Uma das partes mais aguardadas pelos fãs após o lançamento de um trabalho de Lady Gaga são as escolhas dos singles.

Em ”Born This Way”, a expectativa foi grande, pois o álbum apresentou em sua versão especial 17 faixas, sendo algumas delas lançadas antes de sua estreia.

A grande pergunta era: o que viria a seguir?

Todos já tinham suas favoritas e aguardavam ansiosos para o terceiro single. O que todos não esperavam eram desempenhos surpreendentes em algumas canções, e até mesmo divergências de escolha entre nossa Mother Monster e a gravadora (algo que já havia ocorrido em ”The Fame Monster”).

Hoje, em nossa segunda parte da contagem regressiva especial para o aniversário de ”Born This Way”, vamos relembrar o lançamento de todos os singles e seus videoclipes, com curiosidades, informações e até mesmo um lançamento surpresa que ocorreu durante a era.

"Just put your Paws Up, cause you are Born This Way baby..."


SINGLES E VIDEOCLIPES:

Em sua divulgação de 2 anos, “Born This Way” teve um total de 7 singles, sendo estes comerciais e promocionais.


“Born This Way”


O SINGLE:

Lançada oficialmente no dia 11 de fevereiro de 2011, o single ”Born This Way” marcou o início da Era. Considerada como um hino de aceitação e liberdade, principalmente no meio LGBTQIA+, a canção se tornou a 20ª a estrear em primeiro lugar, e também é a milésima canção a chegar ao primeiro lugar na Billboard Hot 100 dos Estados Unidos, marcando a história da Billboard.

A canção foi escrita enquanto Gaga estava em Manchester, durante a “Monster Ball Tour” em 2010 contando ainda com a participação de Jeppe Laursen na composição, e produzida pelo DJ White Shadow e Fernando Garibay.

Uma versão demo chegou a internet levando o nome remix junto a sua descrição devido as batidas diferentes, porém sua letra e construção carregam o início da montagem da música. As letras diferentes em diversos pontos, além da troca de ordem mostram como a música era em seu processo de criação.


Após cantar um pequeno trecho da canção durante o Mtv Video Music Awards em setembro de 2010, a espera pelo lançamento e anúncio oficial tomou conta das redes sociais levando os Little Monsters a loucura.

"Nunca pensei que pediria a Cher para segurar minha bolsa de carne. Muito obrigada. Eu estava tão nervosa esta noite, se decepcionaria meus fãs. Eu os amo muito. Obrigado a minha família, e a Troy, Vince e Jimmy Iovine. Eu prometi que se ganhasse hoje à noite, anunciaria o nome do meu novo álbum. Se chama 'Born This Way'".


O cantor e compadre de Gaga, Elton John descreveu a música em entrevista à revista Entertainment Weekly como um hino gay:

“Eu a amo, e amo a sua capacidade de escrever. Existe possibilidade para eu fazer uma música com ela, mas ela está tão ocupada e eu também. Nunca conseguimos ficar juntos! [...] A nova música dela é incrível! 'Born This Way', que também é o título do álbum, vai fazer todos esquecerem de 'I Will Survive', da Gloria Gaynor. Será o novo hino gay, mas poderá ser aplicado como trilha de qualquer pessoa!”.


Em uma entrevista para a renomada revista de moda Vogue em março de 2011, a cantora contou como foi o processo de composição da música e sua relação com a mesma:

"Eu escrevi em dez minutos e é uma música com uma mensagem completamente mágica. E depois que eu escrevi, os portões simplesmente se abriram e as músicas continuaram chegando. Foi como uma concepção imaculada. [...] Quando comecei a escrever, era para ser uma música sobre revolução, liberdade e falta de preconceito. E quando comecei a criar os visuais para ela, pensei muito sobre meus fãs e de muitas maneiras, foram os ‘monsters’ que criaram as imagens."


A partir daí a cantora desenvolveu por completo o conceito não só da música como de todo o disco. Em apenas dois anos de carreira sua relação com os fãs havia se firmado de uma forma inexplicável. Diversos relatos, cartas e histórias que a mesma ouvia durante a “Monster Ball Tour” foram alguns dos fatores principais para conceber o single e o disco.

Em 8 de fevereiro de 2011, Gaga postou em seu Twitter a frase "Trois Jours" (do francês “Três Dias”) junto com uma foto oficial da capa do single.

A capa revelava uma foto em preto e branco de Gaga com os cabelos esvoaçantes, delineador preto e bem grosso em volta dos olhos e batom vermelho escuro. Mas o que mais chamou a atenção foram as próteses em seu rosto e ombros. O conceito por trás das deformações era diretamente ligado a letra da música, destacando que as pessoas discriminam e excluem certos grupos apenas por serem diferentes.

Gaga comentou em diversas entrevistas, tanto ao vivo como para grandes revistas, que estes chifres sempre fizeram parte dela, são seus ossos, e aparecem quando ela está inspirada.

As próteses foram criadas pela empresa Millennium FX, especializada em maquiagens e efeitos especiais, trabalhando com a ”Haus Of Gaga” durante grande parte da Era.


Em 27 de janeiro de 2011, após os Littles Monsters terem levantado a hashtag “#bornthiswaylyrics” no Twitter, a artista divulgou a letra completa em sua rede social.


Programada para ser lançada inicialmente em 13 de fevereiro durante sua apresentação na 53ª edição do Grammy Awards, a canção acabou sendo lançada dois dias antes, em 11 de fevereiro, mesmo dia em que se completava um ano da morte do famoso estilista e amigo da cantora, Alexander McQueen.

Não consigo mais esperar, o single sairá na sexta.


Durante seu discurso no Grammy Awards, enquanto recebia o prêmio de "Melhor Álbum Vocal Pop", Gaga afirmou que quando escreveu ”Born This Way” ela imaginou a cantora Whitney Houston:

"P*ta merda! Muito obrigada, do fundo do meu coração, a todos os meus fãs, a todos os 'monsters' assistindo. Obrigado ao meu pai, minha mãe, minha linda irmã Natali. Eu te amo. A Vincent e Troy por me apoiarem, por ser o melhor empresário e o parceiro A&R mais incrível que uma garota poderia ter. Obrigada Jimmy Iovine. Muito obrigada a Doug Maurice e Lucius. Obrigada a toda a equipe da Interscope. Eu tive esse sonho, quando eu era muito jovem, que eu poderia ser quem eu quisesse, e não importa o que eu visse para mim, eu faria isso, não importa quem não acreditasse em mim. Muito obrigada. E obrigada, eu preciso dizer obrigada esta noite para Whitney Houston. Eu queria agradecer a Whitney porque quando escrevi 'Born This Way', imaginei que ela estava cantando porque eu não estava segura o suficiente em mim mesma para imaginar que era uma superstar. Então Whitney, eu imaginei que você estava cantando 'Born This Way' quando eu escrevi. Obrigada."


