Para a 5ª parte dos #10AnosdeARTPOP continuamos a nossa jornada pela segunda metade das músicas non-singles do disco. Prontos para relembrar momentos marcantes e conferir informações e detalhes exclusivos com a gente?


"The melody that you choose. Can rescue you"


MÚSICAS:

Swine


”Swine” foi escrita por Lady Gaga e produzida por DJ White Shadow, Speedlove e Nick Monson em 2012/2013.

Classificada com uma canção industrial, com elementos do electro house, dance-pop e dubstep, ”Swine” foge de qualquer coisa que Gaga já tenha feito em sua carreira musical. Com as batidas iniciais já pesadas e sintetizadores hipnotizantes, a música percorre por um compasso constante e vocais rasgados até um momento de evolução que explode em um andamento rápido de 120 batidas por minuto.

Além da batida forte e “suja”, as letras e a forma como a cantora se expressa durante a execução da faixa explicam bastante o seu conceito. Gaga contou que a inspiração é super pessoal e lidava com experiências sexuais desafiadoras e problemáticas que ela havia encontrado em sua vida. Ela queria diminuir o peso das letras, tornando-as mais alegres. Entretanto, ela acabou utilizando gritos e mais gritos ao longo da faixa. O estilo dançante da música desaparece quando o refrão chega, com Gaga cantando as letras apoiadas pelos sintetizadores caóticos.

A primeira citação sobre a música aconteceu no dia 16 de agosto.

A cantora publicou 3 banners com imagens rabiscadas do ensaio de divulgação da Era. Os desenhos foram feitos pela ex-maquiadora de Gaga, Tara Savelo, e exibiam trechos da letra da música. As imagens anunciavam a apresentação no iTunes Festival 2013 no dia 1º de setembro, grande evento realizado pela Apple em Londres anualmente. Gaga também revelou algumas letras e chamou apresentação de "Swinefest".


No dia 28, a cantora compartilhou um novo trecho da música em seu perfil no Twitter.


Logo depois, naquele mesmo dia, uma prévia da música foi divulgada em um vídeo publicado por Gaga, ensaiando para o iTunes Festival.


O vídeo surpreendeu a todos pela mudança de sonoridade da música, além das batidas frenéticas e com a cantora tocando uma bateria.

A apresentação ocorreu no dia 1º de setembro, com a música completa pela primeira vez.

Após o fim da apresentação a mídia se dividiu entre elogios e críticas. Já os Little Monsters estavam maravilhados com o que havia sido mostrado por Gaga.


Em uma entrevista realizada por Marina Abramović para a edição especial de setembro da V Magazine em 2013, nossa Mother Monster falou abertamente sobre suas inspirações para a música.

MA: [...] Quero saber um pouco sobre essa peça do novo álbum que vocês tocaram… ‘Pig’? Eu amo este trabalho. Você tem uma música favorita? Também me fale um pouco sobre Pig.

LG: Na verdade, é interessante que você tenha dito que ama ‘Swine’.

MA: ‘Swine’ soa muito pior em inglês. Pig é quase doce, mas Swine é muito sujo.

LG: Sim, Swine é suja. E na cultura européia, não é muito legal chamar alguém de porco. É a pior coisa que você pode dizer. Então, quando estávamos fazendo a capa que você mencionou, com o cabelo escuro… Cada capa foi desenhada com uma roupa personalizada por um designer. Esse é o que Hedi [Slimane] fez - aquele na jaqueta de lantejoulas com o jeans de cintura alta e o cabelo. Essa foi a época da minha vida em que eu era a nova artista. Eu não era uma artista totalmente formada, tinha 19 anos, era jovem. Eu estava no meu caminho. Eu estava disposta a fazer qualquer coisa pela arte. Isso me causou muitos problemas porque quando você está disposta a fazer qualquer coisa pela arte, mas ainda nem sabe qual é a sua arte ou qual é a sua música ou o que está fazendo, você está disposta a fazer qualquer coisa para entendê-la ou experimentar algo que a impulsione ou a inspire. E por causa disso eu estava realmente preocupada. Eu estava realmente doente o tempo todo na minha cabeça, no meu coração. Eu me senti presa, mas eu estava livre. E então foi como uma morte lenta. Uma morte lenta da minha inocência e da minha juventude. E eu tive que enfrentar muitos porcos, e foi daí que veio essa música. Essa ideia de algo tão sombrio e algo tão terrível e pervertido que em uma idade jovem você realmente não entende. E você não quer saber e entender isso. E então, como estou mais velha, entendo a intensidade das experiências pelas quais passei. Elas afetaram e mudaram quem eu sou agora. Então essa música se tornou uma libertação, porque agora estou dizendo que se eu quiser ser realmente boa nessa transformação, tenho que entender. Mostrar no palco diante dos olhos das pessoas. E é disso que tratam essas capas. Não é só o cabelo, é a vida toda.”


Lady Gaga falou sobre o significado da música e sua importância para ela nos comentários faixa a faixa de "ARTPOP" para a Sirius XM.

