração de “What a Difference a Day Makes” para os corajosos enfermeiros, adicionando, “Todos nós sabemos que acabamos de passar por um ano e meio de COVID, e ainda estamos passando por isso”.

Um dos inegáveis destaques da noite foi a fenomenal dois em um "La Vie en Rose", a qual ela cantou em "Nasce Uma Estrela"; e "New York, New York", que ela utilizou para introduzir Bennett no meio do show. Ela, comoventemente, dedicou a primeira delas a sua irmã e designer de moda Natali Germanotta, a quem, Gaga, chorando, fez uma serenata enquanto ia de encontro à plateia e cantava diretamente para ela.

"Desculpe, eu tive que cantar para minha irmã por um segundo", Gaga se desculpava após literalmente subir de volta para o palco. "Algumas coisas são mais importantes que o showbiz".

"New York, New York" também foi empolgante, enquanto Gaga vestia uma cartola, a multidão aplaudia, batendo palmas, nova-iorquinos cantavam junto.

"Espalhem a notícia / é o aniversário de Tony Bennett" e ela cantava em seu glorioso e rouco belting [técnica de canto], "ele é meu amigo. É meu companheiro musical. É o melhor cantor do mundo inteiro".

Após conduzir o Radio City em um carinhoso "Feliz Aniversário", Gaga performou 3 músicas com Bennett no final da noite: "The Lady Is A Tramp", "Anything Goes" e "It Don't Mean a Thing (If It Ain't Got That Swing)". Ele encerrou o show com uma linda interpretação de seu clássico de 1962 "I Left My Heart in San Francisco".

"Vocês têm sido um bom público. Eu amo essa plateia", Bennett dizia logo após o "bis" [repetição de música em um show].

"Uma salva de palmas para o senhor Tony Bennett", Gaga verbalizava respeitosamente, curvando-se para seu amigo e lhe dando um beijo na bochecha, antes de saírem do palco de mãos dadas.

Fonte

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Tradução por Miguel Victor

Revisão por Eliza Pildervasser