A Billboard lançou nesta terça (03), um podcast no Pop Shop Podcast sobre o porquê de a música pop precisar de Lady Gaga e “Stupid Love” agora mesmo.

Os participantes enaltecem o novo trabalho de Lady Gaga ressaltando que as pessoas precisam de um momento para dançar, amar e se divertir, e é isso o que Lady Gaga sabe fazer.

Ouça o momento sobre a cantora a partir de 11:55:

Leia a tradução (a partir de 11:57):

Keith: E agora falando da Gaga e seu single “Stupid Love”, que se encontra na posição 20 do Charts Pop e a sua primeira entrada na lista desde “Shallow”, sua música ganhadora de um Oscar de A Star Is Born, em 20 de maio de 2019. A nova música é parte do novo álbum intitulado “Chromatica” que está previsto para sair em 10 de abril. E a música dance-pop é acompanhada de um vídeo com danças que se passam em outro mundo, com paisagens. E na abertura do vídeo, tem um texto que fala sobre tribos que batalham por dominação e, claro, Lady Gaga está lá como, aparentemente, uma mediadora, é meio difícil dizer.

Katie: Olha, acho que não deveríamos tentar interpretar esse vídeo. (risadas)

Keith: Para, vamos entrar nisso sim. Fizemos essa parte toda dedicada à Gaga. Vamos adentrar isso sim, profundamente.

Katie: Bem, falando nisso, o novo single da Gaga, é meio que o seu retorno à fórmula que conhecemos Lady Gaga e tipo, em 2009, já faz tempo.

Keith: Faz tempo.

Katie: Vamos falar sobre o porquê ‘“Stupid Love” parecer ser importante para Gaga e para a música pop de hoje. Se você ouve o podcast, sabe que o Keith ama a Gaga e até a tivemos aqui uma vez, o que é loucura se você parar para pensar. Mas, o que vamos adentrar é a importância de Gaga lançar um single agora e este single em específico. Então, Keith, vai você primeiro. O que você achou quando viu isso e o que acha que é importante pra Gaga agora?

Keith: Eu acho que Gaga está em sintonia com o momento que estamos, está ligada nos eventos mundiais na cultura pop e cultura. E acho que as pessoas precisam de um momento do qual possam escapar e meio que só dançar, amar, e ser feliz. E algo em que Gaga é boa, é em passar uma mensagem, tipo uma mensagem grande e artística com sua música. Mensagens muito positivas, eu penso. Me agrada pensar que ela está avaliando as coisas em sua volta agora e está nessa vibe que busca passar mensagens transcendentes e de união com sua música, e acho que é isso que o Pop precisa agora de Gaga e acho que é justamente isso que a Gaga quer trazer com sua música agora, uma união. É o que acho.

Katie: Eu concordo com você e como mencionamos, é meio que a volta do disco, ela voltou com esse pop dançante. E quando a conhecemos, isso era literalmente 100% o que esperávamos dela quando ela tinha acabado de lançar “Just Dance” e, passando por um viés na última década, vimos diferentes versões de Lady Gaga que vão de Tony Bennett a um tributo de “The Sound of The Music” no Oscar. A Star Is Born. “Joanne” - uma versão mais crua de Gaga, sem maquiagem, jeans rasgados. Vimos diferentes encarnações e acho que é por isso que ela escolheu agora para voltar como “a Gaga dançante” e eu estou amando isso. E tipo, eu amo Joanne e como ela está sempre evoluindo e nunca é a mesma. Isso é parte de sua essência, e obviamente Keith, sendo um fã da Madonna, ama uma diva que está sempre evoluindo, ninguém precisa permanecer a mesma coisa: mesmas roupas, mesmo cabelo, maquiagem e estilo. Toda vez que ela fica entediada, se reinventa e é meio que isso que está fazendo agora com seu novo retorno a suas raízes pop, né?

Keith: Sim. E francamente, essa Gaga Alien, meio ARTPOP. Mas também em Born This Way, em que ela interpretava essa criatura meio alienígena, com a maquiagem, que parecia que ela vinha de outro planeta. Acho que é meio essa vibe de um jeito, mas não tão pesado. E se tem alguém capaz de brincar com essa coisa de roleplay no pop é a Gaga, na atualidade.

Katie: E como você mencionou, seus vídeos sempre foram uma parte importante de sua identidade como artista pop e, para mim, eu estava pensando em “Bad Romance”, até a frase amor estúpido me faz lembrar de romance ruim, meio que irmã.

Keith: Aaah! Eu nem tinha pensado nisso. Boa, Katie.

Katie: (risos) É o que acho, se você olhar pros dois vídeos, eles meio que parecem do mesmo time, mas este em específico [Stupid Love], foi positivo e Bad Romance foi mais obscuro. Este é mais positivo e mais leve, e mais rosa e tipo, incluindo o vídeo. E ao mesmo tempo falando sobre o que isso significa pra Gaga, atrelando a posição de pertencimento dela na música pop agora e o porquê da cultura pop talvez precisar do retorno dela agora, é a próxima pergunta.

Keith: Já falei disso antes, mas parece que a rádio está aceitando mais a música pop dance agora. Tipo, a Dua Lipa no topo do top 40 de músicas pop com uma música que é muito de volta aos anos 80 com “Don’t Start Now”. Não que Lady Gaga fique seguindo isso e buscando o que está no momento, mas ela está fazendo aquilo que sente ser importante para ela, claro. Mas acho que agora o rádio e o pop precisam se unir de novo - tem rock, hip-hop e pouco pop - precisamos de uma alegria, felicidade, as coisas têm estado muito deprimentes agora, quando ligamos a TV ou nas redes sociais e alguém está brigando com por algo estúpido. Que saber, vamos esquecer dessas besteiras no Twitter e vamos ter um “amor estúpido” juntos.

Katie: Isso meio que me fez pensar que, claro, Gaga não é uma seguidora de modinhas, tipo, a Dua Lipa fazendo algo repaginado agora de algo que ela fez a 10 anos atrás. Isso me deixa reflexiva sobre como boybands se tornaram hits (...), eles não estavam seguindo a moda, só fazendo música pop (...). E isso é o que parece que a Dua fez no rádio, abriu esse espaço seguro para a música pop no rádio de novo e Gaga só vem a endossar isso. É um mundo de ciclos pop!

Keith: Concordo Katie, estamos juntos nessa!



Assista a "Stupid Love":

Quer ajudar no desempenho do single? Saiba como pedir “Stupid Love” nas rádios américas e também nas rádios brasileiros.

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Tradução por Gustavo C.B. Kolliner

Revisão por Vinícius de Souza