”Na verdade, esta é uma música muito pessoal do álbum, e é sobre algumas das experiências sexuais mais problemáticas e desafiadoras que tive no início da minha vida, e é realmente uma música raivosa e emocional em que estou meio que gritando e gritando ao longo da pista; e eu estou tentando tirar sarro disso, e transformá-la em uma música dançante enquanto tudo está acontecendo, mas inevitavelmente você chega a esse refrão, onde realmente sente uma sensação de gravidade no meio da música. Eu digo, ‘I know, I know, I know, I know you want me.You're just a pig inside a human body. Squealer, squealer, squeal out, you're so disgusting. You're just a pig inside… Swine’. E então eu canto ‘Swine”, uma e outra vez, neste tipo de voz realmente intensa e emocional. Essa música foi muito importante pra mim, foi como um exorcismo; e o groove e a batida são tão fortes, e tão violentos, e tão caóticos; e, é um grande alívio para mim sempre que eu toco, eu simplesmente começo a bater na bateria e começo a gritar e gritar e, eu amo essa gravação.”


Em dezembro de 2014, Gaga participou do programa The Howard Stern Show e revelou durante a entrevista que foi estuprada aos 19 anos por um produtor musical vinte anos mais velho que ela. A notícia chocou a todos e reforçou ainda mais os significados por trás de ”Swine”.

”Escrevi uma música chamada 'Swine'. A música é sobre estupro. É sobre desmoralização. A música é sobre raiva, fúria e paixão, e eu tinha muita dor que queria botar para fora. [...] Passei por algumas coisas horríveis das quais sou capaz de rir agora, porque passei por muita terapia mental, física e emocional para me curar ao longo dos anos. Minha música tem sido maravilhosa para mim. Mas, você sabe, eu era uma casca do meu antigo eu em um ponto. Eu não era eu mesma. Para ser justa, eu tinha cerca de 19 anos. Eu fui para a escola católica e então todas essas coisas malucas aconteceram, e eu pensei, 'Oh, isso é apenas como os adultos são?'... Eu era muito ingênua. [...] Eu nem queria admitir que tivesse acontecido alguma coisa [...] Eu o vi uma vez em uma loja e fiquei paralisada de medo.”


Com todo o peso das revelações íntimas de Gaga perante a música, uma apresentação em específico causou grande polêmica. A cantora se apresentou no dia 13 de março de 2014 no SXSW Festival.

Sentada em um “porco mecânico” com um teclado acoplado, Lady Gaga apresentou ”Swine” acompanhada da artista performática Millie Brown, conhecida por ingerir tintas e “vomitar arco-íris” em telas de pintura. A artista já havia trabalhado com nossa Mother Monster durante a "Monster Ball Tour" na interlude "Puke Film (Desert)" e "Desert Film".


Além da expressão artística excêntrica, o que chamou a atenção foi a forma como a cantora estava se sentindo em relação a música/indústria pop (gritando ”Fuck you pop music, this is ARTPOP. Free yourself!”) já que ela havia rompido suas relações com o ex-empresário Troy Carter dias antes de ”ARTPOP” ser lançado.


Um fato interessante é que os gritos emitidos por Gaga ao pronunciar ”Swine” são propositalmente feitos para parecer um grunhido de porco e causar um certo incômodo.


Uma demo da canção, em uma versão estendida vazou em outubro de 2013. Na época muitos desconfiaram da versão ser um edit, mas a confirmação veio no mês seguinte, com o lançamento de ”ARTPOP”.


Algum tempo depois de seu lançamento oficial, os stems oficiais da música vazaram na intrenet.


A música foi escolhida para fazer parte do documentário ”The Hunting Ground” (2015), que documenta a vida de jovens vítimas de estupro, e que conta uma canção original feita por Gaga, ”Til It Happens To You”.


”Swine” foi apreciada pela crítica por sua composição áspera e louca. Sua estreia na 94ª posição no Gaon International Digital Chart na Coreia do Sul foi destaque, vendendo 2.430 cópias. Nos Estados Unidos, a música alcançou a posição #23 na Billboard Dance/Electronic Songs.


Donatella

Escrita e produzida por Lady Gaga e Zedd em 2012, ”Donatella” ocupa a 10ª posição das faixas de ”ARTPOP”.

Com um barulho de uma bebida sendo servida com gelo na introdução, ritmos focados no eletrodance e europop, a canção abusa dos sintetizadores durante toda a sua construção, sendo acompanhados por um piano que tem seus destaques antes dos refrãos e da ponte final.

Suas letras trazem uma homenagem a lendária estilista italiana e amiga de Lady Gaga, Donatella Versace, a qual já produziu diversos looks usados pela cantora.

Assim como ”Aura”, ”Donatella” teve seu instrumental produzido por Zedd para outra artista, a cantora Anjulie.

A canção ”It's Karma Bitch” foi feita com a cantora e compositora em 2011. Porém, devido a problemas com sua gravadora, a música foi arquivada e a produção ficou disponível no banco de arquivos de Zedd, que decidiu reutilizar o instrumental em ”ARTPOP” em 2012.


Apesar de não ter participado da composição, por questões legais, Anjulie foi creditada em 2015 como compositora da música.


O título da música foi citado por Gaga pela primeira vez em 23 agosto de 2013, em uma entrevista ao Just Jared.

”’Donatella’ é minha carta de amor para Donatella [Versace]. [...] é uma música pop incrivelmente louca e divertida com batidas eletrônicas realmente emocionantes que fiz com Zedd. É sobre ser uma mulher destemida e não se importar com o que as pessoas dizem sobre você – ter orgulho de quem você é e seguir em frente, não importa o que aconteça. [...] Talvez ela seja uma cadela, talvez ela seja muito magra, talvez ela seja muito rica, talvez ela seja muito extravagante. Ou, talvez ela seja brilhante, talvez ela seja inteligente, talvez ela seja forte, talvez ela seja tudo, talvez ela seja Donatella.”


