Após realizar o segundo show da sua mais recente turnê, a Joanne World Tour, Lady Gaga recebeu mais críticas pela mídia de Edmonton, do Canadá.

Diferente das demais resenhas, o site publicou uma matéria dissertativa, afirmando que ela pode dançar, cantar, escrever músicas pop interessantes, mas também levanta pontos não tão positivos, segundo a jornalista.

Traduzimos a matéria completa, confira na íntegra:

"Gaga toma o controle em Edmonton

Apenas por uma vez seria ótimo ver uma dessas pop divas superestrelas deixarem pra lá seus cabelos ridículos, se soltarem um pouco e serem mais reais – mas não, Lady Gaga, uma das melhores de todas, tinha que reforçar o estereótipo de pop diva e parecer uma controladora na noite de quinta-feira, no Rogers Place.

É uma pena. Ela realmente pode cantar. Na verdade ela canta e muito. Ela foi chamada – por mim – de “Madonna se a Madonna pudesse cantar”. Ela pode dançar. Ela escreve música pop interessante, instruída e grudenta que falam sobre coisas importantes, como igualdade para LGBTQs, e também sobre sexo. Sexo é bom mesmo quando há um romance ruim, e às vezes é divertido ao ponto de você cuspir a cerveja quando ela canta um verso como “Eu quero dar uma volta no seu disco stick”. Em uma canção disco.

Lady Gaga tem tido tantas músicas inovadoras por um longo período de tempo que é o suficiente para que ela não se preocupe mais com desaparecer. Então por que ela tem que tentar tão forçadamente? Gaga admitiu suas inseguranças para as 14 mil felizes e coloridas pessoas na plateia – uma coisa corajosa para se fazer. Mas tudo no show parecia tão planejado, roteirizado, atuado e escorrendo falsa sinceridade, como um excessivamente romantizado e melodramático Cirque du Broadway, no estilo de show de Vegas – e muito divertido se você gostar desse tipo de coisa. É rock ‘n’ roll ou teatro musical?

Nada foi deixado ao acaso: cada fala dramática de Gaga, cada música que ela cantou, cada movimento que ela fez, cada vez que um dançarino a “atacava”, cada suporte excessivamente elaborado que ela empregava, cada troca de roupa coberta por um interlúdio musical interminável que levava o show a paradas bruscas em intervalos regulares. Toda sua ambição espetacular de música e dança era previsível quase ao ponto de tédio.

Quase. Deixe isso claro. Havia flashes de genialidade por trás do chapéu de cowboy que Gaga vestiu para o número de abertura, Diamond Heart, de seu novo álbum Joanne, a partir do qual a turnê foi nomeada (por conta de uma tia que morreu cedo demais). A segunda música foi uma batida agitada estilo rock: chamada A-YO (também de Joanne), exibe a força de sua banda, que toca majoritariamente das sombras, as habilidades de sua equipe de dançarinos e, claro, as habilidades vocais da própria Gaga. Ela também exibiu seus dons na balada The Edge of Glory, do palco em “C”, acompanhando a si mesma em um piano de acrílico iluminado por lasers. Às vezes a teatralidade distraía da música. Atenção dada a seu hino Born this Way em seu completo groove dance pulsante – e houve muita alegria.

Gaga havia perguntado antes se havia alguém da comunidade LGBTQ, e pelo barulho da resposta, havia. “Estou muito feliz por vocês estarem todos aqui esta noite”, ela disse. “Se não fosse por vocês eu não teria um penico para mijar ou um centavo no meu nome”.

Não era verdade, mas que seja.

Para um show desses, você precisa considerar a genialidade na coreografia, também, em um ponto onde um grupo de dançarinos agarrados à cantora criam a ilusão de que ela está carregando um vestido gigante feito de corpos humanos. O fato de eles dançarem em roupas chocantes, em plataformas perigosamente inclinadas e passarelas pesadas a noite toda, fazia seu trabalho mais impressionante. Também havia um número gótico com movimentos não tradicionais, um número latino que contava com uma roda de rebolado – Gaga neste momento com uma roupa reveladora que mostrava seu bumbum. Agora isso é entretenimento.

Como Lady Gaga foi nascida e criada em Nova Iorque, faz sentido que ela tenha aspirações para Broadway, em longo prazo. Ela ainda não está pronta. Pense nessas apresentações pop em turnê como trabalhos em andamento".

Para assistir as performances do show, clique aqui.

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Tradução por Pedo Marinho

Revisão por Kathy Vanessa