O site Entertainment Weekly, aproveitando o clima de festividade em relação ao aniversário de 10 anos do primeiro álbum de Lady Gaga, "The Fame", fez uma matéria classificando todos os singles da cantora lançados nos Estados Unidos.

Na lista, são incluídos singles desde "The Fame" até "Joanne", "Cheek to Cheek", o avulso "The Cure" e até faz uma menção a "Til It Happens to You".

Confira a lista abaixo com a classificação do site e, também, o que falam sobre as músicas:

Menção especial: “Til It Happens to You” (2015)

O sentimento por trás de "Til It Happens To You", balada candidata ao Oscar de Gaga com a lendária Diane Warren, marca talvez a oferta mais emocionalmente crua em sua discografia de 10 anos. É tão pessoal que não parece certo colocar essa música contra as outras de Gaga. Gravada para o documentário de 2015 “The Hunting Ground”, que narrava a ascensão da cultura de estupro nos campus universitários, a faixa extrai da experiência da vida real de Gaga com a agressão sexual, uma vez que destaca a luta para suportar o trauma do abuso.

21. “I Can’t Give You Anything but Love” [com Tony Bennett] (2014)

Elas não são ruins, mas você ...

20. “Anything Goes” [com Tony Bennett] (2014)

…não pode…

19. “The Lady Is a Tramp” [with Tony Bennett] (2011)

…dançar essas músicas jazz!

18. “The Cure” (2017)

"The Cure" - uma faixa isolada e única, que a Mother Monster estreou durante seu set no Coachella de 2017 - parece mais uma reflexão tardia desconectada do grupo que ela lançou no passado. É alegre, leve, liricamente doce e preenche todos os requisitos de um pop de rádio. Ele simplesmente não tem o mesmo estilo antagônico pelo qual Gaga é conhecida. Produzida pela dupla “anônima” Detroit City (um duo que é mais especulado pelos fãs como DJ White Shadow e Mark Nilan), “The Cure” vai cair como um agradável contra-ataque ao espírito norte-americano tingido de ‘Joanne’.

17. “LoveGame” (2009)

Os fãs desde o início da era "The Fame" sabiam o que era um “disco stick” antes que as letras sexualmente aventureiras de “LoveGame” apresentassem o termo icônico para as massas através de sua deliciosa formação pré-refrão. É uma música prazerosa, cativante e facilmente dançável que continuou o encantamento do público em geral com os refrãos espertos de Gaga, após "Just Dance" e "Poker Face". Mas a música não envelheceu tão bem quanto os singles anteriores. Não é uma música ruim, mas do punhado de singles do The Fame, “LoveGame” é provavelmente a menos importante.

16. “Yoü and I” (2011)

Não seria um álbum da Gaga sem uma balada de piano que parasse o show. Embora muitas vezes sejam saídas sonoras do resto das músicas nos LPs construídos em torno delas, ainda servem como elogios temáticos a seus irmãos de álbuns. “Yoü and I” combinou com a bravura rock de ‘Born This Way’, sem os sinos eletrônicos e assobios de “Judas” ou “Marry the Night”. Mas aí está o problema: como está, a música é um hino alegre e bem “bebidas ao alto”, que soa melhor nos alto-falantes do dive bar, mas a produção na versão de rádio sempre pareceu um tanto grandiosa demais para a base emocional da música. É uma música ridiculamente divertida, mas uma vez que você ouve no estilo de nada além de Gaga e seu piano, você não vai querer de outra maneira. (Mas nós aceitaremos a sereia Yüyi de qualquer maneira, muito obrigado).

15. “Million Reasons” (2016)

No segundo lançamento oficial de ‘Joanne’, Gaga estava preparada para nos levar adentro de uma jornada pessoal. "Million Reasons" é possivelmente a música mais emocionalmente vulnerável em que já vimos a cantora. Liricamente, é uma mistura despojada que tem tanto Gaga confiando no poder de Deus quanto fazendo a vontade de seu despedaçado coração humano. É um corte pesado, e por essa razão é provavelmente difícil para a maioria dos fãs ficarem tão empolgados quanto eles ficariam com ritmos mais acelerados como os de “Poker Face” e “Telephone”. Mas você não pode negar seus encantos e sua vitalidade geral para a carreira de Gaga, como a música ajudou a reposicioná-la nas boas graças do público em geral com seu apelo internacional (ajudada em grande parte por sua inclusão no show do intervalo do Super Bowl), o que fez dela seu primeiro sucesso entre o top-cinco nos EUA desde "Applause", de 2013.

14. “Judas” (2011)

Um prelúdio para a insanidade que a era ARTPOP traria, “Judas” e seu grave com efeito electro-house infundido, neutralizaram os sons glaciais e cristalinos da liderança homônima de Born This Way. Suas letras são um pouco ásperas em torno das bordas (camisinhas de ouvido, alguém?), mas este banger religiosamente inspirado sobre amar um traidor é tão alegremente maluco e operístico como Gaga fica. Cara, esse solo divisor de tímpanos poderia ocupar um lugar nessa lista sozinho.