Três dias depois Donatella entrou em contato com o site e comentou sobre o que achou da homenagem:

”Querido Jared, que incrível ver a notícia da música ‘Donatella’ de Lady Gaga no Just Jared, um dos meus sites favoritos. [...] Gostaria de agradecer a Gaga por sua genialidade, criatividade, talento incrível e super. Tenho a honra de ser amiga dela e claro que adoro a música! Com amor, DV.”


Conversando com Marina Abramović na edição especial de setembro da V Magazine em 2013, Gaga falou um pouco mais sobre a música:

”Existem poucas pessoas que conheci desde a minha estreia que realmente se tornaram amigos. Donatella Versace e sua filha, Allegra, ocupam um espaço tão amplo em meu coração, com sua capacidade de amar e doar. Donatella esteve ao meu lado nos momentos difíceis, e por isso jamais a esquecerei. Ela levou a garota soluçando com lenços de papel para o apartamento de Gianni. Lágrimas caindo no chão, champanhe derramando, ela me acompanhou até o quarto dele, onde me deixou para brincar com seus livros e esboços. Estudei as notas, bebi e fumei até quase não enxergar. Correndo pela casa com ela e Allegra enquanto dizia: ‘Nunca chore, Gaga! Você é uma estrela, uma estrela REAL!’ E esta capa [uma das versões da revista, na qual Gaga aparece semelhante a estilista] começa a mais nova transformação no meu longo caso de amor com a Versace. Donatella abrindo os arquivos de Gianni para mim durante a campanha do meu álbum Born This Way foi apenas o começo de um sonho que parece não ter fim. E hoje é plástico c-thru, com meu ombro personalizado, alfinetes Medusa e uma loira fake. Donatella aprovou.”


Em outubro ela publicou um pequeno trecho da música em seu perfil no Twitter deixando os Little Monsters ainda mais ansiosos pela faixa.


Após o lançamento de ”ARTPOP” e a recepção positiva da música, a cantora voltou a falar sobre suas inspirações para a música nos comentários faixa a faixa de "ARTPOP" para a Sirius XM.

”Escrevi esta música com DJ Zedd, e quero dizer que estávamos em Cingapura quando gravei este álbum - ou talvez estivéssemos na Tailândia - poderíamos estar na Tailândia - e, quando estávamos trabalhando nisso, eu não sabia bem do que se tratava ainda, e quando começamos a escrevê-la, eu realmente queria que fosse sobre Donatella, que é minha amiga - Donatella Versace - e, algo que ambas temos em comum, isso - acho que esse tema também está um pouco em ‘Do What U Want’ um pouco - mas esse sentimento de ser incompreendido; mas em vez de revidar para todo mundo sobre isso, estou meio que tirando sarro do que eles dizem sobre nós duas. Eu digo ‘I'm a rich bitch, I'm the upper class. I'm the pearl to your oyster, I'm a babe. I smoke Marlboro Reds and drink champagne’. Então, é meio ridículo e exagerado, e ridículo, e meio, nada que você gostaria que alguém escrevesse sobre você como pessoa, mas eles escrevem sobre nós dessa maneira o tempo todo. Então, em vez de permitir que isso nos faça sentir menores, estou gritando aos quatro ventos sobre essas batidas realmente esmagadoras; e, é apenas uma música muito divertida, e ela é uma grande amiga minha, e ela realmente me apoiou durante os momentos que foram muito difíceis na minha vida. Então, eu também queria realmente homenageá-la no meu disco.”


Fashion!

”Fashion!” foi escrita e produzida por Lady Gaga, Giorgio Tuinfort, will.i.am, e David Guetta em 2013.

Seguindo uma linha de produção com um pianos fortes em toda a sua construção e acompanhada por uma batida funky, a música fala como o amor pela transformação ao se vestir e usar moda traz uma confiança inabalável.

Diferente das demais canções do álbum, ”Fashion!” foi a única música que só teve seu nome revelado durante a liberação oficial da tracklist, no dia 09 de outubro de 2013.


Isso se deu ao fato de que a canção não estava presente na maior parte das tracklists montadas para o álbum, sendo incluída em suas últimas versões, mais precisamente a partir da 27ª versão de 35.

Ainda em outubro, no dia 25, Gaga postou um pequeno trecho da letra em contagem regressiva para o lançamento de ”ARTPOP”..


Para diferenciar a canção de uma outra música de Lady Gaga com o mesmo nome, produzida em 2007/2008, um ponto de exclamação foi adicionado no final como uma estilização.


Nossa Mother Monster falou sobre a canção nos comentários faixa a faixa de "ARTPOP" para a Sirius XM.

”Eu escrevi essa música com will.i.am. Esta é a primeira música que fizemos juntos. Estamos tentando trabalhar juntos há alguns anos, mas somos muito exigentes e eu simplesmente não estava pronta. Não encontrei a música certa, ainda não era a coisa certa, mas essa era a música certa e o ritmo certo, a faixa certa. Foi muito bom e nós trabalhamos nela por um tempo juntos e a tornamos perfeita e realmente passamos muito tempo editando até que estivesse perfeita e você sabe que esta é apenas uma música muito divertida sobre ser capaz de se vestir e me sentir como se você fosse a dona do mundo e acho que às vezes as pessoas sempre pensavam que quando eu estava me arrumando ou, você sabe, colocando minhas roupas, ou durante meus shows ao vivo, era para chamar a atenção.”


