Nesta terça-feira (11) a W Magazine divulgou capas exclusivas dos principais atores e atrizes que estão na disputa pelo Oscar neste ano e Lady Gaga, uma das estrelas cotadas ao prêmio de “Melhor Atriz”, não ficou de fora.

Com photoshoot assinado por Tim Walker, Gaga concedeu uma entrevista exclusiva e revelou mais detalhes por trás do processo de preparação para interpretar Patrizia Reggiani em “Casa Gucci”.

“Cenas românticas não podem ser apenas duas pessoas que ficam bem juntas – tem que haver essa comunicação não verbal. Patrizia era uma rainha do disco que queria tanto ser uma socialite. Quando ela tinha apenas 12 anos, sua mãe mostrou fotos de solteiros disponíveis. Senti que Patrizia dançaria como se estivesse debaixo d'água, como se estivesse subindo para respirar. Tudo nela tinha a ver com esforço. Na discoteca, ela [Patrizia] sabia que era vista – e, de certa forma, era a última vez que ela estava livre", disse Lady Gaga sobre as primeiras cenas de Patrizia e Maurizio Gucci, interpretado por Adam Driver.

Confira a tradução completa da entrevista de Lady Gaga para a W Magazine:

Lady Gaga não tem medo de se deixar levar

A estrela de House of Gucci fala sobre colocar seu glamour em segundo plano para deixar Patrizia Reggiani brilhar.

Para assumir o papel de Patrizia Reggiani, que foi condenada por contratar um assassino para matar seu ex-marido, Maurizio Gucci, Lady Gaga teve que se tornar Patrizia. Isso significa que ela teve que usar 54 penteados diferentes, empregar métodos de atuação, viver na Itália e adotar os maneirismos e o sotaque italiano da socialite. Para a edição de Melhores Performances da W, a estrela dá uma visão de sua análise do personagem, seu processo e porque ela acha que Patrizia pode ter enviado um enxame de moscas para segui-la.

As primeiras cenas entre seu personagem, Patrizia, e seu futuro marido, Maurizio Gucci, são bem sensuais. Eles se conheceram em uma boate e a atração entre eles ficou bem evidente.

Cenas românticas não são apenas duas pessoas que ficam bem juntas, tem que existir uma comunicação não verbal. Patrizia era uma rainha do disco que queria muito ser uma socialite. Quando ela tinha apenas 12 anos, sua mãe mostrou fotos de solteiros elegíveis. Percebi que Patrizia dançaria como se estivesse debaixo d'água, como se estivesse subindo para respirar. Tudo nela tinha a ver com esforço. Na boate, ela sabia que estava sendo vista e, de certa forma, seria a última vez que ela ficaria livre.

Você encontrou a personagem através do estilo dela?

Sim e não. O elemento mais importante para me tornar Patrizia foi ter pintado meu próprio cabelo de castanho. Eu não poderia ser loira com aquele sotaque italiano, eu ainda seria eu mesma. Também foi importante para mim que o filme não fosse um tapete vermelho: A moda era uma peça-chave na sobrevivência de Patrizia. Ela se esforçou muito, mas ela nunca seria tão reluzente como os Guccis.

No final das filmagens, você ficou triste em ter que se despedir da personagem?

No último dia de filmagem, eu estava na varanda do apartamento em Roma, ouvindo Dean Martin cantando “Mambo Italiano” com um cigarro pendurado na minha boca. Eu era a Patrizia. Mas eu sabia que eu teria que me despedir dela: Enxames enormes de moscas ficaram me seguindo e eu comecei a acreditar que ela as enviou. Eu estava pronta para deixá-la ir.

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Tradução por Deborah Sant' Anna