Meses depois, uma declaração polêmica envolvendo McQueen causou um certo alvoroço na mídia. Em entrevista para a Harper's Bazaar em maio de 2011, Gaga disse que sentiu o espírito do estilista durante a composição do single:

"Acho que ele planejou tudo: Depois que ele morreu, eu escrevi 'Born This Way.' Acho que ele está lá no céu com cordas fashion em suas mãos, manipulando e planejando tudo isso. Quando ouvi a música, eu sabia que ele havia planejado tudo. Eu nem escrevi a música. Ele que escreveu!"


Um conjunto físico completo reunindo o single, alguns remixes e a letra foi lançado nos Estados Unidos.


Lady Gaga sempre descreveu a letra de "Born This Way" como uma canção de diversos significados. Em entrevista para o On The Record with Fuse em 2011, a cantora falou um pouco sobre as faces da música:

Justiça social é uma das coisas mais primordiais que eu penso diariamente. E pensando agora que eu tenho essa voz o que é que eu quero dizer. [...] Eu acredito que a comunidade LGBT nasceu assim. Não acredito que seja uma escolha. Não acho que aqueles da comunidade devem ser tratados com menos valor pelo governo ou religião. Estes são problemas que eu absolutamente ataco com Born This Way, e com esta música em particular.

Mas, o mais importante ainda é que o que eu gostaria de desafiar a todos a pensarem com uma música como Born This Way é que não é apenas sobre a comunidade LGBT, é sobre todos. E nós não precisamos criar divisões quando se trata de justiça social. Vamos, todos, nos unir. Vamos lutar por igualdade. Igualdade não pode ser alcançada se for lutado de forma diversa. Born This Way é sobre isso.


Em um vídeo publicado pela cantora foi possível saber um pouco mais sobre a mensagem que a mesma quis transmitir em sua música:

"Born This Way, de muitas maneiras, é sobre como vemos o futuro. Neste momento, estamos num momento à deriva. Não temos certeza para onde devemos ir ou o que devemos entender ou replicar ou imitar, então estamos à deriva no espaço em direção à luz e Born This Way nos diz que a luz está dentro de nós e para seguir a si mesmo.

Born This Way, quando eu comecei a escrever era para ser uma música sobre revolução e liberdade e falta de preconceito e quando eu comecei a criar os visuais para ela eu pensei muito sobre meus fãs e de muitas maneiras são os monsters que criaram o imaginário e isso é porque eles são uma raça em sua própria maneira em seu próprio ser eles são raça dentro da raça da humanidade. Meus fãs não têm preconceito, eles celebram a todos, eles celebram a vida e eu pensei que este mundo que criamos juntos na Monster Ball deveria se tornar universal, deveria expandir e os monsters deveriam dominar o mundo."


Com ótimos desempenhos nas paradas musicais, a canção foi recebida de forma bastante positiva pela crítica, porém algumas avaliações e comparações começaram a surgir. Uma delas foi a comparação de "Born This Way" com a canção "Express Yourself" da cantora Madonna, lançada em 1989, que acabou gerando uma grande rivalidades entre as fã bases durante um bom tempo. Madonna chegou a realizar um mashup em sua turnê a "MDNA Tour" mesclando as duas canções, o que gerou a ira de muitos Little Monsters e admiradores de Gaga.

Em uma entrevista ao programa Fantástico, Madonna disse, em um tom provocativo, que ficou feliz por "ter ajudado Gaga a compor 'Born This Way'". Em resposta a isto, Gaga se pronunciou em um show na Nova Zelândia:

"Às vezes, as pessoas se sentem bem quando, você sabe, põem as outras para baixo ou fazem pouco delas, ou talvez zombam do seu trabalho e isso não me faz sentir bem de todo. Faz-me sentir como um ser humano horrível. Eu não quero nem responder porque é mais importante para mim continuar a escrever música. Porque é sobre isso que realmente me importo, é a música."

Felizmente a rivalidade feminina criada a volta da situação teve fim com encontros bastante amigáveis e próximos das cantoras em alguns eventos como o MET Gala 2016 e os bastidores do Oscar 2019.


Além de críticas e comparações, "Born This Way" recebeu alguns boicotes em países conservadores. Comunidades asiáticas e latino-americanas, incluindo os grupos latinos MECha e Chicanos Unidos Arizona, alegando que o uso dos termos "chola" e "oriental" para descrever essas comunidades são ofensivos e pejorativos.

Em resposta à letra, Robert Paul Reyes, do Newsblaze.com, afirmou que enquanto concordava com as letras "pró-homossexuais", questionou a utilização do termo "chola". As estações de rádio da Malásia escolheram censurar a parte da letra que falava sobre a aceitação da comunidade LGBTQIA+, devido à preocupações com a proibição do governo sobre o conteúdo considerado ofensivo. Segundo o Aceshowbiz.com, o trecho "No matter gay, straight or bi, lesbian, transgender life" foi cortado da música por violar a lei que proíbe promover a homossexualidade no país.

Recentemente, a The Atlantic Magazine enalteceu "Born This Way" como sendo "o hino de Lady Gaga que antecipou uma década de guerras culturais".

Apesar das controvérsias, a canção nunca perdeu e nunca perderá sua grandiosidade e valor. Seu impacto atingiu diversas gerações ao longo desses 10 anos, libertando, encorajando e elevando corações de pessoas que nunca se sentiram amadas ou aceitas por serem quem são. A canção chegou a ser um dos motivos da taxa de suicídios nos Estados Unidos ter reduzido significativamente durante um longo período.


O VIDEOCLIPE


Gaga deu início as gravações do videoclipe de "Born This Way" no dia 22 de janeiro, tendo duração de apenas dois dias.

O vídeo teve como inspiração os grandes artistas Salvador Dali e Francis Bacon retratando o nascimento de uma nova raça dentro da humanidade, sem preconceitos e sem julgamentos que luta pela união e liberdade.