Após o lançamento de ”ARTPOP” em 11 de novembro e depois que os fãs escutaram a canção, foi ao ar no dia 28 de novembro o especial "Lady Gaga & The Muppets - Holiday Special", gravado no dia 08 de outubro. ”Fashion!” foi uma das canções apresentadas e contou com a participação especial da drag queen RuPaul.


Muitos fãs notaram que a versão apresentada continha um trecho diferente da versão final, e foi especulado que aquela era uma versão demo assim como a versão de ”MANiCURE”, que também foi apresentada em uma versão demo inédita.

Posteriormente foi confirmada que a versão continha elementos de uma versão demo, porém a participação de RuPaul nunca foi gravada oficialmente ou sequer cogitada, sendo apenas uma colaboração especial para o programa.


Em 2017 algumas versões demo da canção vazaram na internet tendo diversos elementos, letras e vocais diferenciando umas das outras.

A primeira versão, chamada de (v1) possui guitarras ao estilo ”Get Lucky” da dupla Daft Punk, uma batida mais forte e o já conhecido piano. Os vocais estão mais marcados no refrão, tendo pequenas partes sem o instrumental e o trecho ”Fantastique. Chic. Freak. Slay!” após os refrãos. O famoso high note de Gaga na ponte foi separado em partes e não inteiro como na versão final. Essa versão não contém os trechos de will.i.am sendo encerrado com um solo de Gaga em vocais mais crus e um piano.


A segunda versão, com o nome (Alternate Chords Mix) é praticamente igual a versão final da música porém com um baixo super marcado em quase toda a faixa além de uma guitarra discreta.


A versão (Old Piano Mix) também se assemelha muito com a versão final tendo o piano como destaque no instrumental, sendo mais marcado e alto, acompanhado de uma guitarra ao fundo. Assim como a (v1), esta versão possui o o trecho ”Fantastique. Chic. Freak. Slay!” após os refrãos, acompanhado de alguns sinos. O high note de Gaga também é feito como na versão (v1).


A última versão vazada carrega o nome de (Daft Punkish Mix) e tem sua estrutura semelhante a versão (v1), com as mesmas guitarras e batida de ”Get Lucky”. O baixo também é destacado e marcado e o trecho ”Fantastique. Chic. Freak. Slay!” também marca presença nesta versão. O high note também é separado em partes o encerramento é da faixa é igual a da versão final, com os trechos de will.i.am.


Além das 4 demos vazadas, os stems oficiais da música também foram vazados na internet.


Um fato curioso sobre a música é que no encarte de ”ARTPOP”, DJ White Shadow foi creditado erroneamente como escritor da faixa.


”Fashion!” foi uma música bastante elogiada por seus vocais e construção, porém a crítica não a recebeu tão bem por se diferenciar das demais músicas do disco.


Mary Jane Holland


Escrita por Lady Gaga e produzida por Madeon e pela própria cantora, ”Mary Jane Holland” foi a canção escolhida para ocupar a 12ª posição das faixas de ”ARTPOP”.

Influenciada pelos estilos dance e synth-pop a canção conta com batidas vibrantes, vocais pesados e um compasso constante.

O nome "Mary Jane Holland” apareceu pela primeira vez em agosto de 2012. Com seu cabelo totalmente castanho, Gaga surgiu no episódio de nº 7 do Monstervision, intitulado "The Adventures of Mary Jane Holland".

As afirmações de que aquele cabelo era a nova marca da era assim como Mary Jane Holland ser um novo alter ego tomaram conta da internet.

No dia 22, o nome voltou a aparecer em uma interação com Madeon no Twitter.

”Tão feliz por ter encontrado você na HOLANDA ;) piscadela. Com amor, MARY JANE. X0X0”

A cantora chegou a postar novamente em seu Twitter sobre o encontro, porém na época a mensagem não fazia sentido.

"ESTOU TENTANDO GRAVAR VOCAIS (suas pequenas vozes leviatans estão cantando edge of glory ao fundo) em uma música sobre cannabis #hotelgypsy"


Em setembro, durante um show da ”Born This Way Ball Tour” na Holanda, em Amsterdã, o nome voltou a aparecer. Ela se apresentou ao público como Mary Jane Holland. Um fato curioso foi que neste show ela fumou maconha no palco (na Holanda, a erva é liberada para consumo) e ”Mary Jane” é um dos apelidos dos quais a erva possui.

Muitos fãs acabaram associando o fato ao nome e não levaram a questão adiante, apesar da cantora manter o cabelo castanho durante um tempo.

No dia 18 de setembro de 2012 ela voltou a citar o nome em um tweet.

”me preparando para a segunda noite de MARY JANE HOLLAND BTWBALL, espero sobreviver ao segundo show, ontem à noite todos vocês me fizeram gozar.”


Ainda em Amsterdã, Gaga começou a esboçar diversas ideias para uma nova canção. O processo de criação e inspiração foram citados por ela durante os comentários faixa a faixa de "ARTPOP" para a Sirius XM.

