É, pequenos monstros, a nova turnê de Lady Gaga realmente está entre nós e como sempre o novo trabalho já nasceu aclamado.

Após o show em Estocolmo, na Suécia, diversos sites publicaram sua opinião sobre o mesmo, entre eles o iNews, que também deu nota máxima para o segundo show da turnê em sua review.

Leia a review completa traduzida:

"Review da 'Chromatica Ball Tour' de Lady Gaga em Estocolmo: Uma das maiores performers do pop incendeia a Europa

No palco, Gaga entra em combustão como uma estrela no céu: O Reino Unido deve se preparar para um show surpreendente na próxima semana. 5/5

O primeiro vislumbre que tivemos de Lady Gaga na Friends Arena em Estocolmo foi como uma lembrança. Na telona, antes de realmente emergir do palco, Gaga apareceu nas sombras, mais uma criatura de quatro pernas do que uma humana, usando saltos bulbosos e uma alta e imponente coroa.

Essa era a Gaga de anos passados – anos do single definidor de uma era 'Bad Romance' e seu altamente sucedido 'The Fame Monster' de 2009. Recentemente, porém, tivemos tantas iterações de Lady Gaga – Gaga cantora de jazz, Gaga guru de maquiagem Haus Labs, Gaga ingênua de 'Nasce Uma Estrela', Gaga estrela do rock, e, mais recentemente, Gaga-que-falou-com-um-sotaque-italiano-por-um-ano-para-'Casa Gucci' – que é fácil esquecer as vezes quem ela é, ou pelo menos, quem ela era quando surgiu na imaginação do público.

Lady Gaga, nascida Stefani Germanotta, uma garota italiana da cidade de Nova Iorque (como ela gosta tanto de dizer), começou sua carreira como uma cantora/compositora treinada no teatro, que nomeou a si mesma inspirada em um single do Queen. Depois de conquistar seguidores com laços feitos de cabelo (já fomos nós tão jovens assim?) e faixas à esquerda do centro como 'Just Dance' e 'Poker Face', Gaga – e sua produção – cresceu mais estranha e provocadora, à medida que seu domínio no pop mainstream se tornou impossível de evitar. Ela era a Mother Monster, a líder de uma seita sangrando de seus olhos no VMA e chegando ao Grammy em uma incubadora.

É essa imagem de Gaga – a provocadora, sempre disposta a surpreender ou subverter – que é geralmente associada com ela como uma performer. Porém, desde quando lançou o seu álbum country-adjacente 'Joanne' em 2016, ela parece ter desertado por um tempo, deixando em seu lugar, uma superestrela de boa-fé que se encontrou nomeada à Oscars e fazendo álbuns com lendas como Tony Bennett, sem precisar de táticas chocantes, ou, de fato, da música pop definidora de tendências de outrora.

Mas 2020 se provou o momento perfeito para um retorno ao pop – dessa vez, flexionado pelas batidas robustas da música house – apenas para mostrar que, tendo dominado as telonas, ela realmente ainda podia fazer tudo. Seu quinto álbum, 'Chromatica', foi o que os fãs imploraram por anos: apresentava um conceito ('Chromatica', como ela disse, era um novo mundo inventado por ela), hits à vontade, raramente um momento lento, e uma aparição assustadoramente camp de Elton John, para que não nos esqueçamos o quanto ela é alguém importante hoje em dia.

Se o 'Chromatica' foi uma pequena espiadela nas maneiras na qual Lady Gaga ainda podia inovar dentro do pop, então, a muito adiada (graças ao Covid) e muito antecipada 'Chromatica Ball' – que fez a sua segunda parada na Suécia – também seria uma nova interpretação da persona dos palcos de Gaga de suas turnês pop anteriores.

Ela sempre foi uma feroz estrela do rock, onde suas idiocrasias no palco à fazem uma das melhores performers no planeta para se assistir ao vivo, e isso continua sendo um fato: quando finalmente conseguimos ver Gaga de verdade, ela, é claro, apresentou 'Bad Romance' de dentro de um tipo de sarcófago de couro, e mesmo quando ela tomou seu piano para dar belas e despojadas interpretações das músicas de 'Nasce Uma Estrela', 'Shallow' e 'Always Remember Us This Way', assim como 'The Edge Of Glory' e '1000 Doves', ela o fez vestida como um inseto muito glamoroso, com um chapéu decorativo e tudo.