A direção do vídeo ficou por conta do fotógrafo de moda e diretor britânico Nick Knight, responsável pelas fotos do álbum e também por trabalhos anteriores da cantora como as interludes da “Monster Ball Tour”. A direção foi compartilhada com produção junto à Haus of Gaga tendo Nicola Formichetti como diretor de moda, Laurieann Gibson como coreógrafa e Eduard Grau na direção de fotografia.


A HISTÓRIA

G.O.A.T.:

O videoclipe começa com uma breve cena da silhueta de um unicórnio emoldurado por um triângulo rosa invertido. Esse triângulo tem como simbolismo os direitos dos gays.

Curiosidades:

- Na Alemanha nazista todos os prisioneiros dos campos de concentração tinham que usar uma espécie de broche ou distintivo em suas jaquetas, dividindo-os em categorias. Homossexuais tiveram que usar o triângulo rosa sendo inclusos na mesma categoria que agressores sexuais.


O triângulo muda para a cena de Lady Gaga sentada em um trono flutuando no espaço, rodeado de estrelas em G.O.A.T. (Government Owned Alien Territory ou Território Alienígena Comandado pelo Governo). Nessas cenas Gaga possui duas faces, sendo a segunda na parte de trás de sua cabeça. Sua posição sentada ao trono revela segundos depois o formato de um útero que aparece no vídeo composto por diversas estrelas. Ela então começa a dar à luz a uma nova raça.

Curiosidades:

- Durante toda a introdução do clipe a música “Prelude” do filme Vertigo (1958), de Alfred Hitchcock fornece o clima necessário para Gaga discursar o “Manifesto of Mother Monster” que faz referência ao “Manifesto of Little Monsters” declamado em uma das interludes da “Monster Ball Tour”, a “Monster Film”.


The Birth of Evil:

Dando continuidade ao manifesto, a Mother Monster explica que, no mesmo dia em que a nova raça surgiu, o mal também nasceu.

Como consequência desse nascimento, nossa Mother Monster é dividida em duas, sendo separada entre bem e mal. Sua forma maligna está sentada em um trono negro, e da à luz a uma metralhadora que começa a disparar para todas as direções. O manifesto termina com um questionamento: "Como posso proteger algo tão perfeito sem o mal?"

"This is the manifesto of Mother Monster // On G.O.A.T. // A Government Owned Alien Territory in space // A birth of magnificent and magical proportions took place // But the birth was not finite // It was infinite // As the wombs numbered // And the mitosis of the future began //It was perceived that this infamous moment in life is not temporal // It is eternal //And thus began the beginning of the new race //A race within the race of humanity // A race which bears no prejudice //No judgment //But boundless freedom //But on that same day //As the eternal mother hovered in the multiverse // Another more terrifying birth took place //The birth of evil // And as she herself split into two // Rotating in agony between two ultimate forces // The pendulum of choice began its dance // It seems easy, you imagine // To gravitate instantly and unwaveringly towards good // But she wondered // 'How can I protect something so perfect without evil?'"

"Este é o manifesto da Mother Monster // Em G.O.A.T. // Um Território Alienígena Comandado pelo Governo no espaço // Um nascimento de proporções magníficas e mágicas aconteceu // Mas o nascimento não era finito // Era infinito // Enquanto os úteros se enumeravam // E a mitose do futuro começou // Percebeu-se que esse momento infame da vida não era temporal // Era eterno // E assim começou o início de uma nova raça // Uma raça dentro da raça humana // Uma raça sem preconceito // Sem julgamento / / Mas com liberdade sem limites // Mas naquele mesmo dia // Enquanto a mãe eterna pairava no multiverso // Outro nascimento mais aterrador ocorreu // O nascimento do mal // E como ela mesma se dividiu em duas // Girando em agonia entre duas forças finais // O pêndulo da escolha iniciou sua dança // Parece fácil, você imagina // Gravitar inabalável e instantaneamente em direção ao bem // Mas ela se perguntou // 'Como posso proteger algo tão perfeito sem o mal?'"


A Nova Raça:

Após o fim do manifesto, a canção começa com os dançarinos posicionados no chão e Gaga passando entre eles. Uma das caraterísticas que marcou a era foram as próteses utilizadas pela cantora no rosto e nos ombros simbolizando as “diferenças” que as pessoas preconceituosas apontam na comunidade LGBTQ+ e em grupos étnico/raciais. As cenas se alternam entre muita coreografia e Gaga cantando em seu trono no espaço.


Os Zumbis:

Na segunda parte do vídeo, após o primeiro refrão, vemos Gaga acompanhada do modelo canadense Rick Genest, que faleceu em agosto de 2018 e era conhecido como Zombie Boy devido as suas tatuagens que cobriam todo o seu corpo, incluindo seu rosto.

Ambos utilizam smokings pretos e Gaga também tem seu rosto coberto com uma pintura de caveira. Os cortes seguem com Gaga dançando loucamente enquanto seu companheiro permanece imóvel e inexpressivo.


A Fábrica:

Uma cena interessante acontece durante o segundo refrão. Gaga está em uma espécie de sala de espelhos e sua cabeça está encaixada em uma prateleira de vidro. Enquanto ela canta, é possível observar diversas cabeças colocadas ao seu lado, apresentando uma grande semelhança com a cantora.

Curiosidades:

- Essas mesmas cabeças, além de serem as mesmas as quais a cantora "da a luz" no vídeo, estiveram presentes na primeira apresentação da canção no Grammy Awards 2011 e também foram inspiração para a gigantesca criação animatrônica e personagem Mother G.O.A.T., apresentada pela primeira vez na "Born This Way Ball Tour".


Um Novo Mundo:

Nas cenas finais, a silhueta de Gaga aparece e o destaque vai para suas luvas brancas e brilhantes enquanto ela caminha e dança em um beco pouco iluminado (uma clara homenagem ao clipe do Rei do Pop Michael Jackson, "The Way You Make Me Feel").

Em um close, Gaga revela seu rosto totalmente diferente, com as próteses na testa e saindo do rosto, olhos brilhantes, cabelos em um corte desigual e uma pequena fenda entre os dentes da frente, fazendo referência a cantora Madonna. Uma lágrima escorre em seu rosto em uma expressão cheia de emoção.

O triângulo rosa novamente aparece, porém agora posicionado de forma correta representando a luta contínua da comunidade LGBTQ+. Dentro dele é possível ver a silhueta da Mother Monster sentada em um unicórnio. Uma cidade é vista ao fundo e um arco-íris é formado acima dos dois.