”Eu escrevi essa música com Madeon, ele é um DJ incrível da França - produtor incrível, músico incrível. Ele é muito, muito jovem e muito, muito doce, e eu absolutamente o adoro; e quando eu estava em Amsterdã, liguei para ele - eu tinha algumas ideias sobre o que queria fazer no álbum - e disse: ‘Sabe de uma coisa? Apenas me envie o que quiser.’ E ele me enviou essas ideias de batidas de sintetizador, e eu estava em Amsterdã e comecei a escrever, e então pintei meu cabelo de castanho [risos] tipo, literalmente, do nada, eu estava apenas: ‘Freddie’ - ele faz meu cabelo - Eu apenas disse: ‘Vamos. Vamos apenas, eu não quero mais ser loira.’ E ele disse: ‘Como assim?’ E eu disse: ‘Sinto que o mundo é dono da minha loira, e não é mais minha, e não quero me sentir possuída. E eu quero sair hoje, e quero me divertir, e não quero que ninguém saiba que sou eu - só preciso de uma noite de liberdade - e não quero usar outra porra de peruca enquanto eu estou fazendo isso.’ Então, ele tingiu meu cabelo e eu saí, e eu simplesmente fiquei chapado, e bebi muito e saímos para meus clubes de sexo e clubes de strip favoritos e nos divertimos muito, muito e a noite toda fiquei me chamando de ‘Mary Jane Holland.’ E todo mundo continuou me chamando de ‘Mary Jane Holland’; então, virou esse alter-ego de quem eu me tornei quando fumava maconha; e realmente se tornou uma fonte de conforto para mim - que eu poderia fumar e tomar algo que realmente ajudasse com minha ansiedade e realmente me ajudasse a me derrubar das pressões de ser uma estrela; e, sempre que fumo, realmente esqueço que sou famosa - e isso talvez não seja uma coisa boa [risos] - mas eu realmente amo isso; Eu realmente adorava me sentir meio normal, e como se pudesse sair e fazer o que quisesse; e eu poderia ser estúpido ou burro, ou inteligente e divertido, e isso não importaria. Então, na música eu digo, ‘Eu acho que poderia ficar bem, se eu pudesse ser Mary Jane Holland esta noite…’ e é, é verdade, eu diria a mim mesmo, “Você sabe o que - se eu pudesse pegar um cigarro e ser morena, acho que ficaria bem - apenas por uma noite.”


O encontro entre Gaga e Madeon em agosto de 2012 foi decisivo para um primeiro esboço da canção.

Antes disso, o produtor estava trabalhando com a banda The Good Natured em algumas faixas. Uma delas foi a chamada ”Can’t Be the Machines”, utilizando um instrumental chamado inicialmente de ”Revenge” (tocado ao vivo algumas vezes por Madeon com uma acapella de ”99 Problems” de Jay-Z). Após um dos engenheiros de som trabalharem com instrumental da canção com a banda, Madeon não curtiu o resultado final e a mesma foi descartada.


Com o instrumental novamente livre para ser retrabalhado, o produtor aproveitou as conversas com Gaga em agosto 2012 e enviou o arquivo cru para a cantora escutar. Com as ideias estruturadas em setembro, ela se reuniu com Madeon em um estúdio para gravar as primeiras versões da música e posteriormente para compor novas partes da letra que ela já havia escrito. Alguns instrumentos como guitarras foram adicionados posteriormente. Tempo depois, o produtor comentou que estava feliz por ter esperado a pessoa certa para terminar a música.


Um ano depois dos primeiros encontros com Madeon, Lady Gaga postou o primeiro trecho da canção em seu Twitter.


Após anunciar a tracklist de ”ARTPOP” e adiá-la para o dia 9 de outubro, veio a confirmação oficial de ”Mary Jane Holland” ocupando o 12º lugar na lista de músicas. O curioso foi que os fãs haviam questionado a cantora o porquê do atraso na liberação. A resposta veio através de um tweet publicado naquele mesmo dia.

"A tracklist está atrasada porque 2 músicas estão brigando pelo 12º lugar. Vou deixar você saber qual galo ganha hoje à noite às 21:00 :) pegue o champanhe"


Com isso foi possível concluir que a faixa havia ganhado a disputa. Ao questionarem a cantora sobre qual era a outra faixa que estava cotada para a escolha, ela respondeu:

A confirmação também pôde ser feita em 2020, quando diversos documentos confidenciais da cantora foram vazados.

Segundo algumas versões da tracklist, ambas as faixas estavam inclusas no álbum até por volta da versão 16 de 35. A partir da versão 27 a disputa entre as duas faixas começou, chegando ao resultado final que já conhecemos na versão 35.


No dia 29 de outubro, através da Radio ARTPOP foi liberada uma prévia de 2 minutos e 15 segundos da canção, confirmando assim de vez o seu tema principal, depois de diversos indícios.


Em 2017 algumas versões demo de ”Mary Jane Holland” chegaram a internet, surpreendendo os Little Monsters por diversos detalhes que acabaram sendo cortados na versão final.

A primeira versão, (Early Demo), traz o instrumental original da faixa ”Can’t Be the Machines”, com a introdução sendo falada por uma voz masculina:

”These abnormalities are corrupting the minds and the hearts of our children. Crime, and violence.” / “Essas anormalidades estão corrompendo as mentes e os corações de nossas crianças. Criminalidade e Violência.”

