Nesta terça-feira (16), foi publicada uma matéria na revista Rolling Stone sobre as faixas interludes do sexto álbum de estúdio de Lady Gaga, Chromatica.

A cantora e compositora Morgan Kibby, responsável pela produção das faixas de transição do álbum, foi entrevistada pela revista norte-americana, onde a mesma discute a criação e todas as inspirações de ambas as artistas para a criação das interludes. "Nós olhamos imagens, pinturas e referências de filmes. Conversamos muito sobre o processo dela quando escrevia as músicas do álbum. Eu queria entender o mundo que ela estava nos convidando a conhecer", afirma Morgan Kibby.

Leia abaixo a tradução da matéria:

"Colaboradora de Lady Gaga Morgan Kibby discute as interludes de 'Chromatica'

Ex-membra do M83 explica como os 'coros gregos' do sexto álbum de estúdio de Gaga ganharam vida.

Entre o house propulsor e as batidas eletrônicas, Chromatica de Lady Gaga é amarrado por três interludes orquestrais, cada uma nutrindo as músicas que as sucedem. As três são perfeitos aperitivos, compostas por Gaga e a antiga integrante de M83, Morgan Kibby, que se conectou ao Chromatica através do produtor executivo BloodPop.

'Eu devo dizer que achei essa colaboração originada em total destino,' Kibby conta para a Rolling Stone via e-mail. 'Apesar de eu ter aparecido no final do processo, nós nos jogamos em um turbilhão, um período de suas semanas de composição e gravação, e eu entreguei as mixagens dias antes do álbum ser masterizado. Foi uma viagem!'

Kibby, que se apresenta pelo nome artístico White Sea, conheceu BloodPop em uma sessão de composição seis anos atrás. Eles mantiveram contato, especialmente quando ela começou a trabalhar mais no mundo do pop. 'Eu acho que BloodPop sentiu que Lady Gaga e eu seríamos uma boa combinação energicamente e criativamente', ela explica. À medida que Gaga foi dando os toques finais no seu sexto LP no início deste ano, a estrela vencedora de Oscar sabia que queria três faixas distintas para manter o álbum conectado. Kibby foi chamada ao estúdio depois de submeter uma demo orquestral que faria a transição para a música Alice, e a demo eventualmente se tornou a abertura do álbum, Chromatica I.

'Foi muito importante tanto para Gaga quanto para mim garantir que pudéssemos justificar as adições orquestrais,' Kibby explica. 'A forma que trabalhamos a tangibilidade e vida das interludes — a textura, melodia e energia — foi importante para identificá-las e mantê-las interligadas às músicas existentes. A alma do álbum já estava lá, assim como os arranjos que já estavam escritos com o intuito de amplificar os cantos e frestas dos temas emocionais; as interludes se tornaram quase o que definia a emoção e o tema de cada sessão de Chromatica'.

Adicionar algo significativo ao fluxo do álbum significava que Kibby tinha dois trabalhos principais: se adequar à energia da produção house-dance do álbum e adicionar profundidade à jornada emocional que Gaga tenta capturar nas letras frequentemente de partir o coração. Ela recrutou uma orquestra de 26 integrantes para performar as composições e passou muito tempo discutindo o espírito de Chromatica com a própria Gaga.

'Nós olhamos imagens, pinturas e referências de filmes. Conversamos muito sobre o processo dela quando escrevia as músicas do álbum. Eu queria entender o mundo que ela estava nos convidando a conhecer', Kibby diz. 'O tema dominante que abordamos durante nossas conversas foi o intercâmbio entre luz e escuridão, a sensação contraditória que ela sente dentro dela mesma e, em extensão, nossa experiência humana compartilhada e relacionável.'

À medida que o processo se tornou rápido, Kibby sentiu mais do que capaz e preparada para lidar com o ‘‘poder cru e a vulnerabilidade’’ na música de Gaga. 'Havia um sentimento palpável de felicidade sincera interligada com turbulência, e eu queria retratar esses sentimentos com arranjos dinâmicos e melódicos', a compositora diz. 'Gaga estendeu uma quantidade incrível de confiança em minha habilidade de trazer minha voz como um contraste e para fazer a dela brilhar mais'."

Clique aqui para ter acesso à matéria original da Rolling Stone.

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Tradução por Vanessa Braz de Queiroz.