Hoje (22), aconteceu o lançamento mundial do novíssimo documentário de Lady Gaga, em parceria com a Netflix, Gaga: Five Foot Two.

Nele, a cantora de 31 anos nos leva para a sua vida privada e nos mostra, em detalhes, a sua rotina, desde a finalização do álbum Joanne até sua apresentação no Super Bowl 51, em fevereiro deste ano.

Pensando nisto, a revista musical americana Rolling Stone listou 8 coisas - das muitas que ela nos passa nos 100 minutos do documentário - que podemos tirar uma lição.

Abaixo, confira a tradução:

"Por que há um jogo de futebol antes do show da Lady Gaga?"

Uma amiga da cantora faz essa pergunta perto do fim do novo documentário da Netflix, Gaga: Five Foot Two, assim que Lady Gaga acaba a preparação intensa para sua performance do Super Bowl. É uma das muitas cenas íntimas e pessoais do filme, que captura a cantora retornando para o alto escalão do pop com o álbum Joanne, lançado no ano passado, e o show triunfante deste ano no Super Bowl.

Pouco é deixado sem revelação, enquanto a câmera segue Lady Gaga a um batismo da família, a assiste lidar com a solidão no meio de um mundo de fãs e rastreia cada careta enquanto ela tenta se recuperar de uma antiga lesão no quadril que não desaparece. Aqui estão oito coisas que aprendemos de Gaga: Five Foot Two.

1. Lady Gaga tem uma nova perspectiva sobre relacionamentos.

‘‘Minha paciência para besteiras de homens é… eu não tenho mais’’, Lady Gaga declara nos primeiros minutos de seu novo filme. ‘‘Eu não ligo. Talvez porque eu tenho 30 anos e eu me sinto melhor do que nunca, sabe? Todas as minhas inseguranças se foram, eu não me sinto insegura sobre quem eu sou como mulher. Eu não fico constrangida ou envergonhada com que eu tenho’’.

Essa nova atitude se estende para sua vida profissional e sua decisão de trabalhar com o produtor Mark Ronson em Joanne. ‘‘Há muitos homens na minha vida e nos negócios que me fizeram sentir como se o que eu era sozinha não era o suficiente. Eu não sinto isso trabalhando com Mark’’.

2. Ela se sente menosprezada por Madonna.

Desde que Lady Gaga se tornou uma estrela, ela tem sido perseguida por comparações com Madonna. Ela fala sobre isso em Gaga: Five Foot Two. ‘‘O negócio comigo e Madonna, por exemplo, é: eu sempre a admirei. E eu ainda a admiro, não importa o que ela pensa de mim’’.

Mas aquela admiração agora vem com uma ressalva. ‘‘Eu sou italiana e de Nova York’’, Lady Gaga continua, ‘‘então, se eu tenho problema com alguém, eu vou dizer isso para você na sua cara, mas não importa quanto respeito eu tenha por ela como uma performer, eu nunca entendi o fato de que ela não olhou nos meus olhos e me disse que eu sou redutiva… eu vi isso na TV. Me dizer que você acha que eu sou uma merda através da mídia é como um cara me passando um bilhete através de seu amigo: ‘meu amigo te acha bonita’. Vai se f#der. Cadê seu amigo para me jogar contra a parede me beijar? Eu só quero que a Madonna me jogue contra a parede, me beije e fale que sou uma merda’’.

Depois, enquanto visitava sua avó, Lady Gaga não resistiu em falar mais uma coisa sobre a mulher que ela admira. Enquanto olhava uma foto antiga da escola, o pai da cantora aponta, ‘‘isso prova que ela tinha mesmo que usar aparelho’’. ‘‘Se eu não tivesse usado’’, Lady Gaga adiciona, ‘‘então eu teria ainda mais problemas com Madonna’’.

3. Ela tem lutado contra uma dor debilitante por anos.

Durante Gaga: Five Foot Two, a cantora está lutando contra uma dor que é resquício de um quadril quebrado durante a turnê Born This Way em 2013. O dia que ela tinha que performar na festa de aniversário de 90 anos do Tony Bennett, Gaga está deitada no sofá em prantos. ‘‘O lado direito do meu corpo está tendo espasmos’’, ela diz para a cuidadora. *‘‘Meu rosto dói’’. ‘‘Vamos colocar no Trump’’, ela fala depois. ‘‘Isso vai me fazer desmaiar’’.

Mas é apenas uma solução temporária, enquanto ela visita uma médica para algo mais permanente. ‘‘Eu tenho essa dor por cinco anos’’, ela explica. ‘‘Quando eu sinto a adrenalina dos meus fãs, eu posso continuar, mas não significa que não esteja sentindo dores’’. A cena culmina com Lady Gaga listando uma séries de remédios que ela está tomando para ajudá-la a lidar com as dores antes de se submeter a tratamento médico. Mesmo deitada na maca com agulhas nas suas costas, Lady Gaga continua focada no trabalho, reclamando sobre o vazamento de Joanne no início do dia.