13. “G.U.Y.” (2014)

Por ser o single nº 3 de ARTPOP, era aparente que Gaga pretendia colocar esse capítulo um pouco mais cedo do que o previsto. No entanto, la encerrou a era com uma assinatura estrondosa, montando o vídeo musical mais ambicioso de sua carreira, que foi filmado quase inteiramente no terreno luxuoso do Hearst Castle. Coloque em um monte de referências Minecraft, um revival da estética "mitologia grega chique", e as ressurreições de Michael Jackson, Gandhi e Jesus, e você tem uma trama de vingança deliciosamente maluca que serve como um exemplo definitivo da perspectiva única que fez Gaga um nome familiar. “G.U.Y.”, a mistura de felicidade da “eletronic dance music” (EDM) de Zedd, letras feministas sobre papéis de gênero e visuais mal-humorados nos deu, talvez, o único vislumbre tangível da opulenta fantasia de ficção científica que Gaga queria que ARTPOP fosse.

12. “Do What U Want” [feat. Christina Aguilera] (2013)

Em grande parte definida por acusações infundadas de desastre comercial, a era ARTPOP é um dos períodos mais interessantes da vida profissional de Gaga. O single "Applause" foi registrado como um de seus maiores sucessos de rádio até o momento, mas o single "Do What Ü Want" nunca alcançou o mesmo patamar das paradas - e certamente não conseguiu sua boa reputação, apesar de ser um dos lances mais amigáveis ao rádio no repertório de Gaga. Ainda assim, a música foi disco de platina nos EUA e continua entre os melhores destaques da coleção de Gaga, pulsando com riffs eletrônicos vibrantes, um conjunto épico de versos divertidos e um refrão crescente.

11. "Telephone [feat. Beyoncé]" (2010)

Não tinha parceria melhor pra Gaga no seu auge do que a realeza da música, Beyoncé. Então elas logicamente se juntaram duas vezes para fazer um pop brilhante que assustou o fantasma de Alexander Graham Bell no seu máximo. A primeira, "Video Phone", falhou em alcançar o top 40 em 2009, mas preparou o território para a explosão de "Telephone" no ano seguinte. Feita originalmente para Britney Spears, "Telephone" é uma música eletrônica simples que nunca ganharia o Grammy por letras geniais, mas a química entre Gaga e Beyoncé trouxeram à musica infundida com uma energia selvagem, instantaneamente fizeram ela memorável (e duradoura), feita no início do reinado de Lady Gaga sobre a música pop.

10. "Paparazzi" (2009)

Sim, você conhece a performance icônica no VMA que catapultou Gaga ao estrelato (e sangue nos seus olhos). Mas quando olhamos para toda a criatividade no passado de Gaga, "Paparazzi" é constantemente ofuscada por seus outros lançamentos. Ainda assim, a música mid-tempo continua como uma das melhores composições de Gaga, delicadamente encapsulando a identidade do The Fame, como criadora ela liga seu desejo obsessivo de ter os flashes das câmeras sobre si com os stalkers citados no nome da música. Essa foi provavelmente a primeira vez que os ouvintes viram Gaga como uma escritora experiente ao invés de uma pop star fabricada pela gravadora.

9. "Just Dance" (2008)

Enquanto estacava a inauguração de Gaga nos charts mainstream, "Just Dance" quase não foi um hit, como os produtores Akon e RedOne disseram ao EW, eles tiveram que lutar para que a sua produção four-on-the-floor única (na época) chegasse nas rádios. Mas achou seu caminho nas baladas gays de Nova York e São Francisco, e eventualmente chegou aos charts quase que um ano depois de seu lançamento no país, o que logo levou a adoração nacional. Depois foi declarada como a música mais comum de Gaga, mas aqueles acordes iniciais vão estar marcados pra sempre no coração de todos os Little Monsters como o progresso que nos deu nossa rainha.

8. "Applause" (2013)

É triste que o lead single do ARTPOP tenha sido lançado com uma alta quantidade de bagagem ruim, como comparações ao lead single de Katy Perry, "Roar", que foi lançada dois dias antes. "Applause" enfrentou uma batalha irrealista e desafiante desde seu lançamento. Entretanto, eventualmente, foi certificado com platina tripla, atingiu Nº4 na Billboard Hot 100, e serviu como um momento histórico para Gaga, com uma presença de rádio robusta. "Applause" nunca teve a oportunidade de sair da sombra de "Roar", mas desde então ela assumiu a posição de ser uma das favoritas dos fãs. Afinal, ela tem um refrão nostálgico que lembra aqueles que estão presentes no álbum de estreia de Gaga.

7. "Alejandro" (2010)

Como "Don’t Turn Arround" de Ace of Bases e com pegados do canto mais escuro de Madonna, a introdução com violino de "Alejandro" rapidamente nos leva a uma série de ondas eletrônicas melancólicas, enquanto Gaga dá adeus ao seus ex-amantes sobre uma uma batida forte e uma melodia esperançosa. Claramente, a música deve ao ABBA e ao pop europeu dos anos 90, mas Gaga e o produtor RedOne acharam algo novo entre a base sônica da faixa e criaram uma música que soa quente, mas lida de forma fria com a dominância tóxica dos homens.

