Vários meios de mídia continuam publicando matérias sobre os 10 anos de carreira de Lady Gaga.

Desta vez, a revista NYLON publicou um artigo falando sobre o impacto de Gaga na música pop e como ela mudou o cenário quando lançou "Just Dance".

Confira a tradução completa:

"A música pop do século 21 pode ser dividida em duas partes: Antes de Gaga e depois de Gaga. O pouso forçado do single de estreia de Stefani Joanne Angelina Germanotta, "Just Dance", em 8 de abril de 2008, explodiu a paisagem pop em um brilho de glitter, spray de cabelo e, de maneira triunfante, dance music. Nada parecia o mesmo no gênero após o sucesso de Gaga. O acesso aos fãs se tornou mais direto, os artistas dirigiam conversas sobre política de identidade, os fãs se sentiam inspirados a participar abertamente, a música começou a dominar a Billboard Hot 100 e as ondas de rádio mudaram. Foi um momento sísmico, um que desarmou ondas de choque e que ainda sentimos atualmente.

De muitas maneiras, isso começou com Lady Gaga e sua revolução da música dance. Ela não foi a primeira estrela pop a introduzir elementos dance em sua música. O álbum "X", de Kylie Minogue, lançado em novembro de 2007, é um claro antecessor do som de Gaga. Ambos usam sua influência Euro House em suas mangas e brincam com insinuações sexuais, como a música de Gaga, "I want to take a ride on your disco stick", que não é exatamente sutil, mas não menos deliciosa por isso.

No entanto, Minogue e, em certa medida, Madonna, cujo álbum de 2005, "Confessions On a Dance Floor", é também importante para o gênero musical, não estavam cientes da crescente presença das mídias sociais como Gaga estava. Esta é, sem dúvida, uma divisão geracional; tanto Minogue e Madonna eram lendas vivas quando "Just Dance" saiu, já desfrutando de grandes bases de fãs estáveis. Em 2007, Britney havia estourado os dias da bomba de mascar pop de Christina Aguilera, Jessica Simpson e outros em pedaços, deixando um grande ponto de interrogação do que viria a seguir. E pelo fato de que a queda de Britney era frequentemente responsabilizada pela onipresença das câmeras e da mídia em sua vida, parecia improvável que a próxima estrela pop em ascensão abraçaria essas coisas. E então, foi exatamente o que aconteceu com Lady Gaga, uma artista que cresceu em Madonna e Minogue e teve a esperteza de construir uma marca para a era das mídias sociais. Depois que "Just Dance" saiu, a cena mudou em direção ao frenético, tweetável, "O-que-em-nome-de-Deus-aquela-pessoa-está-vestindo?".

Foi então que Katy Perry, montando na onda do hino problemático do MySpace "Your So Gay", lançou a igualmente problemática "I Kissed A Girl". Aguilera, vendo esta mudança em direção ao pop dance futurista, lançou "Keeps Getting Better" e, com ele, estreou um visual que era semelhante à franja de Lady Gaga. E, em seguida, Beyoncé, a única artista que poderia superar Gaga e vice-versa, estreou seu alter ego Sasha Fierce, que finalmente as juntou para duas músicas, "Telephone" e "Video Phone".

Eventualmente, Kesha se libertava de ser apenas a voz em destaque de "Right Round", do Flo Rida, e lançava "Tik Tok" em agosto de 2009, apenas algumas semanas após o Black Eyed Peas lançar o que se tornou a música do ano, "I Gotta Feeling", um buffet com todas as influencias de músicas dance eletrônica que estavam charteando naquela época. A bolha econômica tinha estourado, o público estava cambaleando de seus efeitos prejudiciais e desesperadamente ansiando por algo, qualquer coisa para escapar disso. A música dance bombava nas rádios, desgastando finalmente a influencia Timbaland e escalando os charts do iTunes, um resultado direto desse desejo.

Ao mesmo tempo, novas comunidades estavam sendo formadas online. As mídias sociais estimularam um novo tipo de fã, o Stan, e as estrelas pop estavam interagindo com eles, dando-lhes conteúdo e atualizações diárias inéditas que eram desconhecidas no início dos anos 2000, quando a música pop era algo para se desfrutar sozinho, em seu carro, no rádio. Em 2008 vimos a música pop ir para o móvel, se proliferar em movimentos online. Através de toda a confusão acontecendo no mundo adulto veio um meio de fuga e conexão para a juventude. As vibes que antes ficavam isoladas em clubes de idade restrita, tornaram-se disponíveis para as massas e o dancing se tornou algo unificador, como aconteceu em outras épocas de períodos econômicos baixos, como o disco-heavy nos anos 70 e o eletrônico nos anos 90. Gaga não fez isso por si mesma, mas ela deu o OK para milhares de jovens. Então nós, como um todo, fizemos. E temos dançado desde então."

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Fonte

Revisão por Kathy Vanessa