O clipe se encerra com a imagem da Zombie Gaga em um close mascando chiclete e fazendo uma bolha, que estoura.

Curiosidades:

- No set de gravações, Gaga teve a curiosidade de perguntar a Rick o motivo de todas as suas tatuagens. Em resposta, ele explicou que quando mais novo mascava chiclete o tempo todo e sempre pegava as tatuagens falsas que vinham nas embalagens e as colavam por todo o corpo. Ele acabou gostando de sua aparência na infância com todas aquelas tatuagens, e por isso decidiu tatuar o corpo inteiro. Essa é a razão pela qual há chiclete no vídeo.


Assista ao videoclipe:

Em janeiro de 2011, Gaga havia revelado planos de uma segunda versão do videoclipe. O vídeo usaria uma versão mais simplificada da música e seria lançado no iTunes após a estreia do primeiro vídeo. O dinheiro arrecadado com os downloads seria destinado à caridade porém nunca foi lançado. Os rumores foram confirmados em 31 de maio de 2012 quando Nick Knight, através do Tumblr do SHOWstudio, divulgou fotos e um gif com uma cena de 15 segundos que foi cortada do clipe. No mês seguinte, um vídeo contendo apenas imagens foi divulgado. O motivo da publicação foi uma forma de agradecimento aos Little Monsters pelo apoio contínuo ao site.

Confira abaixo:


Na semana passada, no dia 4 de maio de 2021, um vídeo contendo cenas inéditas dos bastidores do photoshoot promocional do álbum além algumas cenas do videoclipe de "Born This Way" vazou na internet.

A ex maquiadora e amiga de Gaga, Tara Savelo compartilhou em seu Twitter alguns detalhes sobre o vazamento deste vídeo. Ela negou que a filmagem seja uma versão alternativa do videoclipe, pois a mesma foi dirigida por LaurieAnn Gibson, ex coreógrafa da cantora. A versão vazada foi uma edição realizada pela produção do vídeo sem pretensão de lançamento. Ainda de acordo com Tara quem quer que tenha lançado, o fez sem a aprovação de Gaga.


“Born This Way (Country Road Version)”
(Single Promocional)


O SINGLE:

Em 25 de março de 2011, Lady Gaga lançou uma versão alternativa de ”Born This Way”, chamada de "Country Road Version". Esta versão também foi lançada como um presente para seus fãs (quando ela se tornou a primeira pessoa no Twitter com 9 milhões de seguidores).

Em 5 de abril de 2011, a versão foi disponibilizada no iTunes como single promocional com capa oficial, onde uma parte dos lucros foi destinada a GLSEN, uma instituição americana voltada para a educação e inclusão de jovens LGBTQ+.


“Judas”


O SINGLE:

”Judas” foi o segundo single escolhido para a divulgação de ”Born This Way”

Produzida e escrita por Lady Gaga e RedOne, teve seu anúncio de lançamento realizado através do GAGAVISION Nº 41, lançado no dia 5 de abril de 2011, com um trecho dos ensaios da coreografia além de uma mensagem.

Confira o vídeo (o anúncio é feito a partir de 4 minutos e 53 segundos):

”'Judas' está vindo, que comece o batismo cultural."

"Se eles não fossem quem vocês os ensinaram a ser, você ainda acreditaria?"


Em uma entrevista para o programa americano Last Call with Carson Daly, Gaga explicou que a canção falava sobre apaixonar-se pelo homem errado muitas vezes e que "Judas" era "uma música muito obscura. É pretensiosa".

Para o MSN Canada, ela revelou as metáforas e o significado por trás da canção:

“'Judas' é uma metáfora e uma analogia sobre perdão, traição, as coisas que o assombram em sua vida e como eu acredito que é a escuridão de sua vida que finalmente brilha e ilumina a melhor luz que há sobre você. Uma vez, alguém me disse: 'Se você não têm sombras, você não está na luz'. A canção é sobre livrar-se dos lados bons e ruins, sobre compreender e perdoar os demônios do seu passado para poder avançar à grandeza do seu futuro. Eu gosto de metáforas realmente agressivas — difíceis, grossas, obscuras —, e meus fãs as compreendem. É uma metáfora muito desafiadora e agressiva, mas ainda é uma metáfora.”


A polêmica envolvendo o single só aumentou após o anúncio da data. O dia 19 de abril caía exatamente na terça-feira da Semana Santa de 2011. Isso gerou grande revolta em diversos grupos religiosos, que estava bastante irritados com os possíveis temas presentes em demais músicas do disco.

O primeiro single também já havia provocado um certo incomodo por sua força ao levantar bandeiras de orientações sexuais.

O presidente da Ligue Catholique (Liga Católica Francesa), William Anthony Donohue, deu fortes declarações sobre o tema da música. Em entrevista para o Hollywood Life, ele disse que a cantora estava "cada vez mais irrelevante" a comparando com outros artistas de "talento verdadeiro", e a atacou por ter escolhido a data de lançamento próxima da Semana Santa e Páscoa de forma proposital.

No dia 13 de abril, Gaga lançou o GAGAVISION Nº 42 e em um trecho que aparece no minuto 2:19 revelou que a capa do single havia sido feita por ela mesma.

“Eu mesma projetei a capa de Judas, no Word, e fotografei a imagem com meu celular em busca de uma textura.”

É possível ver a silhueta de Gaga na imagem, próxima à cruz.


Dois dias depois nossa Mother Monster antecipou o lançamento do single devido ao vazamento de trechos da canção, sendo então lançado oficialmente no dia 15 de abril. No GAGAVISION Nº 43 ela demonstrou sua infelicidade com os vazamentos, falando sobre a criação da música.

Confira a partir de 2 minutos e 48 segundos:

“Sonja estava prestes a ir dormir e daí... Eu recebi um e-mail, “Eei! ‘Judas’ está vazando em morte lenta."

"Foi lenta, eu estava, eu estava, simplesmente me mate. Só poste essa m**da. Não há necessidade. Eles estavam, tipo, me rasgando membro por membro. Primeiro foi tipo o braço da canção, e depois o fígado."