Apesar das últimas intervenções médicas, a dor ainda a incomoda, e Lady Gaga adiou as datas europeias da Joanne World Tour nesta segunda.

4. Sexismo entre produtores masculinos, e a indústria como um todo, presentes durante sua carreira.

Lady Gaga sugere que produtores masculinos de alto nível regularmente abusam de seu poder quando trabalham com artistas femininas. ‘‘Quando produtores - diferentes de Mark - começam a agir tipo, ‘você não seria nada sem mim’, para mulheres especificamente, já que eles têm tanto poder, eles podem ter as mulheres de um jeito que nenhum outro homem pode’’, a cantora explica. ‘‘E quando eu entro no cômodo, e isso é 8 de 10 vezes, eu sou colocada nessa categoria, e eles esperam de mim o que aquelas garotas têm a oferecer, quando não tem nada a ver com o que eu tenho para oferecer. Não é para isso que eu estou aqui’’.

‘‘A metodologia que eu uso para sair dessa categoria é que quando eles querem que eu seja sexy ou pop, eu sempre faço uma reviravolta absurda que me faz sentir como se eu ainda estivesse no controle’’, ela continua. ‘‘Se é para eu ser sexy no VMA cantando sobre os paparazzis, então eu vou fazê-lo enquanto sangro até a morte para te lembrar do que a fama fez com Marilyn Monroe’’.

5. Lady Gaga vai atrás de arquivos de família para ajudá-la a moldar Joanne.

Lady Gaga foi nomeada Joanne por causa de sua tia, Joanne Stefani Germanotta, que morreu por causa de complicações do lúpus aos 19 anos. Durante uma das muitas cenas emocionantes de Gaga: Five Foot Two, a cantora visita sua avó para tocar a faixa-título do álbum. ‘‘Nós só vamos tocar, e se você ficar triste, então não temos que falar sobre isso’’, Lady Gaga diz. Mas a avó elogia a música: ‘‘É uma música linda’’. Além do selo de aprovação da avó, Lady Gaga lê os antigos poemas de Joanne e olha alguns de seus trabalhos. ‘‘Ela tinha muito talento, mas não teve tempo suficiente’’, sua avó diz. ‘‘Os 19 anos que a tivemos foram preciosos. E ela nunca foi esquecida’’.

6. Ela acredita em confundir o público.

Lady Gaga mostra pouco interesse em seguir a expectativa dos ouvintes. ‘‘Eu quero fazer o oposto do que todo mundo pensa que eu vou fazer’’, ela declara em uma reunião com os diretores do show de intervalo do Super Bowl. ‘‘Todo mundo pensa que eu vou aparecer em um trono, em um vestido de carne e 90 homens sem camisa e unicórnios. Estou certa? E então no final vou fazer algo chocante que vai assustar todo mundo, mas não é nem perto do que vamos fazer’’.

Ela expressa um sentimento familiar em uma conversa com seu time criativo, onde ela decide evitar as roupas elaboradas que caracterizaram seu início de carreira em troca de um simples jeans e camiseta. ‘‘Honestamente, já me viram glamorosa por 10 anos’’, ela diz. ‘‘É muito entediante’’.

7. Ela é exigente com detalhes.

Não importa se era dando ênfase de alta qualidade na mixagem de Joanne ou arrasando na sua participação em American Horror Story, Gaga: Five Foot Two captura o rigoroso olho da cantora para os menores detalhes. Durante uma das muitas cenas intensas de preparação para sua performance no Super Bowl, ela sugere que é uma necessidade para qualquer estrela de seu nível. ‘‘Se eu pegar a keytar e tocar a nota errada na frente de 100 milhões de pessoas, é culpa minha’’, ela diz. ‘‘Não importa se outra pessoa vacilar. É o meu nome’’.

Como resultado, ela está sempre pensando muitos passos à frente. Momentos depois, Lady Gaga pede que a responsável pelo guarda-roupa mude o forro da sua jaqueta. ‘‘Eu sei que para outras pessoas isto é apenas um forro de uma jaqueta’’, ela explica. ‘‘Mas para mim, é a forma como o tecido da roupa interage com o outro tecido, que pode mudar a velocidade do meu braço entrando pela manga’’.

8. Depois de anos de insegurança, Lady Gaga reconhece a dimensão de seus talentos.

Pode ser surpreendente para alguns ouvir que o turbilhão de sucesso de Lady Gaga fez pouco em relação a suas inseguranças - até agora. ‘‘Eu nunca me senti confortável o suficiente para cantar ou usar meu cabelo preso’’, ela diz. ‘‘Eu nunca me senti bonita o suficiente ou inteligente o suficiente ou uma musicista boa o suficiente. Essa é a parte boa: Eu não me sentia boa o suficiente, mas agora eu sinto. De todas as coisas que eu mereço, é aí que eu sei que eu tenho algum valor’’.

O documentário já está disponível no Netflix, assista aqui.

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Tradução por Vanessa Braz de Queiroz.

Revisão por Vinícius de Souza