Além disso, algumas letras estão diferentes, como na parte inicial e sem os pré-refrões. Os vocais estão mais crus, com um tom diferente e mais camadas vocais. Essa versão não possui a segunda parte nem diversos efeitos sonoros como o barulho de fósforo sendo riscado no início e fim. A versão se encerra com a voz masculina dizendo ”Crime and violence”.

O instrumental original e cru da versão também vazou.


A segunda demo, chamada de (v7) já não possui a voz masculina no início e tem um instrumental mais encorpado, com a inclusão do barulho de fósforo sendo riscado no início e fim. A voz da nossa Mother Monster está mais limpa e com uma intenção de parecer “chapada”, sem vozes de apoio. Nos pré-refrões ela conta com alguns backing vocals distorcidos e usa uma abordagem diferente da letra, abusando mais dos vocais em um high note antes do segundo refrão. A parte final termina com alguns vocais extras no background, mas mantendo a mesma estrutura de encerramento.


A última demo vazada da canção, a (v12), já se aproxima mais da versão final, com instrumental, vocais e letras mais parecidos. Os pré-refrões se mantém ainda na pegada das outras demos com Gaga abusando dos vocais e sem repetir as palavras ”love” e ”you better than". Essa versão não possui o high note antes do segundo refrão mas possui a mesma estrutura da demo (v7). A canção tem todo o seu encerramento após a ponte como na versão final.

Sua versão acapella também chegou a vazar na internet.

Os stems oficiais da versão final também foram vazados. Uma curiosidade interessante foi que, ao ouvir a versão acapella pura da versão do álbum, é possível notar que antes do segundo refrão Gaga manteve o vocal ”Cause i love you better than” da versão demo em segundo plano. Esse mesmo vocal está como uma faixa separada junto aos arquivos stem.

Ouça em 1 minuto e 34 segundos:


Apesar do “tema polêmico”, ”Mary Jane Holland” foi bem recebida pela crítica que focou seus elogios nos vocais graves e rasgados de Lady Gaga em quase toda a faixa. Apesar disso, a faixa não agradou a maioria, que a descreveu como uma faixa adequada apenas para uma rave e que incita o uso de drogas.


Dope

Você pode verificar as principais informações e curiosidades sobre a canção na Terceira Parte do nosso
#10AnosdeARTPOP - Parte 03: Singles e Videoclipes


Gypsy


”Gypsy” foi escrita e produzida por Lady Gaga e Madeon, com composições adicionais de RedOne e White Shadow em 2012/2013.

Com influências do europop e eletropop, a música se destaca por trazer um estilo dos anos 80 do rock clássico e do house, com instrumentação de piano e guitarra em maior destaques.

Em uma entrevista para a rádio francesa Hit West, Madeon relembrou como foi o início do processo de criação de ”Gypsy”.

No dia 22 de setembro de 2012 ele tinha ido ver Gaga se apresentar com a ”Born This Way Ball Tour” no Stade de France em Paris. Após a apresentação, a cantora levou Madeon para o seu quarto de hotel para conversar a respeito de ideias e materias dos quais ela estava produzindo para ”ARTPOP”. Ele então mostrou alguns pequenos acordes (que vinha trabalhando há algum tempo no piano) para nossa Mother Monster. Ela imediatamente começou a cantar a melodia principal de ”Gypsy” que havia rascunhado, e então a conversa fluiu em uma pré-produção, levando-os a escrever uma nova demo naquela mesma noite. O produtor, que estava com seu computador pessoal, gravou as ideias desenvolvidas com Gaga para não esquecê-las.

A gravação acabou sendo vazada em 2017, com as primeiras letras e ideias de ”Gypsy”. Ouça:


Já para a MTV News, Madeon contou que nunca tinha escutado a faixa original, criada por RedOne antes daquela noite. Ele apenas começou a tocar novos acordes e começaram a escrever uma nova música baseada no que já tinha sido pré-estruturado.

Depois disso, a música passou por várias mudanças como de costume até a versão final do álbum em Los Angeles. Não se sabe muito sobre a primeira versão feita com RedOne, apenas que foi feita virtualmente porque eles não puderam reservar tempo de estúdio juntos.

Em 2020, White Shadow falou sobre Madeon e sobre a faixa para o E! On-line:

”Madeon estava principalmente no comando dessa faixa. Quando estávamos fazendo algumas dessas coisas, foi um esforço de equipe muito, muito genuíno. Então era como se você fizesse algo em algum lugar, o Madeon entrava e começava a pegar e correr com ele. Eu, Nick e Dino, nós meio que nos separamos e trabalhamos em coisas diferentes em momentos diferentes. Foi um verdadeiro esforço do esquadrão.”


Lady Gaga citou a música pela primeira vez em 20 de outubro de 2012, em uma publicação em suas redes sociais.


Em janeiro de 2013 ela voltou a citar a canção em suas redes sociais.

”Fiquei acordada a noite toda com os meninos no estúdio. Inspirada. @madeon acabou de ingressar na gypsy life também. Esta vai ser a melhor etapa até agora!”


A confirmação do título da música aconteceu durante uma entrevista concedida pela cantora por telefone para a Fun Radio de Paris no dia 26 de agosto de 2013.

