Desde seu surgimento no cenário musical, Lady Gaga foi destaque por seu estilo único e irreverente assim como suas falas e posicionamentos em prol de grupos xxx.
A revista MEGA Man publicou um artigos exaltando a a importância da cantora nas expressões culturais e na luta dos direitos de pessoas LGBTQIA+. Segundo eles "".
Confira a tradução do artigo:
"A Influência de Lady Gaga na Força, Imaginação e Defesa Queer
Como a Mother Monster educou uma geração de pessoas criativas a se tornarem corajosas e se expressarem livremente.
Quando um hit pop é solto no mundo, o instinto gay é ir ao clube mais perto e esperar que a música viaje pelos cabos até sair das caixas de som para que possam estremecer as nossas mentes. É um sentimento de experiência compartilhada com a nossa comunidade, e existe uma inevitável e eufórica liberação que pode ser provocada apenas ao dar tudo de si na pista de dança. Madonna estava absolutamente certa quando disse que a música faz as pessoas se reunirem. Mesmo que apenas por três ou quatro minutos, a música nos liberta de qualquer que seja a coisa que nos impede de balançar desinibidamente as nossas mãos pelo ar.
E falando de Madonna – que instruiu a geração anterior de gays, Lady Gaga fez o mesmo para um grupo mais recente. E para alguns Millennials mais “envelhecidos” como eu, as duas fizeram. Nós não daremos toda nossa adoração para uma diva sem reconhecer a plataforma que as anteriores construíram com suas próprias mãos. Então, Madonna, vos oferecemos as nossas reverências.
Você tinha que estar lá.
Muitas drag queens e artistas queer que estão florescendo ou têm sucesso hoje em dia cresceram num mundo da Lady Gaga. Pondo em perspectiva, quem hoje tem entre 25-30 anos, tinha apenas entre 10-15 quando Just Dance explodiu o cenário dance. Eles eram muitos novos para “apenas dançar” nas baladas, mas nós sabemos como as celebridades e a cultura pop influenciam as impressionáveis crianças. Crianças queer, que se sentiam diferentes ou vistas como “alienígenas” pelos outros, vão procurar inspirações onde possam moldar sua identidade. A Lady Gaga é uma esquisita e uma autoproclamada aberração, logo, a conexão foi instantânea. Como as pessoas que realmente mudam o jogo, seu surgimento sísmico na consciência global sacudiu os cenários da música, moda e arte, e essas crianças assistiram tudo isso acontecer. O impacto de Lady Gaga em sua autoconfiança, autoestima e [em seus processos] de autodescoberta, ajudou toda uma geração a se tornar corajosa e mais criativa.
Você tinha que estar lá para testemunhar (mesmo apenas através das redes sociais) esses momentos enquanto aconteciam ou você não entenderia como eles mudaram nossas almas e corações queer para sempre.
A experiência fora do corpo e festival queer que foi a Monster Ball.
O videoclipe de Paparazzi e suas escolhas de moda que me levou, e levou muitas pessoas queer, para os portões do paraíso.
Ela tornou as aparições de celebridades no aeroporto interessantes e animadas.
A coletiva de imprensa no MTV Malta, onde ela usou uma máscara masoquista.
Quando esse casaco fantástico de Caco, o Sapo feito por Jean-Charles de Castelbajac foi usado em um programa na Alemanha.
Sua performance ao vivo para Marc Jacobs durante a Semana de Moda de 2009 foi algo que saiu de um sonho gay.
Sua primeira performance no SNL solidificou sua órbita ao redor de nossas vidas para sempre.
O peso cultural da estreia de Lady Gaga no VMA foi o choque e adoração que o mundo precisava. Tudo teve que recomeçar. O antes e o depois desse momento na música e na moda é inacreditável.
Expressão criativa, música, arte performática e voz política
Essa geração é corajosa porque assistiu o discurso de Lady Gaga lá em 2009 na Marcha Nacional pela Igualdade, onde ela notoriamente mencionou o Presidente Obama e gritou, ‘‘VOCÊ ESTÁ ME OUVINDO?’’
Essa geração é destemida porque Lady Gaga decidiu fazer aquela subida de oitava antes do último refrão da música mais premiada da história, Shallow.
Essa geração foi salva das correntes dolorosas do lockdown graças ao álbum Chromatica.
Essa geração é sortuda por ter vivido a bagunça, mas o lindo caos necessário que foi ARTPOP.
Essa geração é ousada porque Lady Gaga escreveu Born This Way.
Milhões de jovens queer devem ter usado o paradigma dela para moldar suas identidades em todos os cantos do mundo. Sem medo de assumir riscos e constantemente ultrapassando barreiras, a arte dela encorajou muitos de nós a mergulhar em nossas identidades e explorar diferentes formas ultra criativas para expressar quem somos e como nos sentimos. Um verdadeiro ícone. Uma verdadeira lenda.
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Tradução por Vanessa Braz de Queiroz e David Luis