Entretanto, apesar da máscara, como sempre, existem poucos vocalistas que fazem melhor quando são apenas suas vozes e as teclas; muitos simplesmente não seriam bons o suficiente para cantar da maneira que Gaga sempre foi capaz de fazer, e, essa noite, essas faixas foram responsáveis pelos seus melhores vocais, dilatando-se para preencher a arena, com sua voz rica e familiar.

Mas não foi tudo sobre os momentos íntimos, marca registrada de Gaga, onde ela transforma salas de milhares em barzinhos com 50 pessoas (enquanto tocava as notas de abertura de 'Born This Way', ela falou em seu microfone: 'Apenas um lembrete, isso é um baile, e todos são bem-vindos aqui'): a 'Chromatica Ball' foi uma produção multimídia completa, com filmes, instrumentos ao vivo, pirotecnia e dançarinos.

O show seguiu uma narrativa solta, com a setlist dividida em Atos, que pareciam nos levar da criação do planeta de 'Chromatica' por Gaga, até seu surgimento como uma lutadora por seus valores de autoexpressão e amor. O formato funcionou bem o suficiente, apesar da atenção do público parecer se dispersar um pouco em algumas partes.

Embora alguns Atos pudessem ser mais curtos para manter a energia, particularmente forte foi o terceiro, terminado em 'Free Woman', que teve Gaga efetivamente se movendo pela plateia, para longe do palco principal e em direção a um menor no meio da arena, onde, no topo, estava seu piano.

Através da noite, o show pareceu tanto como uma celebração de todos os lugares onde Gaga, a estrela do pop, já esteve, quanto um mostruário para o seu mais recente álbum, e alguns dos momentos mais contagiantes vieram enquanto vimos o 'Chromatica' ser trago à já estabelecida obra de Gaga.

Durante o destaque do álbum, 'Babylon', Gaga apresentou uma emocionante nova coreografia, inspirada pelo estilo influenciado por Fosse que ela adotou durante sua carreira, enquanto 'Sour Candy' foi casada com o hit de longa data 'Telephone' em um Ato prévio. Os figurinos constantemente referenciavam épocas passadas, e, particularmente legal foi a seção onde Gaga estava vestida em um autoritário couro e vinil, lembrando de seu videoclipe para 'Alejandro', em 2009.

Realmente, não havia elemento algum na produção que parecia acidental, por causa da própria Gaga, ficou claro que estar de volta em turnê é algo profundamente significativo: ela sofre de fibromialgia e teve que cancelar datas na Europa por causa de sua doença no passado (fazendo seu retorno durante essa última semana, começando por Düsseldorf em 17 de julho, ainda mais especial).

A 'Chromatica Ball', portanto, parece ter nascido como uma nova maneira para que ela se apresentasse ao vivo (de 2018 a Maio desse ano, ela apresentou um pouco mais de 50 datas numa residência em Las Vegas; nessa turnê, há menos datas do que nunca, e ela apresenta seções filmadas durante toda sua duração, que provêm descansos estendidos durantes seções). Durante '1000 Doves', uma nova adição à já muito compartilhada setlist da 'Chromatica Ball' dessa noite, ela disse emocionada para a plateia, 'Para todos que acreditaram em mim e que eu poderia ser saudável de novo, obrigada'.

Vê-la de volta foi maravilhoso, particularmente porque parece que de todas as suas personas, Gaga parece ter mais propósito nos palcos, em combustão como uma estrela no céu na frente do público ao vivo. Talvez, essa seja a mais verdadeira e real Gaga entre todas as outras.

Durante o seu primeiro encore (o segundo a mostrou usando garras metálicas, apresentando 'Hold My Hand', single da trilha sonora de 'Top Gun: Maverick', naturalmente), ela tocou 'Stupid Love', dançando a coreografia com a vivacidade que sempre a caracterizou em seus shows ao vivo. Enquanto ela é capaz de conquistar tanto e ocupar tantos espaços, da atuação até a cantoria de jazz, essa música revela algo de seus próprios desejos: 'Tudo que eu sempre quis era amor (All I ever wanted was love)', cantou ela essa noite, envolvendo seus braços em volta de si.

É no palco, em turnê com um novo show, em que Lady Gaga consegue finalmente receber esse amor. O público se preparando para vê-la no Reino Unido na próxima semana deve se preparar para um show e tanto.

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Fonte

Tradução por DavidLuis198