Entre toda a movimentação desta sexta-feira (3) após o lançamento do novo álbum de Lady Gaga, "Dawn Of Chromatica", o site brasileiro G1 publicou uma matéria exclusiva com Pabllo Vittar e seus produtores, Zebu e Gorky, referente a sua participação no álbum.
A cantora, que ficou responsável pela faixa "Fun Tonight", trouxe brasilidade ao novo álbum e agradeceu aos fãs pelo apoio e por fazerem isso acontecer. Ela e seus produtores contaram detalhes sobre os bastidores do projeto, desde o convite, a construção do material, até os feedbacks de Bloodpop.
Confira os principais trechos:
Quando aconteceu o convite?
"Em abril desse ano, piscou na DM do Instagram de Pabllo uma mensagem de Michael Tucker, o BloodPop, produtor de Lady Gaga, com o convite para o álbum de remixes de 'Chromatica'".
"A bendita DM de BloodPop chegou enquanto Pabllo e o time ainda se preparavam para lançar o clipe de 'Ama Sofre Chora'".
Quais foram as ideias iniciais?
"Eram duas ideias: uma de house music e outra com base de arrocha e toque de forró, apelidada internamente de 'versão brasileira Herbert Richers'. Pabllo foi nessa, a brasileira, sem dúvida".
Qual era o intuito de Pabllo Vittar?
"Já vai ter muita eletrônica nesse álbum de remixes. Então eu queria levar o meu Brasil, levar o arrocha, as pitadas de forró".
"[Eu quis] quebrar essa bolha, mostrar que a gente é muito plural, tem muita coisa legal, muitos ritmos incrívels, como o forró, o arrocha, o calipso, o brega. Eu tenho explorado isso muito nos meus últimos trabalhos e eu tô muito feliz de esse remix ter entrado nesse álbum tão importante da Gaga".
O que Pabllo acha de "Chromatica"?
"'Chromatica' foi muito importante para mim, porque foi lançado no meio da quarentena, então foi uma válvula de escape, eu escutava muito".
Sobre a sanfona no remix...
"Zebu ficou feliz quando recebeu o contato de William e soube que ele gravou 'Ai se eu te pego', a 'sanfona mais famosa do mundo'. 'Só que tinha uma questão. Eu não posso mandar a música pro cara. Porque isso não pode vazar de maneira nenhuma'.
"A solução foi escrever uma letra em português e mandar para William como se não fosse nada. 'E era horrível a letra', diz Zebu, aos risos".
Zebu e Gorky contam sobre a alteração na música...
"'A gente mudou a estrutura. Para ter esse poder de vir, 'bum', logo na sua cara. A gente cortou o primeiro verso', explica Gorky".
"'A outra (versão) demorava para ficar legal, essa já fica no começo. A sanfona torando e a Lady Gaga gritando em cima', descreve Zebu, empolgado".
Sobre a construção do remix...
"A base eletrônica arrochada vem de outro membro da Brabo Music: Arthur Gomes, o Maffalda. As viradas vieram do remix maroto de 'Infinity', acid house de 1989 do DJ inglês Guru Josh, que virou um arrocha popular no YouTube nas mãos de Maffalda.
Sobre o retorno de Bloodpop, que "demorou cinco dias", Gorky lembra...
"A gente foi um pouco conservador na primeira versão em termos de vocal da Pabllo, porque a gente estava com medo de tirar o lugar da Gaga na música. Então a gente fez como se a Pabllo entrasse como um 'feat'".
"A gente recebeu dois feedbacks: 'o remix tá incrível, mas a gente sente falta de mais Pabllo'. E aí o 'feat' virou um dueto. Se você contar milimetricamente, Pabllo e Gaga estão cantando meio a meio a música".
Confira detalhes do material físico
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