Como de costume, antes do lançamento de um álbum novo, Lady Gaga concedeu uma entrevista a Zane Lowe, apresentador da Beats 1, rádio online da Apple Music.

Gaga falou sobre o processo de criação do álbum Chromatica, sobre Ariana Grande, ter parado de fumar, fãs, fama entre outros assuntos.

Abaixo, confira as partes mais importantes do que a cantora falou na entrevista. (O vídeo da entrevista completa está sendo traduzido e legendado e será postado em breve).

Ariana Grande e 'Rain On Me':

"Ela foi simplesmente maravilhosa. Eu acho que ela pensou que viria aqui e eu a mandaria sentar e falaria 'toma, canta isso e muito obrigada pelo seu tempo', mas em vez disso eu a perguntei como que ela queria fazer as coisas".

"Eu a disse, 'Agora, tudo o que você se importa ao cantar, eu quero que se esqueça e apenas cante. E enquanto você faz isso eu vou dançar na sua frente".

"'Rain On Me' também é uma metáfora para a quantidade de álcool que eu estava tomando para me anestesiar, 'Eu prefiro estar seca, mas ainda não morri, okay, chove em mim', essa canção tem muitas camadas".

"Você ainda não assistiu ao vídeo, ela estava tão aberta a tentar coisas que nunca tinha feito antes, 'eu vou apenas confiar em você', ela disse".

"Quando ela chegou no estúdio eu estava chorando, ela veio até mim e disse, 'Você vai ficar bem, me liga, aqui está o meu número', ela foi bastante persistente, ela tentava diversas vezes ser minha amiga mas eu estava muito envergonhada para poder sair com ela porque eu não queria projetar nela tanta negatividade".

"Aí ela chegou pra mim e disse, 'Você está se escondendo', e eu disse, 'Você está certa, estou me escondendo sim', e aí a nossa amizade floresceu".

Fun Tonight:

"Essa canção é muito importante para mim. Por muitas noites as pessoas que me amavam tentavam me fazer sorrir ou dar risada e ser otimista mas eu simplesmente não conseguia, não tinha habilidade nenhuma para estar feliz".

Joanne:

"Oh uau, okay, eu fiz um álbum para o meu pai, eu fiz um álbum tentando curar o trauma da minha família, porque a irmã do meu pai, Joanne, morreu quando ele tinha 15 anos de idade, e foi essa tentativa linda porém fútil, você não pode consertar algo desta forma. E eu tive que aprender isso, mas foi uma decepção épica em meu coração que me levou a uma depressão, eu entendi que não importa o que eu faça, não importa o quão grande eu me torne, não importa quantos estádios eu lote, eu não posso consertar o meu pai".

Billie Eilish e artistas jovens de hoje em dia:

"Eu amo a Billie Eilish. Eu quero que todos vençam e eu amo todos esses artistas jovens. Não é uma competição. Em uma noite dessas ela ganhou diversos prêmios, então eu a enviei flores".

Chromatica:

"Eu nasci assim, eu sou assim, eu me sinto assim, eu quero ajudar e mudar a cultura de uma forma gentil, essa é a minha rebelião, é isto que me torna punk".

"Por vezes, ao gravar este álbum, eu estava bem triste, mas aí eu parava para ouvir as músicas e eu soava feliz nelas e pensava, 'Espere um minuto, isto soa incongruente, mas veio de mim', como isto aconteceu?"

“O Chromatica parece uma maratona de dança sem parar. Mal posso esperar para dançar com as pessoas ao som dessa música!"

"Mal posso esperar para poder ir a lugares com as pessoas e tocar esse álbum o mais alto que eu possa, para as mostrar o quanto as amo, mas até lá, espero que elas escutem esse álbum e viagem não apenas pela minha jornada pessoal, mas por suas jornadas e dores próprias".

Babylon:

"Fizemos 'Babylon', uma música sobre fofoca, algo que dominava a minha vida, que fazia eu me sentir tão pequena e acorrentada. Agora eu uso as correntes, e uso com orgulho, me sinto livre".

Free Woman:

"Eu tento fazer com que as coisas sejam sem gênero, apenas porque eu penso que é significante, mas com essa música em particular [Free Woman], eu senti uma necessidade de referenciar ao meu gênero mesmo que eu tenha um desgosto tremendo quando as pessoas atribuem gênero ou identidade sexual à sua personalidade, como quando alguém diz, 'Sua personalidade é masculina', o que isso significa? Não faz sentido, mas foi muito importante para essa canção ser 'Free Woman', porque eu fui abusada sexualmente por um produtor musical".

Assuntos gerais:

"Eu parei de fumar, completamente, nem um cigarro. Parar de fumar é muito difícil. Eu costumava sentar na minha varanda e fumar o dia todo, e quando alguém me pedia pra parar, eu me sentia como se estivesse sendo atacada"

"Eu sempre fui muito aberta ao fato de que eu costumava me cortar. Hoje, eu não leio mais a internet, mas antigamente eu via artigos com fotos minhas no qual dizia, 'Aquelas cicatrizes no braço dela são nojentas', e isso fazia eu me sentir pior ainda".

"Eu não vou mais me defenir como uma sobrevivente, como uma vítima de estupro, eu sou apenas uma pessoa que é livre e passou por coisas f*didas"

"Eu desenvolvi um medo do público, mas não das pessoas, eu amo as pessoas."

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Revisão por Vinícius de Souza