"Eu a escrevi muito rápido, quero dizer, todas as músicas do álbum, para ser completamente sincera. O processo criativo é de aproximadamente 15 minutos vomitando minhas ideias criativas, na forma de melodias, geralmente, ou progressões e melodias de acordes e algum tipo de ideia de letra para o tema. Tudo acontece em aproximadamente 15 minutos dessa gigantesca regurgitação de meus pensamentos e sentimentos. E então passo dias, semanas, meses, anos em sintonia fina. Mas a ideia é que você honre seu vômito. Você tem que honrar seu vômito. Você tem que honrar esses 15 minutos."


Durante sua participação no programa Howard Stern Show Gaga revelou que gravava trechos de canções em seu BlackBerry;. Dentre alguns áudios que ela mostrou ao vivo, estava uma pequena versão demo de ”Judas”.

Além dessa demo, um outro trecho veio parar na internet antes do lançamento. Esse pequeno trecho da parte após o segundo refrão da música, além da baixa qualidade do áudio, tem os vocais e uma leve alteração na forma como Gaga pronuncia as últimas palavras.


Lady Gaga chegou a ser acusada de plágio pela cantora Rebecca Francescatti, que abriu um processo contra Gaga e a Interscope por ter supostamente copiado a faixa "Juda", de seu disco "It's All About You". Em junho de 2014, o processo acabou sendo arquivado.


Outra forte comparação que surgiu na época foi com a canção "Invanding My Mind" da cantora Jennifer Lopez, presente no álbum "LOVE" (2011) e produzida por RedOne. O curioso é que a canção foi escrita pela própria Gaga para J-Lo.


"Judas" recebeu críticas positivas que elevarão a produção chegando a ser comparada com "Bad Romance".

Mesmo com as divergências culturais e religiosas o single atingiu a liderança da tabela da Coreia do Sul classificando-se nas dez melhores colocações de diversos países, como Austrália, Canadá, Irlanda, Japão, Reino Unido e Suíça. Nos Estados Unidos, atingiu a décima posição como melhor na Billboard Hot 100 e conseguiu chegar à liderança da Hot Dance Club Songs.


O VIDEOCLIPE


O videoclipe da canção teve sua estreia no dia 05 de maio, sendo dirigido pela própria Gaga e sua antiga diretora criativa e coreógrafa, Laurieann Gibson. Na época, muito se especulou que Francis Lawrence, diretor do vídeo de ”Bad Romance”, estaria produzindo o clipe, mas Gaga revelou em uma entrevista ao especial ”Musicians @ Google Presents: Google Goes Gaga”, em março daquele ano, que estaria à frente da produção.

As gravações ocorreram entre os dias 2 e 4 de abril nos estúdios da Universal, em Hollywood, e contou com mais de 40 pessoas no casting e produção, tendo Nicola Formichetti como diretor de moda, Amy Danger na direção de arte e os produtores Nicole Ehrlich e Steven Johnson. O vídeo também contou com a participação do ator e diretor Norman Reedus, conhecido por participar da série televisiva The Walking Dead.

Após o lançamento, Norman falou com a MTV sobre as gravações do clipe, sobre interpretar Judas e como foi ter trabalhado com Gaga:

"Eu gosto da parte do batom, porque isso foi meio que no último minuto, ela simplesmente pulou [e foi como], 'Eu tenho essa ótima ideia. Vou colocar o batom na sua frente e logo antes de beijar Jesus, vou puxar esta arma, puxar o gatilho, e então um batom [vai sair], e depois vou colocar em você como se estivesse permitindo o beijo!'. Ela olhou para mim como, 'Isso é legal?' E eu fico tipo, 'Top'. E nós fizemos. Gostei de como ela era tão espontânea."

"Chegamos lá no primeiro dia, e todos nós tivemos aulas de motocicleta [em um estacionamento e] um dos discípulos jogou sua moto contra o meio-fio, o que foi histérico. Então fizemos isso e daí eles fecharam parte da rodovia e policiais de verdade passavam por nós e saíam da estrada. Então, andamos em bando. Gaga não estava dirigindo a moto, mas ela estava andando na garupa... Estávamos correndo pela estrada e ela se levantou na parte de trás... e estava bem para atrás do assento se pendurando para trás e outras coisas, o que era um movimento periculosamente ousado; foi bastante intenso. Ela tinha todas essas jóias por toda parte e, de vez em quando, você podia ver atrás de sua motocicleta apenas um rastro de jóias caindo na estrada. Era meio mágico."

“Minha reação ao assistir? Eu estava animado por ver minha motocicleta nele, primeiramente, porque aquela é a moto que eu realmente conduzo, e achei que o vídeo estava muito bom, achei que [a co-diretora] Laurieann [Gibson] fez um ótimo trabalho e Gaga fez um ótimo trabalho, e eu sei que existe muito esforço posto nisso, e eu podia ver todo aquele trabalho na tela, então eu gostei.”

Assim como a canção, o vídeo foi recebido por grupos religiosos com grande repudio e até mesmo ataques e protestos contra a cantora. Apesar disso, Gaga reforçou que a mensagem presente na obra ia muito além do entendimento de pessoas que pregavam ódio através de suas religiões.


A HISTÓRIA

A Estrada:

O vídeo começa com uma gangue de motoqueiros indo em uma estrada, vestindo jaquetas de couro com caveiras. A gangue é composta pelos Doze Apóstolos que seguiam Jesus, incluindo Judas.

À frente, liderando a gangue, Maria Madalena (Gaga) se agarra em Jesus (Rick Gonzalez), que usa uma coroa dourada de espinhos. Entre os motoqueiros está Judas (Norman Reedus), que cruza a moto de Gaga enquanto ela o encara com um olhar subjetivo.

Curiosidades:

- As jaquetas dos Apóstolos foram utilizadas na segunda etapa da "Born This Way Ball", durante a canção "Hair", em Montreal.


A Chegada em Jerusalém:

O grupo então chega em um vilarejo antigo com detalhes que mesclam os tempos bíblicos aos atuais. Gaga se curva diante de Jesus e se junta a um grupo que começa a dançar e celebrar com ela.


Electric Chapel:

A gangue chega a uma festa com muita dança e bebida. Gaga Madalena então empurra Judas para o meio da festa, deixando mais uma vez algo subentendido na relação entre os dois.

Próximo a um bar com o letreiro ”Electric Chapel” ela dança com seus dançarinos, enquanto Judas beija garotas e causa tumulto e brigas, demostrando ser um cara problemático. Tentando proteger Jesus das brigas, Gaga tenta avisá-lo sobre a traição iminente de seu apóstolo, mas fica hipnotizada pela sedução de Judas.

