Na noite de ontem (03), Lady Gaga retornou aos palcos com o 21° show da "Joanne World Tour", que aconteceu em Montreal.

Poucas horas após o concerto, o Montreal Gazette publicou uma review do espetáculo, enaltecendo a habilidade de Gaga em comandar um palco.

Confira a tradução:

O Bell Centre inteiro tornou-se o palco de Gaga para que o dinheiro dos fãs em cada cantinho valesse a pena.

A máquina de publicidade Lady Gaga ganhou um ponto nesta semana, quando a super-estrela pop partiu com sua comitiva no District Video Lounge na Gay Village de Montreal no Halloween, antes do seu show da Joanne World Tour no Bell Centre na noite de sexta-feira.

As fotos de Halloween de Gaga fantasiada como Edward Mãos-de-Tesoura que foram postadas em sua conta no Instagram geraram um bocado de burburinho positivo na cidade onde seus Little Monsters – seus fãs – estavam chateados devido ao adiamento de última hora de seu show devido a problemas de saúde em 4 de Setembro. Duas canções após o início de seu show em Montreal, as primeiras palavras de Gaga foram “Eu sinto muito por ter cancelado - eu não podia cantar mas estou aqui agora.”

E foi isso. Tudo estava perdoado.

Então, com sua banda de cinco integrantes e dez dançarinos, ela levantou o teto com uma versão matadora de Poker Face, certamente, sem trocadilhos. O set list de 22 músicas e mais de duas horas de Gaga cobriu cada era de sua carreira, dividido em seis “atos”, com interlúdios musicais que permitiram múltiplas mudanças de figurino. Cada ato era ancorado em pelo menos um grande hit, como Alejandro e Telephone no início, e seus vocais soaram, especialmente nas baladas.

Mas as constantes pausas entre esses mini-sets diminuíam muito qualquer impulso que Gaga gerasse, e o público apenas veio à vida durante o quarto mini-set quando Gaga cantou Applause, Come to Mama, uma versão acústica supersônica de The Edge of Glory e seu hino LGBTQ Born This Way.

Antes de cantar Come to Mama, Gaga viu uma fã balançar uma bandeira do Canadá com uma mensagem de amor e união escrita. A bandeira foi entregue a Gaga no palco, onde ela segurou para que todos vissem e aplaudissem bastante. Isso também aconteceu em seu show de Vancouver dia 1º de Agosto, no mesmo momento, mas com uma bandeira de arco-íris. Seja ou não um momento premeditado, permitiu que Gaga abraçasse não apenas sua legião de fãs LGBTQ, mas todos aqueles empurrados à margem.

“Quantos aqui são membros da comunidade LGBTQ?” ela perguntou. “Quantos aqui não são? Não tem problema porque nós amamos todo mundo aqui. Se tiver alguém que não acredita em igualdade plena para todas as pessoas, vem para a mamãe, eu te falarei sobre.”

O que Gaga perdia em momento musical geral era mais que compensado pelas multi-plataformas de seu impressionante palco principal com suas pirotecnias, assim como seus cinco elevadores que viravam de forma diagonal, acentuando a coreografia pontual dos dançarinos.

Três plataformas infláveis luminosas desciam do teto para criar três pontes flutuantes (que também funcionavam como telas de projeção) que ziguezagueavam através da ponta da arena para dois palcos-satélite e um palco B integrado com LED que permitiam que Gaga ficasse bem pertinho de seus fãs.

Em resumo, o Bell Centre inteiro tornou-se o palco de Gaga para que o dinheiro dos fãs em cada cantinho valesse a pena. E era uma casa cheia.

Em seu sexto e final mini-set, Gaga cantou a faixa-título de seu disco Joanne de 2016, um tributo à sua tia falecida e sobre como o luto da família “passou de geração a geração.”

O show então entrou em super velocidade: Gaga tinha a audiência dançando em seus lugares e cantando junto uma ótima versão ao vivo de Bad Romance, assim como seu single solitário de Abril de 2017 The Cure, antes de voltar ao palco B para seu único bis, Million Reasons.

Gaga - a.k.a. Stefani Joanne Angelina Germanotta – então desapareceu debaixo do palco com seu piano e foi embora, deixando para trás seu chapéu de vaqueiro cor de rosa Joanne no banquinho do piano. A carismática Gaga provou mais uma vez que ela é pra valer em um mundo onde poucas divas sabem como comandar um palco.

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Revisão por Vinícius de Souza