O portal da revista Billboard publicou na tarde de hoje uma matéria na qual analisa a evolução de Lady Gaga, através das capas de seus álbuns.
Confira:
Pop arte: Traçando a evolução de Lady Gaga através das capas de seus álbuns
Desde que Lady Gaga caiu na terra oficialmente em 2008, ela tem passado por muitas metamorfoses ao longo dos oito anos de carreira. A artista nascida Stefani Germanotta tem mudado seu look e seu tipo de som tão regularmente (e com tanta extremidade) que pode ser difícil lembrar de onde veio sua evolução, e mais difícil que isso é prever quem ela será depois. Por sorte temos suas capas de álbum - 5 LPs de estúdio, contando Joanne que vem por aí, assim como um punhado de EPs notáveis e álbuns de remix - para oferecer fotos instantâneas (literais ou não) de onde ela está durante os vários estágios de sua vida pop. Dê uma olhada na arte dos álbuns de Gaga ao longo dos anos para ter um manual visual da sua jornada até o Joanne.
The Fame (2008)
O primeiro álbum de Gaga demonstra o que nós sabíamos sobre ela durante sua marcha de abertura através da cultura pop: não muito. Sua identidade, personalidade, mesmo seu rosto estava obscuro, misterioso. A única coisa que podíamos dizer sobre ela era que ela parecia legal - legal o suficiente para aparecer do nada com um som e uma persona já "maior que a vida" e instantaneamente pareceu a melhor coisa no pop dos anos 2000. Uma capa de álbum que tem óculos escuros, fumaça e o magnetismo indescritível de sua liderança irreconhecível coloca bem essa ideia do fato de que ainda não a conhecemos.
The Fame Monster (2009)
Tecnicamente apenas um "quebra-galho" entre CD’s completos, o EP The Fame Monster todavia, construiu o estrelato de Gaga, e o fez dobrando seus instintos artísticos que só foram realmente provocados no seu primeiro LP. Assim, outra pose com seu rosto parcialmente escondido - dessa vez a parte debaixo do rosto - mas muito mais completo e mais angular em sua fotografia visual de Hedi Slimane do que da diva das festas enquadrada no seu primeiro álbum. Ainda é muito lustroso, mas há um perigo nos olhos de Gaga dessa vez, e o sentimento de grande profundidade na sua austeridade: Uma estrela, mas uma com muito coisa a dizer.
The Remix (2010)
O verdadeiro debut de alto conceito de Gaga na sua capa de álbum é o que ela posa nua somente com recortes de manchetes a cobrindo, como se ela fosse a Dixie Chick reiniciada. (Essa é a capa original do Japão; a versão dos EUA foi lançada alguns meses depois junto com uma imagem que não chama tanta atenção de uma Gaga com cabelo rosa com seu rosto parcialmente coberto em renda). Foi especialmente adequado para esse notável período exibicionista da carreira de Gaga - The Remix debutou no Japão em Março de 2010, o mesmo mês que seu divertido vídeo com referências de Tarantino (e similarmente com nudez junto) e uma colaboração com Beyoncé "Telephone" foi lançado para o mundo inteiro aplaudir.
Born This Way (2011)
Uma imagem um pouco confusa destacando a cabeça de Gaga anexada em preto e branco ao corpo de uma moto, a capa de Born This Way era, todavia, apropriada nessa reflexão de o que poderia se referir ao período de Gaga como "Bolo de Carne": onde nenhum conceito era muito chamativo, nenhum pronunciamento era muito dramático e nenhuma música era grande demais. (É uma capa adequada para um álbum como uma música chamada "Highway Unicorn (Road to Love)" em sua trilha sonora, sem dúvida). O álbum foi melhor recebido que sua capa, pelo menos inicialmente, já que vendeu mais de um milhão de cópias na sua primeira semana, mas as ambições artísticas grandes demais de Gaga estavam começando a incomodar um pouco o público e em 2012, o LP liderou a lista dos "10 álbuns mais pretensiosos" do NME.
A Very Gaga Holiday (2011)
Uma Gaga simples e formalmente vestida apareceu na capa do seu EP Very Gaga Holiday, como se fosse para assegurar os fãs de que eles não teriam que ser cautelosos do produto dentro ser muito excêntrico. Realmente não era: as quatro músicas no Holiday, retiradas do seu especial ao vivo de Thanksgiving da ABC, destacaram arranjos de dois hits do Born This Way e dois de clássicos para o feriado. Eram arranjos despojados e similares ao jazz. Parecia que Gaga estava preparada para dar um tempo de uma imagem carregada de simbolismo nas suas capas de álbum, mas ela iria provar em breve que não estava completamente pronta para quebrar o hábito.
ARTPOP (2013)
Possivelmente a capa de álbum mais famosa da sua carreira ainda relativamente curta, a imagem de ARTPOP feita por Jeff Koons que mostra a escultura de uma Gaga nua aparecendo para dar à luz para o mundo na forma de um grande globo azul, com outras obras famosas cortadas em pedaços pequenos em seu plano de fundo. O álbum dentro pode não ter sido tão bom quanto a capa - aliás, singles como "Applause" e "Do What You Want" podem ter sofrido na rádio pela ideia de serem mais difíceis do que elas realmente eram - mas certamente, a recepção fria que o ainda conceitual ARTPOP recebeu foi dizer que talvez o público não estava disposto a ir tão profundamente no lado da arte de Gaga como ela esperava.
Cheek to Cheek (2014)
O álbum colaborativo com Tony Bennett, Cheek to Cheek, veio acompanhado de uma uma capa que buscava atrair fãs um pouco mais velhos do que aqueles que Gaga tinha em seus três primeiros álbuns. Com o seu cabelo massivo preto e cacheado, Stefani parecia como se pudesse abrir um show de Cher nos anos 70, e com a foto dela e de Bennett dançando lentamente e colocados na primeira página estilo retrô em uma coluna de jornal, a imagem parecia melancólica para uma era digital de música popular. O truque funcionou: apesar de ter sido ignorado pela rádio pop, Cheek to Cheek debutou no topo do chart Billboard 200 Albums, e ganhou certificado de ouro.
Joanne (2016)
Para o álbum "de volta ao básico" de retorno de Gaga, ela compreensivelmente deixou para trás a iminente armadilha de Artpop e a imagem reminiscente rock-ópera de Born This Way a favor de uma espetacular e atentamente composta fotografia de perfil - possivelmente uma de topless, mas destacando os longos cabelos loiros de Stefani, o fazendo indiscutivelmente de bom gosto. Se a música dentro irá combinar ainda não se sabe, mas baseado nas transmissões do set de músicas, certamente parece que Joanne será um sincero álbum pessoal como a capa transparece - e esperançosamente tão impressionante quanto.
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Tradução por Vanessa Braz de Queiroz
Revisão por Pedro Lira