Curiosidades:

- O cabelo de Lady Gaga é estilizado para ser semelhante a um chapéu usado no Vaticano nesta cena.

- O letreiro faz referência a uma das quatro canções com temas bíblicos do álbum ”Born This Way”.


O Mercado e o Show:

Após o segundo refrão, usando uma jaqueta azul com o "Sagrado Coração" (uma representação do que Jesus teria revelado como um símbolo de seu amor pela humanidade), Gaga Madalena aparece ao lado de Jesus e alguns Apóstolos em uma espécie de mercado, vendo diversas peças e utensílios.

No mercado, aconteceria um show de rock liderado por Jesus, com diversas bandas se apresentando, como uma espécie de festival.

Curiosidades:

- O tapinha nas costas de Pedro enquanto Gaga canta "Build a house or sink a dead body" faz referência a uma parte da bíblia quando Jesus disse: "Tu és Pedro e sobre esta rocha edificarei Minha Igreja".

- O trecho "Even after three times he betrays me" faz referência às 3 vezes em que Pedro nega Jesus: “Com certeza te asseguro que, ainda nesta noite, antes mesmo que o galo cante, três vezes tu me negarás”.


A Marca da Traição:

Após o segundo refrão, o clímax da história acontece assim como nas escrituras sagradas. Gaga surge vestida em um macacão de veludo preto com um manto vermelho, uma cruz pendurada no pescoço e uma arma dourada. Ela circula Jesus e enfrenta Judas pronta para executá-lo, porém não consegue atirar em seu coração e se rende. Da arma sai um batom vermelho do qual ela suja a boca de Judas, marcando assim sua traição.


Lava Pés e o Batismo Cultural:

Em um pequeno corte da música, os três protagonistas da história aparecem em uma banheira. Gaga Madalena lava os pés dos dois rapazes limpando-os com seus cabelos. As cenas são intercaladas com Gaga sozinha em uma rocha enquanto uma grande onda a envolve. Ela abre seus braços sendo levada pela água.

Curiosidades:

- Lava Pés é uma celebração representando o que fez Jesus na Última Ceia, lavando os pés de seus Apóstolos.

- O trecho também faz referência à uma mulher (muitos dizem ter sido Maria Madalena) que, com suas lágrimas, lavou os pés de Jesus e os secou com os cabelos (”I'll wash his feet with my hair if he needs”).

- As ondas na cena são uma representação do batismo na época de Jesus Cristo que era feito por imersão nas águas, assim como ocorre em algumas religiões atualmente.


O Beijo de Judas:

Jesus se põe de pé em um palco, no qual aconteceria seu show cercado por seus apoiadores e por diversos andaimes presentes em torno de edifícios recém-construídos. Gaga Madalena se ajoelha na frente de Jesus e tenta explicar algo mas ele apenas coloca a mão em sua cabeça. Judas então dá o fatídico beijo nas bochechas de Jesus, anunciando assim sua morte.

Gaga cai no chão com um grito silencioso e angustiado enquanto Jesus beija sua testa.

Curiosidades:

- O Beijo de Judas foi, de acordo como os evangelhos sinóticos, a forma que Judas Iscariotes identificou Jesus para os soldados que foram prendê-lo.


Que Atire a Primeira Pedra:

E para a surpresa de todos, o vídeo não termina nem com a morte de Jesus nem a de Judas, mas sim a de Gaga Madalena, em um vestido de noiva sendo apedrejada até a morte pela multidão.

Curiosidades:

- A cena faz clara referência ao apedrejamento que Maria Madalena quase sofreu ao ser exposta como prostituta e adúltera, sendo salva por Jesus, com a conhecida frase “Aquele que dentre vós está sem pecado, que lhe atire uma pedra”. Em algumas escrituras e estudos bíblicos, muitos afirmam que essa mulher não seria Maria Madalena.

*Gaga afirmou em uma entrevista o canal E! News que ela incluiu essa cena porque sabia que o público iria apedrejá-la por causa do vídeo, e também sendo uma metáfora sobre a Igreja não considerar Maria Madalena como uma apóstola.


Assista ao videoclipe:


“The Edge of Glory”


O SINGLE:

Logo após o lançamento de "Judas" como segundo single e o lançamento do álbum "Born This Way" se aproximando, Gaga e sua equipe conversavam sobre qual seria a próxima canção a levar o nome do disco para as divulgações.

Lançado oficialmente no dia 9 de maio de 2011, a canção foi posta inicialmente como single promocional, porém algumas semanas depois assumiu o posto de terceiro single do álbum depois de liderar as paradas de downloads em todo o mundo, chegando ao nº 3 na Billboard Hot 100.

Inspirada na morte de seu avô paterno, que faleceu em setembro de 2010, Gaga compôs a canção como uma forma de celebrar tudo que ele viveu até seus últimos momentos de vida.

DJ White Shadow, um dos produtores da faixa, revelou que antes de voltarem à Europa para as últimas apresentações da “Monster Ball Tour” no fim de 2010, Gaga tinha tirado um tempo de alguns dias para poder estar com o seu avô doente, que se encontrava já em estado terminal.

Após a morte dele a 24 de Setembro de 2010, a cantora disse a White Shadow que havia composto uma canção que abordava a morte do seu avô, detalhando minimamente o impacto que este acontecimento teve nela. A faixa então foi gravada no The Living Room Studios em Oslo, Noruega no fim de 2010 e teve processos de mixagem ate meados de abril de 2011.

Por volta da segunda semana de abril, Gaga se encontrou em Manhattan com Clarence Clemons, famoso produtor e membro proeminente da E Street Band, para finalizar "The Edge of Glory". O músico foi responsável pelo solo de sax da canção assim como outras duas faixas no disco: "Highway Unicorn (Road to Love)" e "Hair".

Em uma matéria publicada pela revista Rolling Stone em fevereiro de 2011, contendo uma entrevista com Clemons, foi possível ter detalhes do processo o processo:

"Antes de Clemons começar a trabalhar na música, ela [Gaga] explicou a letra para ele. 'Fazia muito sentido', diz ele. 'É uma história sobre crescer.' Ela deu a ele poucas instruções sobre como tocar a música. 'Ela disse - vamos colocar a música e você simplesmente toca', diz Clemons. 'Ela me disse - Toque com o coração. Toque o que você sentir.' Foi tudo muito puro.'"