6. "Perfect Illusion" (2016)

"Perfect Illusion" marca a primeira vez que a carreira solo de Gaga se separou radicalmente do conforto de música eletrônica e entrou em um território totalmente novo. O Fato de que ela fez aparecer um dos melhores remixes e mash-ups que qualquer outra música de Gaga (a mistura com "This Is Whats You Came For" é de arrepiar o corpo inteiro, tanto quanto o remix versão anos 80) prova que a música, bem no fundo, é uma construção dinâmica que poderia ter funcionado tão bem quanto uma música dançante. A decisão de Gaga em começar o Joanne com a música mostra o seu comprometimento com a versatilidade, estando disposta em ser ousada, lançando ela como seu single de retorno sabendo muito bem que seus fãs queriam a nova "Bad Romance". Esteja ela sendo uma estrela do rock ou brilhando sobre uma disco ball, Gaga é uma artista no coração, não importa o que ela faça. E "Perfect Illusion" é um brilhante exemplo das suas habilidades, feita com um refrão ascendente e uma pancada de mudanças de notas sobre a produção de guitarra e bateria.

5. "Born This Way" (2011)

O primeiro single de Gaga depois do The Fame Monster aterrissou no ápice de sua popularidade, com letras que servem como uma revolução social pelos seus direitos, rapidamente virou uma música de aceitação e foi a primeira música com a palavra “transgênero” a atingir o Nº’ na Billboard Hot 100. Seis anos depois de seu lançamento, Gaga de novo fez um discurso poderoso durante o show de intervalo do Super Bowl LI, cantando em nome da igualdade LGBT para mais de 100 milhões de pessoas assistindo ela usar a maior plataforma para um artista do mundo. Isso não significa que "Born This Way" é apenas válida como um pedaço vital para a sociedade; é uma musica com um bom sentimento, com um grave robusto, um refrão atômico e, para ajudar, comercialmente acessível, e ainda sim é uma perfeição ativista do pop.

4. "Poker Face" (2008)

Quando atingiu o Nº1 na Billboard Hot 100 em 2009, "Just Dance" colocou Gaga no mapa. Mas "Poker Face" começou sua ascensão à uma era de dominação do pop. Seu gancho irresistível, grave pesado, e toques frescos de eletrônica, ajudou Usher em uma nova onda de influência de pop Europeu na cena Global. Junto com "Just Dance", as músicas marcaram juntas a mais alta e irresistível estreia de mão dupla de qualquer escritora ou cantora nos últimos anos. Como Madonna e Whitney Houston fizeram anos antes dela, Gaga e seu "Poker Face" trouxeram juntos a cultura das boates gays com o hip-hop mainstream e tudo mais.

3. "Marry The Night" (2011)

Gaga sempre foi aberta sobre suas influencias, de David Bowie e Madonna a Elton John e Grace Jones, mas nunca sua música tinha refletido tão lindamente suas inspirações estilísticas como em "Marry the Night", um mix quase perfeito de pop contemporâneo com ousadia do tamanho de Springstenn. Misturando cordas do rock, com guarnições nítidas de dance-pop, a música (que deveria ter sido o lead-single do Born This Way), se constrói, até o seu nocaute conclusivo, que nos leva a sinos e vocais imponentes.

2. "The Edge Of Glory" (2011)

Nenhuma música captura a atitude e o espirito do Born This Way melhor do que "The Edge of Glory", um monstro atordoante do tamanho de um estádio, pop rock que parece contemporânea e à frente de seu tempo, com seus pés firmemente plantados em influencias de anos passados. Sem mencionar os vocais de Gaga, que parecem extravagantes, energéticos, e livres em seu elemento jazz com a lenda do Sax da banda E-Street, uma garota Springsteen até a morte. E ‘The Edge of Glory’ não parece uma imitação, já que é feito com uma transição nítida no estilo de The Boss, que só um verdadeiro fã conseguiria perceber. É um presente de energia alta que também carrega emoção genuína em sua letra sobre jogar os cuidados ao vento (que ela diz ter se inspirado na transição de seu avô da vida até a morte)

1. "Bad Romance" (2009)

Você esperava outra coisa a ser número um nessa lista? Claro, o lead single do The Fame Monster nunca atingiu Nº1 nos Estados Unidos (continua sendo uma das maiores injustiças na história da Billboard Hot 100), mas quase 10 anos após seu lançamento, virou a música clássica de Gaga, e talvez a música pop mais influente da era moderna, arrumada em uma onda pop europeu. Os refrãos e os ganchos não ficam melhores do que o enorme soco de "Bad Romance". O legado de Gaga foi cimentado na primeira vez que ela disse querer um amor que é tão ruim, mas tão bom, e o pop nunca olhou pra trás desde então.

E vocês, concordam com a lista? Qual é seu ranking para classificar os singles de Lady Gaga?

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Fonte

Tradução por Vinícius Colombo e Maria Eduarda Seabra

Revisão por Kathy Vanessa