A revista americana Glamour publicou uma coluna nesta sexta-feira (17) em que relembra e analisa a performance de “Paparazzi” no Video Music Awards (VMA) 2009, o contexto em que ela estava inserida e o clipe do single. No artigo, o autor descreve o cenário da música pop entre os anos 2000 e 2009, época em que a mídia criticava compulsivamente celebridades femininas, como Britney Spears e Lindsay Lohan.

A Glamour relembra o quanto os jornais, revistas e canais televisivos tornavam cada erro das mulheres citadas, desde um tropeço em uma boate a uma escolha “infeliz” de roupas, em uma matéria sensacionalista. O site cita o quanto Lady Gaga conhecia este lado da mídia que destruía figuras femininas depois de exaltá-las.

Lady Gaga sabia disso. "Eu estava lendo os tabloides como se fossem livros", ela disse ao CNN em 2009 sobre como ela criou seu primeiro álbum. "Eu comprava todos os livros de polêmicas, todos os jornais, todas as revistas que eu pudesse por as mãos, e eu recortava as páginas." Essa investigação levou ao The Fame, um álbum que é uma grande fantasia de electro-pop, mas também é um aviso para os tabloides deixarem de ter fixação pelas mulheres.

Na coluna, o autor descreve a performance do quinto single de "The Fame" como um alerta a essa cultura nociva às mulheres. Enquanto a letra aparenta romantizar os paparazzi, ao final da apresentação a cantora sangra ao mesmo tempo em que flashes de câmeras são ouvidos e direcionados ao seu corpo até sua morte.

Outro alerta sobre a cultura pop é visto também no clipe da música, no qual a mídia diz que a carreira de Lady Gaga está acabada após ela ter se tornado paraplégica devida à agressão de seu namorado fictício. Porém, após a cantora envenená-lo em um ato polêmico, a mídia volta a exaltá-la “Nós amamos ela novamente!”.

Por último, de acordo com o artigo o cenário midiático tem mudado bastante nos últimos anos, citando o caso do suporte que Demi Lovato recebeu após ser internada por overdose. Mas não deixa de ressaltar o quanto Lady Gaga foi importante ao posicionar-se ao lado dessas celebridades femininas antes que qualquer pessoa o fizesse.

"Era uma armadura para mulheres escrutinadas: uma música que mostrava simultaneamente o que estava acontecendo com elas e o que poderia acontecer se a atitude da mídia não mudasse. Gaga literalmente se crucificou no palco para dizer isso ao mundo - então pare com isso." Conclui a Glamour.

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Tradução por Vinicius Colombo e Maria Eduarda Seabra

Revisão por Vinícius de Souza