”Nós [Madeon e ela] trabalhamos juntos em algumas músicas incríveis, uma música em particular que eu amo tanto que fizemos se chama Gypsy, que também trabalhamos com RedOne, mas não posso falar muita coisa [risos].”


”Gypsy” foi descrita por Gaga como a música mais pessoal de ”ARTPOP”, se tratando de viajar pelo mundo e a solidão associada a isso, mas também fala sobre os Little Monsters, como sendo as pessoas de quem a cantora se sente mais próxima.

Lady Gaga falou sobre a criação e o significado da música nos comentários faixa a faixa de "ARTPOP" para a Sirius XM.

”Comecei a escrever ‘Gypsy’ com RedOne e depois terminei com DJ White Shadow e Madeon, e eu, obviamente, e terminamos a produção juntos. Eu fiz muitas partes de guitarra nessa música, foi meio que minha principal paixão neste álbum, estava conseguindo algumas partes acústicas realmente emocionantes, e meu amigo Tim, ele toca guitarra, ele é tão talentoso. E essa música é sobre, você sabe, viajar pelo mundo e, às vezes, me sentir muito, muito sozinha, mas ficar bem em ficar sozinha porque tenho meus fãs e porque, quando chego a esses países diferentes todos os dias: eles são minha casa, apenas por um dia. E esse álbum é sobre se apaixonar, mas também é sobre o que eu acho que é a chave para permanecer apaixonada, e isso não é tentar impedir a outra pessoa de seguir sua própria jornada, não tentar impedi-la de ser quem ela é, ou tentar mudá-la. Esse é realmente o novo sucesso na minha vida amorosa.”


Durante a "artRAVE: The ARTPOP Ball”, antes de apresentar ”Gypsy”, a cantora contou que encontrar o amor verdadeiro serviu de inspiração inicial para a música.

Ela revelou que escreveu sobre um cara que ela conheceu em San Diego. Este cara era Taylor Kinney, na época o atual namorado de Gaga. Ela seguiu a história contando que estava muito sozinha na época e esse cara que ela conheceu numa noite em San Diego a apresentou a todos os seus amigos. Era algo que seu ex nunca faria. Ele a levou na garupa de sua motocicleta e foi para Mission Beach, onde disse a ela que queria ver o mundo com ela e que eles fizeram amor o dia todo. A letra de ”Gypsy” é sobre a conversa que tiveram naquela noite.

Gaga e Taylor se conheceram em 2011 e chegaram a trabalhar juntos durante as gravações do videoclipe de ”Yoü and I”. O relacionamento acabou chegando ao fim em julho de 2016.


Após as apresentações das canções inéditas durante o iTunes Festival 2013 em setembro, e a revelação da tarcklist no dia 09 de outubro, uma festa de audição exclusiva no famoso clube Berghain em Berlim foi marcada para o dia 24 de outubro de 2013.

Antes de participar do evento, Lady Gaga escreveu em seu Twitter:

”2 dias até a festa de audição AMPYA ARTPOP na Alemanha, apresentarei a estreia mundial de 'Gypsy' ao piano! Transmita esta noite para todo o mundo!”


Lady Gaga então apresentou ”Gypsy” pela primeira vez em uma versão acústica de seis minutos.

”Escrevi essa música enquanto viajava pelo mundo... dizem que um 'cigano não tem casa'. Mas eu tenho um lar. Tenho um lar com vocês sempre.”


Devido a algumas declarações da cantora, muitos acharam que a música seria uma balada, até o lançamento de ”ARTPOP” em 11 de novembro.

Fã: QUAIS SÃO AS BALADAS DO ÁLBUM E POR QUÊ?”

Gaga: dope, gypsy é uma balada/música eletrônica. Mas tem muito hard funky midtempo + uma explosão de batidas de space rock eletrônica”


Um fato curioso sobre a música é que durante um bate-papo no LittleMonsters.com, no dia 29 de outubro de 2012, gaga revelou que existiam 2 músicas no ”ARTPOP” que haviam sido inspiradas no “conflito indonésio”.

"eu amo os monstrinhos da Indonésia, eles inspiraram algumas músicas no artpop ARTPOP
bem, eu fiquei bastante inspirada com o conflito que tivemos com a Indonésia
então eu escrevi algumas músicas sobre isso mas elas são mais metafóricas conceituais
sobre unir as pessoas
as duas músicas são dance
[...]
uma das canções é uma obra-prima da música 'complextro'
a outra é uma junção de hip-hop/j-pop/pop
não é hip-hop do jeito que vocês conhecem é mais underground, um club trap gay de Chicago
bem diferente da Azealia
o estilo dela é mais house dos anos 90
mas todas as músicas são completamente diferentes
[...]


Desde a confirmação da realização de um concerto da cantora em Jacarta em 3 de junho de 2012, muitos protestos ocorreram. A partir de então, diversos sites especularam sobre a real possibilidade da realização do espetáculo, já que o país possui a maior população muçulmana do mundo.

Protestos enormes estavam sendo realizados contra a cantora e o show (que já possuía aproximadamente 50 mil ingressos vendidos com o estádio praticamente lotado) por parte de grupos islâmicos ultraconservadores locais. Após alguns dias, Gaga se pronunciou em seu Twitter, afirmando que havia dois problemas em relação a esta apresentação: as ordens de censura das autoridades locais e os protestos.

