A Billboard publicou, nesta quinta-feira (30), um artigo detalhado sobre o grande sucesso alcançado por Million Reasons, single do álbum Joanne, e como a música pode influenciar na volta de uma "era dos vocais" na indústria fonográfica.
Confira a tradução do artigo completo:
"Lady Gaga está dando às rádios novas razões para ficarem com sua música.
Na última atualização do chart de Radio Songs, sua balada Million Reasons sobe de #24 para #20, com aumento de 1% para 47 milhões em todos os formatos de audiência na semana que termina no dia 26 de Março, de acordo com Nielsen Music. A música marca sua primeira investida no top 20 dos charts desde que Do What U Want (feat. R. Kelly) alcançou a 12ª posição no início de 2014. ("Reasons" é o segundo single do álbum número 1 de Gaga na Billboard 200, Joanne; Perfect Illusion passou uma semana no Radio Songs na 49ª posição em Outubro).
Nos charts de Adult Pop Songs (que contribui com o Radio Songs), "Reasons" subiu de #11 para #8 sendo Greatest Gainer no chart (aumentou mais de 13%) pela terceira semana consecutiva. É o seu primeiro top 10 desde que Applause alcançou a 8ª posição em 2013.
"Reasons" ganhou vida quando Gaga a performou durante o show de intervalo do Super Bowl no dia 5 de fevereiro, e os programadores de pop mencionaram que aquele holofote foi uma virada de jogo para a música, enquanto também a elogiavam por seus próprios méritos.
"Eu sinto que a sua performance no show de intervalo deu à América uma razão para acreditar na Gaga de novo", diz Melony Torres, diretor musical da WPLJ de Nova York. "Muitos de nós, ouvintes, assistimos ao show apenas para vê-la e nos lembramos da verdadeira e talentosa artista que ela é."
"A performance do Super Bowl absolutamente ajudou a música estourar", concorda o diretor adjunto de programa, da KLLC de San Francisco. "Nós estávamos em uma conjuntura crítica com a música, nos perguntando se iria 'colar' ou não. A exposição na cultura pop e as vendas imediatas fizeram a música rodar automaticamente."
“Reasons” alcançou um recorde de maior reentrada na Billboard Hot 100 em 25 de fevereiro, indo para o #4. Na mesma semana, fez uma virada no estilo New England Patriots na parada de vendas digitais de canções, reentrando no chart em #1 com 149 mil cópias vendidas, um aumento de 1.334% nas vendas em relaagora, semana anterior (marcando o primeiro #1 de Gaga neste ranking desde Born This Way em 2011). “Reasons” vendeu 828.000 cópias digitais até agora, das quais 56% (461.000) aconteceram a partir da semana do dia 9 de Fevereiro (período próximo ao Super Bowl).
Enquanto isso Rob Lucas, da rádio WTSS Buffalo, New York, vê “Reasons” como parte de um cenário musical maior, devido aos vocais fortes da canção, pontuados pelas notas altas de Gaga no verso “I bow down to pray”.
“Acho que estamos entrando em uma nova era de grandes vocais e baladas tradicionais,” ele diz. “Veja Adele e um monte de trovadores com violões como Ed Sheeran. Estou lendo um livro sobre Frank Sinatra e como ele, Dean Martin e outros do gênero zombavam de bandas que tocavam guitarra enquanto os Beatles e os Rolling Stones iniciavam uma nova era. Acho que agora, demos uma volta completa e estamos retornando à era dos vocalistas.”
“Conforme eu olho para a lista de quem está tocando atualmente,” Lucas continua, “vejo apenas seis artistas que usam guitarra como parte sólida de suas músicas. É uma porcentagem pequena.”
Lucas também nota que “Reasons” tem se encaixado muito bem na rádio pop adulta graças, em parte, à audiência predominantemente feminina do formato: “baladas são guiadas por mulheres, não homens, então isso não deveria ser surpresa.”
Ultimamente, “Reasons” tem lembrado a rádio e os fãs sobre os talentos de Gaga, além de suas marcas registradas, as roupas peculiares e personas. Afinal de contas, seu currículo musical não inclui apenas pop e dance, mas também jazz (seu álbum de duetos com Tony Bennett, Cheek to Cheek) e rock (sua apresentação recente com Metallica no Grammy Awards).
“É uma bela de uma declaração” diz Jayn, da KLLC, sobre “Reasons”, “que essa balada tradicional vem de nossa artista indiscutivelmente menos tradicional.”
Tradução por Vanessa Braz de Queiroz e Pedro Marinho
Revisão por Kathy Vanessa