Neste sábado (21), a revista norte-americana PAPER Magazine publicou uma matéria onde faz uma seleção própria dos 10 principais álbuns da década de 2010, fazendo uma análise de cada um, considerando desde seu impacto na indústria musical até seu papel como representante da década que se encerra, marcada por diversas tendências musicais e de sonoridade.
No top 10, Lady Gaga se faz representada com seu álbum "Born This Way" (2011), ocupando a sétima posição do ranking da revista. Outros grandes nomes da música também estão presentes na matéria, como Beyoncé, Rihanna, Azelia Banks e Lana Del Rey
Confira a justificativa escrita por Justin Moran, diretor digital da revista, sobre o álbum "Born This Way" estar entre os 10 principais da década:
"Born This Way" é maior que Lady Gaga. O primeiro single do álbum e faixa título se tornou uma missão para a toda a carreira do ícone POP, normalizando a experiência LGBTQ+ em um palco internacional, e mais importante, colocando a palavra "transgênero" no TOP 40 das rádios.
Essa celebração introduziu seu épico 2011, que juntou temas como juventude, rebeldia e liberdade em uma produção que fez uma ponte entre os distintos "Bruce Springsteen Americana" e "Berlin Electronic". Com alusões ao Cristianismo e uma arte de capa sugerindo que Gaga seria o veículo para uma nova geração, "Born This Way" foi decididamente ambicioso - e inteiramente único.
Esta era entregou alguns dos hinos mais conhecidos de Gaga até hoje, desde a balada country antes de "Joanne", "Yoü and I", até a massiva referência dos anos 80 de "The Edge Of Glory". Mas foram nos cortes profundos de"* Born This Way" que Gaga liberou seus conceitos mais estranhos e mais intrincados. "Heavy Metal Lover" e "Government Hooker*", dois destaques, viram sintetizadores e trituradores metálicos brilhantes, baixos parecidos com máquinas se sobrepondo sob letras distorcidas que apenas Gaga poderia conceber: "Eu quero sua boca de uísque por toda minha loirice", ela exige em uma. "Eu vou beber minhas lágrimas esta noite", ela confessa em outra letra.
Então, depois há um híbrido de glam metal com Broadway ("Hair"), uma música sinistra com solo de guitarra e sinos de igreja ("Eletric Chapel"), um corte de dance feroz onde Gaga propositalmente abate a língua alemã na batida ("Scheiße") e uma estranha ópera pop melódica com cantos de culto e um agudo estridente de Gaga ("Blood Mary").
Enquanto as tendências musicais são comumente arrancadas das maiores estrelas e repetidas até enjoar, nada chegou perto de soar como "Born This Way" desde o lançamento há quase dez anos. E isso é porque ninguém poderia replicar as esquisitices que fervem dentro do cérebro de Gaga, especialmente a partir de um momento em que ela estava constantemente lançando alguns dos mais provocantes visuais, músicas e ideias para a cultura pop.
Clique aqui para ter acesso à matéria original e completa da PAPER Magazine.
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Tradução por Mari Bueno e Isabelle Rodrigues
Imagem: Nick Knight / Divulgação: PAPER Magazine