Na noite passada, Lady Gaga se apresentou com a Joanne World Tour em Cleveland e, poucas horas depois, o jornal "Cleveland.com" publicou uma review do concerto, elogiando Gaga por cada momento do show.

Leia a tradução completa:

Lady Gaga empolga a arena Quicken Loans lotada

Lady Gaga é parte Madonna, parte Billie Holiday, parte Barbra Streisand, parte Bette Midler, parte Maria Callas, parte Mitzi Gaynor, parte Judy Garland, parte Gypsy Rose Lee e 1,2 bilhão dela é de pura entertainer.

Crianças, não importa se vocês não reconhecem todos esses nomes; tudo que você precisa saber é que estou usando uma ladainha de lendas em uma tentativa fútil de definir e descrever a ‘‘lady’’ que lotou a Arena Quicken Loans na noite de quarta.

Por mais de duas horas, Gaga manteve a multidão entusiasmada se movimentando e dançando suas músicas pop animadas até que sentimos que deveríamos estar pingando suor de simpatia por ela e a tropa imparável que a complementa.

Uma coisa deveria estar clara: alguns shows anteriores a esse eram pesadamente focados nas coreografias - Madonna e Justin Bieber são um deles - era questionável se as bases das músicas eram realmente bases ou se eram músicas completamente gravadas pelos vocalistas. Em ambos os casos, boca e microfone estavam raramente no mesmo ‘‘código postal’’, apesar dos vocais virem altos e claros.

Os vocais vieram altos e ainda mais claros com Gaga, onde o microfone nunca deixava sua boca - mesmo se um dançarino tinha que segurá-lo enquanto ela estava com as duas mãos no keytar. Um sopro da respiração aparecia de vez em quando, conversas frequentes e improvisos eram provas suficientes que Gaga estava cantando cada nota.

Não me entenda mal. Havia bases gravadas para harmonia e efeito, mas os vocais de Gaga eram reais e impressionantes.

A noite foi dividida em diferentes segmentos através de ‘‘interludes’’ em um palco principal dinâmico que eram diversos palcos dentro de um palco, assim como os vários palcos da carreira de Gaga, além de um trio de palcos satélites, todos conectados por pontes suspensas que se abaixavam para permitir o acesso aos mesmos.

Músicas como ‘‘A-Yo’’, ‘‘ScheiBe’’, ‘‘Just Dance’’, ‘‘Poker Face’’, ‘‘Bloody Mary’’, ‘‘Perfect Illusion’’ e outras mostraram suas habilidades como compositora quase tanto quanto seu dom como cantora, e claro, ela tem passos de dança que faria ciúmes em Gene Kelly - sem mencionar as pernas que são melhores.

A maioria dos seus devotados fãs se divertiram em músicas como: ‘‘John Wayne’’, ‘‘Born This Way’’, ‘‘Paparazzi’’, ‘‘The Cure’’ e, ‘‘Alejandro’’ teve um sabor latino muito bom (com apenas um fantasma da música ‘‘Fernando’’ de Abba, mas isso se deve porque os dois nomes soam de forma parecida).

Mas foi ‘‘Come to Mama’’ e especialmente ‘‘The Edge of Glory’’ que realmente colocaram seu piano e suas habilidades vocais em total exibição. ‘‘Edge’’ em particular mostrou o grande alcance da sua voz poderosa e carregada de emoção, e para ser honesta, me deixou ansioso pelo dia quando ela irá pular a teatralidade de um show no palco - mesmo bom como o dela é - e apenas sentar e cantar.

Mas ela é tão amável que é difícil ficar muito magoado. Mesmo as brincadeiras de palco dela são excepcionais.

Frequentemente, quando artistas ‘‘conversam’’ é apenas um discurso banal para promover uma conexão entre artista e fã, mas raramente eles conseguem. Não com Gaga. Introduzindo sua avó à multidão - grande parte da família da cantora, compositora e atriz estava na cidade terça para um churrasco e ficaram para o show - Gaga revelou insights que foram uma humanização impressionante de uma estrela tão grande.

E tão doce como esses momentos com a vovó de Gaga foram (foi assim que ela disse que a avó era chamada), foi também a explicação dela para a música ‘‘Joanne’’ que foi comovente. Nascida Stefani Joanne Angelina Germanotta, o nome do meio da cantora veio da irmã do seu pai, que morreu de lúpus.

O pai dela nunca teve a chance de se despedir da irmã, Gaga disse, e a dor dele foi parcialmente por causa do relacionamento conturbado deles. Sua música ‘‘Joanne’’, tocada com violão e vocais impressionantes, foi o que ela achava que seu pai gostaria de ter dito para sua irmã: uma súplica para que ela não se fosse.

É um sentimento igualmente compartilhado por mais de 15,000, enquanto as tensões do ato final de ‘‘Million Reasons’’ desvaneceu:

Gaga, por favor, não se vá.

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Tradução por Vanessa Braz de Queiroz

Revisão por Kathy Vanessa