"A situação em Jacarta é dobrada: as autoridades Indonésias exigem que eu censure o show e extremistas religiosos separadamente ameaçam com violência."


Também afirmou pelo mesmo meio que caso a apresentação realmente ocorresse, seus dançarinos e banda não se apresentariam junto.

”Eu amo monstros indonésios, eles inspiraram algumas músicas no ARTPOP. Bem, fiquei realmente inspirado pelo conflito que tivemos com a Indonésia. Então, eu escrevi algumas músicas sobre isso, mas elas são mais metafóricas e conceituais sobre unir as pessoas. Ambas são músicas dançantes: uma música é uma obra-prima complexa e a outra é uma música hip-hop/j-pop/pop. E não é hip-hop do jeito que você conhece, é mais uma armadilha de clube gay underground de chicago e é muito diferente da música de Azealia Banks porque ela é mais house dos anos 90.”

As canções seriam ”Gypsy” (”Someday in Jakarta”) e ”Partynauseous” (”We're currently set from the East. I'm from Jakarta-a-a.”)


Após o lançamento de ”Do What U Want” como segundo single, assim como o tão esperado lançamento de ”ARTPOP” em novembro, os Little Monsters aguardavam ansiosos o clipe da canção, assim como o vídeo de ”Venus” e os próximos singles que seriam trabalhados.

Apesar das expectativas, uma grande movimentação parecia ocorrer nos bastidores. Além de algumas cópias do álbum terem sido vendidas com uma etiqueta dizendo que o álbum trazia ”Applause” e ”Gypsy”*, em janeiro de 2014, a canção foi incluída em uma playlist da Insterscope na plataforma Soundcloud com novas canções que estavam sendo enviadas para as rádios dos Estados Unidos. Isso fez com que o rumores de que a canção seria o terceiro single oficial de ”ARTPOP” tomaram conta da internet.

Apesar disso, nenhum anúncio oficial foi feito até o dia 14 de março, quando a cantora postou em suas redes sociais falando sobre o próximo single e um novo videoclipe, após sua participação no KeyNote com John Norris.

A cantora então participou do programa The Today Show no dia 21 de março de 2014, onde ela confirmou ”G.U.Y. como 3º single de ”ARTPOP”.


Um videoclipe para ”Gypsy” contendo diversas imagens da ”artRAVE: The ARTPOP Ball” chegou a ser produzido por Alex Dolan, namorado de Natali Germanotta, que trabalhou para Gaga durante a turnê. O vídeo nunca foi lançado oficialmente, sendo publicado apenas no canal de Alex.


Em 2017, algumas demos da canção vazaram na internet. Uma delas, chamada de (Demo 1), contém uma estrutura instrumental parecida com a versão final, porém com diversas partes da letra diferentes como na introdução e na ponte final. Essa versão contem uma parte que cita Mission Beach, local onde foi noticiado que Gaga conheceu de fato Taylor Kinney.

”But then we, we kissed all night at his Mission Beach party.”


Uma outra versão chamada de (Pro Tools Mix) também chegou à internet com algumas pequenas diferenças da versão final, sendo essas nas entonações, algumas notas e pequenas partes da letra.


Um Concept Instrumental, parecido com a (Demo 1) também foi vazado, assim como os stems da versão final.


”Gypsy” recebeu críticas positivas dos críticos musicais, que elogiaram a composição, a simplicidade da produção, sendo umas das favoritas de todo o ”ARTPOP” pela grande maioria. Apesar disso, a canção foi destaque em alguns charts estreando ma 37ª posição na Coreia do Sul, no Gaon International Digital Chart e na 26ª posição no US Pop Digital Songs da Billboard.


Applause

Você pode verificar as principais informações e curiosidades sobre a canção na Terceira Parte do nosso
#10AnosdeARTPOP - Parte 03: Singles e Videoclipes


Cada canção de ”ARTPOP” trouxe um pouco da vivência, das dores e dos encantos de Lady Gaga. Como ela mesmo disse, ouvir o álbum é como “uma jornada pop psicodélica, uma viagem de álbum que representa meu amor pela música pop enquanto explode e ultrapassa seus limites 'artificiais'”. E assim foi.

Em cada música há um estilo, um casamento de ritmos e sonoridades que criam novas perspectivas. Infelizmente a maior parte disso foi incompreendida na época, mas sua grandeza nunca esteve escondida e merece ser celebrado como uma verdadeira obra de arte.


Fiquem ligados pois na próxima parte abordaremos um dos pontos mais falados de toda a Era e que é esperado por muitos Little Monsters até hoje: o ”Act II” e as unreleaseds de ”ARTPOP”. Não percam!!!

Relembre as partes anteriores do nosso especial:

ESPECIAL #10AnosdeARTPOP:
- Parte 01: O Início de uma nova Era

ESPECIAL #10AnosdeARTPOP:
- Parte 02: Criação, Produção e Lançamento

ESPECIAL #10AnosdeARTPOP:
- Parte 03: Singles e Videoclipes

ESPECIAL #10AnosdeARTPOP:
- Parte 04: Músicas



Acompanhe todas as novidades sobre a Lady Gaga em nossas redes sociais: Facebook, Twitter e Instagram.

- As informações citadas foram retiradas no fórum Gagapedia / Acervo pessoal.

Tradução por Bruno, DavidLuis198, Deborah Sant' Anna, Klara Gomes e Laíza Coelho