Depois de diversos reviews postados de vários sites e críticas de cinemas, após a exibição de "Nasce uma Estrela", em Veneza, chegou a vez da revista Time Out divulgar sua análise do filme.
O review foi feito pelo crítico Joshuq Rothkopf. A nota foi 4, de 5 estrelas, no qual ele destacou a emoção passada pela protagonista do filme, Lady Gaga, dizendo que o filme foi uma revelação do seu talento de atriz para Hollywood.
Aproveitando a análise, o crítico ainda fez uma aposta do que pode levar o filme, dirigido por Bradley Cooper, a ganhar o Oscar. Segundo ele, "I'll Never Love Again" é a música que pode "Agir na jornada ao Oscar".
Confira a crítica completa aqui (contém spoiler):
Lady Gaga é uma revelação na nova versão da trágica história da fama, fundindo o material com alma e vulnerabilidade.
Classificar o novo A Star is Born como um projeto fofo de Lady Gaga para seus fãs soa tímido e delicado, então vamos chamá-lo do que realmente ele é: um beijo francês sensual (com bastante língua), cheio de paixão, lágrimas e uma quantidade impressionante de ousadia.
Generosamente emocional e ainda mais divertido por isso, o filme funciona como algo parecido com uma história de origem da Marvel, com a própria mitologia de Gaga - arrasando em um cabaré cheio de drags. É uma sacada inteligente do filme que vai além de ter escalado ela como progagonista, é essencial para o longa.
Mas ver sua personagem, Ally, se tornar uma estrela - especialmente no palco durante os momentos ao vivo do filme, que são assustadores, massivos e ensurdecedores - é uma incrível peça de evolução. Gaga está realmente agindo aqui: tímida, de alguma forma menor, tremendo de animação. Incrementalmente, ela floresce no centro das atenções, orgulhosamente acenando ao estilo Streisand de ser, a grande voz completando a transformação. Ela é extraordinária e você torce para que ela seja uma supernova de acordo com a trajetória consagrada pelo cenário.

No entanto, o diretor e também estrela, Bradley Cooper, tem outra coisa em mente. Assim como seu próprio desempenho - como Jackson Maine, o roqueiro deste filme - acaba sendo um daqueles estereótipos de homens e seus movimentos de barba (se você se lembra da versão de 1976, você pode descrevê-la como "Kristoffersoniano"), sua direção do drama é subestimada: modesta e não exibida. Ele está tentando fazer uma versão "real" desse relato mais chamativo (o que quer que isso signifique), e você adora que Cooper parece ter aprendido mais com seu despretensioso diretor Clint Eastwood do que com o hiperativo David O. Russell.
O resultado é um filme que injeta suas interações com a crueza e credibilidade de uma conversa real. Você percebe que não é apenas um romance nervoso em seu coração. O filme torna-se uma história de dependência de drogas, percorrendo com tensões musicais que variam entre o estilo de vida de Neil Young e a reinvenção pop de Ally.

No último ponto é mais do que apenas um trocadilho: Gaga e Cooper mostram as coisas tão realistas, é quase uma oportunidade perdida que Ally sempre parece reconhecidamente humana (assim como Janet Gaynor no original de 1937), ao invés de se tornar a criação plástica afiada que sabemos que Gaga é capaz. É uma ligeira timidez que rouba o filme de parte de sua ironia central: Ally chega à porta da fama, mas a que custo? Independentemente disso, um ícone do showbizz como Judy Garland não conseguiu fazer o que Gaga está fazendo aqui; isso é um ganho verdadeiro. Existe uma "Evergreen", no entanto - uma baita de uma balada? Talvez: um número final arrebatador, "I'll Never Love Again", é o material que vai agir na jornada ao Oscar.
Nota: 80/100
“Nasce Uma Estrela” tem sua estreia para os EUA marcada para o dia 5 de outubro. No Brasil, o filme estreia dia 11 de outubro.
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Tradução por André Carvalho / Lady Gaga Source
Revisão por Vinícius de Souza