Durante a transmissão do A Very Gaga Thanksgiving, um programa especial de Ação de Graças transmitido pela emissora ABC em Novembro de 2011, a cantora revelou que foi um momento específico compartilhado pelo seu avô e sua avó que providenciou a fonte de inspiração para "The Edge of Glory":

"Eles estavam casados há 60 anos, e a minha avó costumava me dizer que o meu avô dormia em um carro na rua apenas para que pudesse estar perto dela — eles são italianos e as regras dos seus pais eram muito rígidas então não havia maneira nenhuma do meu avô dormir na casa da minha avó quando ela era jovem. Quando vi ele dizer adeus a ela, percebi naquele momento que ambos reconheceram que haviam vencido na vida pois haviam vencido no amor um do outro."


Em entrevista ao Howard Stern Show, Gaga explicou que esta canção não era apenas sobre perder o seu avô, mas também sobre preocupações adicionais sobre a vida:

"Sim, é sobre o meu avô. E também é sobre... é também sobre saber, em seu coração, que você pode nunca alcançar este momento glorioso até que você morra. Então, viva a vida na beira, sabe, a meio caminho do céu e do inferno, e vamos todos dançar no meio, no purgatório."

Em entrevista para Oprah Winfrey, no programa Oprah’s Next Chapter, em março de 2012, a cantora falou sobre o processo de composição.

Oprah: Você fez The Edge of Glory nesse piano? Foi o que fiquei sabendo.

Gaga: Sim! Era eu aqui, meu pai estava sentado aqui, e tinha uma grande garrafa de tequila bem aqui. Meu avô estava nos seus últimos momentos de vida.

Cynthia: Foi na noite em que ele faleceu.

Oprah: Sério?

Gaga: Sim. Eu acho que meu pai e eu sabíamos que ele iria embora, e eu sabia que meu pai estava muito triste, eu pensei então, vamos... Meu pai sempre gostou de estar comigo enquanto eu crio música. Ele provavelmente é a pessoa que esteve perto de mim enquanto eu criava a maioria das minhas músicas. Ele sempre senta ali.

Oprah: Como a inspiração veio? Como a música veio?

Gaga: Eu comecei a tocar e disse para o meu pai, “Não fique triste, ele está à beira do momento mais glorioso da vida dele”. É quando você percebe que venceu, olhe o quanto ele venceu na vida. Ele teve o amor da minha vó, ele está à beira de um momento glorioso, então eu só comecei a escrever. A primeira frase foi: “There ain’t no reason you and me should be alone”. Eu pensei, ele não está sozinho, ele tem a todos nós. Meu pai e eu tomamos dose após dose e toda vez que eu acertava a letra ele falava: “É isso!”

Oprah: Quanto tempo levou para você compor? Você e seu pai aqui com doses de tequila.

Gaga: Cerca de 10 minutos.

Oprah: Meu Deus!

Gaga: Quando terminamos, eu e ele estávamos chorando, a garrafa estava na metade e eu disse: “A mamãe vai ter que dirigir, vamos”.


A capa de The Edge of Glory" tem certa semelhança com a de "Born This Way" devido as fotos petencerem da mesma sessão. Na capa do 3º single Gaga aparece com os cabelos esvoaçantes, olhos entreabertos, as mãos próximas ao rosto e a boca aberta. Seus lábios são a única parte da foto que possuem cor.

A música recebeu o mesmo tratamento por grupos conservadores, assim como os singles anteriores, por conter "violência forte e abundância linguagem imprópria".

A música foi banida pelo Ministro da Cultura da República Popular da China em 19 de Agosto de 2011 por "apresentar conteúdo banal e ser de mau gosto" e ainda por "encorajar a independência juvenil".

Todas as páginas de transmissão e venda de música do país receberam ordem para remover a canção do seu repertório até 15 de setembro de 2011, e as páginas que não o fizessem seriam levadas a tribunal pelas autoridades chinesas.

Apesar disso, o terceiro single foi a segunda canção mais vendida em lojas digitais, registando um acumulo de aproximadamente 266 mil cópias comercializadas. A música entrou na tabela oficial de canções na terceira posição e na tabela de canções mais reproduzidas nas estações de rádio na 54.ª colocação, com vinte milhões de reproduções nas principais estações de rádio norte-americanas.

Gaga tornou-se na primeira artista, desde a cantora Mariah Carey em 1993, a ter os seus dez singles de estreia a atingirem o pico dentro das dez melhores posições da tabela oficial de canções.


O VIDEOCLIPE:

Originalmente, o diretor Joseph Kahn, que já havia trabalhado com Gaga na direção dos clipes de ”Eh, Eh (Nothing Else I Can Say)” e ”LoveGame”, foi o escolhido para dirigir ”The Edge of Glory” em uma filmagem de três dias. Porém, após rumores de uma possível discussão com nossa Mother Monster, Kahn abandonou o trabalho dando lugar a equipe criativa da cantora, a ”Haus Of Gaga”.

A ex-coreógrafa da equipe, Laurieann Gibson, disse em seu Twitter na época que haviam ocorrido problemas no set e que o diretor não estava mais à frente do projeto. A gravadora da cantora, Interscope Records, imediatamente fez um comunicado de que Lady Gaga assumiria a direção do vídeo junto à sua equipe criativa.

Em agosto de 2017, durante um show da "Joanne World Tour", Gaga falou sobre a briga que teve com Kahn e o que levou ao desentendimento.

”Quando eu gravei o videoclipe dessa música, eu tive uma briga com o diretor porque eu não concordava com ele em... Filosofias reais sobre a vida, e nos desentendemos no set.

Eu disse, 'Me faça um favor e apenas aponte essa câmera para essa estúpida Nova Iorque, eu vou cantar cinco vezes e sair daqui. Porque tudo que você precisa é seu talento e essa rua, eu lhes prometo!’”, contou.

Com isso, as gravações foram zeradas, e retomadas com um conceito totalmente novo.

Após uma série de conversas com um fã no Twitter, Chancler Haynes, editor de set de Kahn, revelou alguns conceitos que seriam usados no vídeo, além de três fotos do cenário.

De acordo com Chancler, a sereia e o conceito que Gaga havia representado no programa Le Grand Journal, em 15 de junho de 2011, seria o tema principal do videoclipe, que contava ainda com cenários como uma sala de cirurgia, um corredor (aparentemente de uma clínica), uma espécie de estação de embarque e uma pista de dança com um aquário gigante.


