Em entrevista à Rolling Stone, após o show em Nashville, na Dive Bar Tour, a cantora falou sobre a parceria com a Bud Light e Super Bowl.
Novamente, Gaga reafirmou que Joanne é um álbum pessoal:
"Essas são histórias sobre a minha família. Meus relacionamentos com homens, meus fracassos", contou Gaga.
Ela fez um segundo show, em Nashville, para os fãs que estavam na porta do bar 5 Spot, com as mesmas canções do que foi transmitido online, com exceção de Joanne:
"Há mais de 600 crianças lá fora, então o que você faz? Achei que o número só aumentaria ao passar da noite", diz Gaga. "Meus amigos estavam lá fora tentando escolher pessoas através da multidão que parecessem ser super fãs de fato, então os verdadeiros fãs iriam ter a segunda experiência", completou.
"O primeiro show [esta noite], havia crianças que vieram imediatamente do sorteio da Bud Light e puderam entrar. E então, havia mais crianças lá fora. [Minha equipe] disse: 'Você quer ir para casa?'... Eu respondi: 'Nós devemos pelo menos tentar fazer mais um show'".
Na entrevista, Lady Gaga respondeu diversas perguntas sobre Joanne, a mini-turnê Dive Bar, família, fãs, e Super Bowl.
Leia na íntegra:
Como foi essa experiência Dive Bar comparada às de antigamente?
"Eu definitivamente tenho uma relação mais profunda com os meus fãs agora do que naquela época, porque eu os conheço há anos. Mesmo que eu não conheça todos eles, pessoalmente, eu podia sentir que temos crescido juntos, sabe? Mesmo que nós tenhamos vivenciado alguns shows mais selvagens naquela época, os fãs agora são selvagens em espírito. É realmente bonito de ver. O primeiro show [esta noite], havia crianças que vieram imediatamente do sorteio da Bud Light e puderam entrar. E então havia mais crianças lá fora. [Minha equipe] disse: 'Você quer ir para casa?'... Eu respondi: 'Nós devemos pelo menos tentar fazer mais um show".
O público tem visto Joanne como uma vibe americana. É assim que você o resume?
"Eu não diria necessariamente que é americana. Há outras influências no álbum que são britânicas, e há muita influência internacional sobre outras músicas, que vocês ainda não escutaram. Mas há um elemento americano - um orgulho. Em que nós amamos sobre América. Coisas que duraram muito tempo. Clássicos da América".
Em termos de música?
"Em termos de música e também de história. Estas são histórias sobre a minha família, minha irmã, meu pai e a irmã dele. A família da minha mãe. Meus relacionamentos com homens, meus fracassos".
A relação de vulnerabilidade que você expõe em Million Reasons é particularmente impressionante. Você teve algum receio quanto a ser tão aberta?
"Não, porque eu sempre sou o que componho em minhas canções, então estou pronta para fazer isso. Isso é o que parece ser certo".
Essa música foi escrita com a compositora de Nashville, Hillary Lindsey, você entrou no palco com ela esta noite. Quão ciente você estava de seu trabalho antes de vocês duas colaborarem?
"Eu estava muito ciente. Eu estava tipo, 'Chamem-na. Diga-lhe que quero falar com ela'. Eu sou provavelmente uma das suas maiores fãs como compositora. Eu a acho incrível. São tantas vezes em sua vida que você ouve uma música que realmente muda as coisas pra você. Quando eu ouvi 'Jesus, Take the Wheel', eu pensei: 'Ok, algumas pessoas olham para isso como uma canção escrita por uma American Idol, Carrie Underwood, que é maravilhosa'. Porém, quando você é um compositor ouvindo uma música, você ouve outra coisa. Eu ouvi essa música e, UAU'".
Observando os fãs hoje à noite, houve uma inegável sensação de inclusão. É assim que hoje pode ser definido?
"Eu não sei se isso está mudando por causa do Joanne, porém minha intenção é unir as pessoas que não se conhecem e que talvez se sintam estranhas, mas de alguma forma podem ser unidas pela música. Isso é o que eu queria fazer. Porque isso é puro e autêntico para a história da minha família e é o que eu defendo. Foi assim que cheguei nessa conclusão".
É a família o tema fundamental deste álbum, então?
"Sim. Na verdade eu iria dizer isso. Porque mesmo se o álbum se tratasse sobre um namorado ou um grupo de amigos, todos eles são minha família. Eu não mantenho pessoas ao meu redor que não são da família. Não dá pra ficar. A menos que você esteja comendo na mesa conosco, você não faz parte da nossa família. Nós comemos juntos, choramos juntos, vivemos juntos, morreremos juntos. Tudo o que fazemos é para o outro, e nos preocupamos com o outro. Mesmo que tudo esteja bom e o dinheiro fluindo, e se estiver ruim ou não, ou mesmo que todos estejam saudáveis ou não, ou se seu melhor amigo tiver câncer. Tanto faz, o que importa é que você estará lá por perto um pelo outro. No álbum, eu passei por todos aqueles momentos da minha vida. E é isso que é o mais maravilhoso para mim, ouvir tudo isso de volta. Eu pensei, 'Quer saber, eu fiz certo por essa pessoa, como uma artista'. Porque a partir disso irão olhar pra mim como uma amiga e vão pensar, 'Uau, minha amiga me ama de verdade'".
Por causa das letras que você escreveu para eles?
"Sim. Porque quando eu fui para o meu quarto pra fechar os olhos e pensar sobre o que escrever ao mundo, eu não pensava em mim mesma. Eu estava pensando neles".
Então, é um ato altruísta?
"Eu não sei se sou altruísta - Eu ainda quero fazer um grande disco, quero fazer um disco de sucesso, e fazer uma turnê; isso definitivamente não é altruísta. Mas a verdade é que eu não estou interessada que as pessoas venham ao meu show por mim, não importa o quanto eu sou para elas, quero que venham ao meu show por elas mesmas. Eu sempre fui assim. Isso é o que eu senti esta noite. Essas crianças, algumas delas pareciam simplesmente tão felizes de uma forma que é difícil de explicar numa entrevista. No momento, é tipo, 'Uau, isso é o que eu fiz'. Mesmo que seja apenas para uma pessoa, é muito poderoso".
Você é a atração principal do show no intervalo do Super Bowl deste ano. Você tem muitas ideias?
"Sim. Mas fiz um anúncio público que irei publicar novamente: Eu não vou permitir que ninguém saiba de absolutamente nada sobre o Super Bowl até que aconteça. Você pode me perguntar, mas eu jamais irei responder".
Mas deve haver algo grande nos planos...
"Talvez eu tenha algo pequeno planejado. Talvez eu apenas farei uma banca de limonada. Que embora as pessoas realmente fiquem chateadas - eu não vou fazer isso, não se preocupem".
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Tradução por Genilson Junior e Raul Kul
Revisão por Milena Rodrigues