Cenas da cantora na Brooklyn Bridge também estariam inclusas no vídeo segundo o editor.

O curioso é que cenas inéditas de Gaga na ponte e em alguns cortes com um visual totalmente diferente dublando a canção foram utilizadas no comercial do Google Chrome, "How Lady Gaga Keeps Intouch With Her Fans", reforçando ainda mais as ideias do conceito original de "The Edge of Glory".

Assista ao vídeo:

Mais tarde, nos foi apresentado conceitos parecidos de sereia e procedimentos cirúrgicos no clipe de ”Yoü and I”.


Em 27 de maio, o E! News teve acesso a chamada de elenco para o vídeo, com umas especificações bem interessantes.

"Especificamente, o aviso pede por um 'cara f*dão Porto Riquenho ou Dominicano' que 'deve estar disposto a beijar Lady Gaga... pensem num cara tipo o Enrique Iglesias'. Além do cara gostosão, a audição também busca 'Doutores da alta costura' que irão usar blusões e luvas pretas, adicionando 'algo estilo Dr. 90210'. Outros papeis incluem um 'repórter homem ou mulher' e um grupo de militares que irão segurar rifles M16".


O vídeo da música foi filmado nos dias 28 e 29 de maio, na Universal Studios Hollywood, e teve seu lançamento durante o programa So You Think You Can Dance, no dia 16 de junho de 2011. Atualmente, possui mais de 151.900.00 visualizações no YouTube.

A recepção dos Little Monsters para com o videoclipe dividiu opiniões. Foi o primeiro vídeo da cantora que fugiu de suas famosas “extravagâncias”, com ausência de dançarinos, coreografias elaboradas e um enredo semelhante aos conceitos apresentados nos seus antecessores "Born This Way" e ”Judas”.

Durante uma entrevista no documentário Inside the Outside, em 2011, Lady Gaga disse que sentia falta de Nova Iorque e que após os lançamentos dos dois projetos anteriores, ela se sentiu tão vazia que a única maneira de encontrar a cidade novamente seria "me ferrando toda e lambendo as ruas", o que ela literalmente fez na cena em que beija a calçada.


A HISTÓRIA

O vídeo começa com Lady Gaga vindo por trás de um prédio em uma esquina deserta. Em seguida a cantora surge da janela de um apartamento para as escadas de incêndio, enquanto uma fumaça e uma luz arroxeada complementam o cenário.

As cenas são intercaladas entre Gaga dançando e cantando na rua, nas escadas de incêndio e nos degraus em frente ao prédio.

O vídeo contou com a participação de Clarence Clemons para o solo de sax.

Perto do final do vídeo, depois do solo de saxofone de Clemons, Gaga se agacha na frente dos degraus do prédio e beija a calçada.

O vídeo termina com nossa Mother Monster voltando para dentro de seu apartamento pela janela em meio a uma fumaça.


Curiosidades:

- É possível ver, aos 2 minutos e 30 segundos, a sombra da grua da câmera passando na parede do cenário no lado esquerdo.


- O local onde ocorreram as gravações do vídeo também foi cenário para videoclipes como ”Yeah 3x” (2010), de Chris Brown, e ”Party Rock Anthem” (2011), da dupla LMFAO.

"Yeah 3x"


- Infelizmente, Clemons faleceu dois dias após o lançamento do videoclipe devido a complicações relacionadas a um derrame. Gaga revelou, durante um dos shows da "Born This Way Ball Tour", na Austrália, que o músico assistiu pela primeira vez o vídeo finalizado da música no dia em que veio a falecer. Ela afirmou também que isso a comoveu muito, e que sempre se lembra dele.


Assista:

Mesmo com uma produção totalmente diferente, ”The Edge of Glory” carrega em suas cenas e letras uma forte e importante simbologia, celebrando a vida e o amor de Gaga, não só por Nova Iorque, mas também por seu avô.


“Hair”
(Single Promocional)


O SINGLE:

Escrita e produzida por Gaga com o auxílio do RedOne, "Hair" havia sido programada para ser oficialmente o terceiro single de "Born This Way" após a liberação de "The Edge of Glory" como single promocional.

Devido a um desempenho bastante significativo, as canções foram trocadas por decisão da gravadora tornando assim "The Edge of Glory" como terceiro single oficial e "Hair" como single promocional.

No programa The Graham Norton Show, Gaga explicou a origem e o processo de inspiração que resultaram numa analogia do seu cabelo com a liberdade, considerando ser a única parte do seu corpo que pode alterar sem que alguém a julgue.

A cantora debateu a inspiração sonora através de um vídeo colocado na sua conta da rede social Twitter, dizendo:

"Eu amo tanto, mas tanto esta canção. Quando era criança, costumava descer as escadas da casa dos meus pais e eles diziam, 'volta para cima e escove o seu cabelo, mude de roupa, você não podes sair assim1, e eu sentia que estavam tentando roubar a minha identidade. O meu cabelo é a minha glória. É a única parte que posso mudar em mim mesma."


A capa do single foi divulgada através do perfil de Gaga no Twitter.

A fotografia, também pertencente ao ensaio fotográfico do disco realizado por Nick Knight revelava uma imagem em preto e branco da cantora deitada no chão, com uma leve tom cor-de-rosa no cabelo e uma roupa de couro com arestas evidentes.

Nossa Mother Monster também falou um pouco sobre a inspiração para compôr a música durante a apresentação da mesma no especial A Very Gaga Thanksgiving:

"Essa música é sobre sua identidade ser a coisa mais importante para você ... é o que está dentro que importa. [...] Eu costumava ser motivo de piada porque minha mãe costumava se levantar e pentear o cabelo todos os dias pela manhã, e eu realmente admirava minha mãe, então às vezes ficava acordada secando meu cabelo até uma da manhã. Eu ia para a escola e meus amigos diziam 'Por que seu cabelo é tão bonito? São todas meninas nesta escola, você não precisa estar tão bonita para a aula.' [...] Bem, eu quero ser como minha mãe. Agora, meu cabelo significa muito para mim - devo ter centenas de perucas."


Devido a sua categoria de single promocional, a canção não recebeu um videoclipe, porém nos proporcionou apresentações emocionantes.

Uma delas foi a peformance no iHerat Radio Festival em 24 de setembro de 2011 com a "Surrogate Monster Ball". Na ocasião, nossa Mother Monster homenageou o Little Monster Jamey Rodemeyer, que tirou a própria vida devido ao bullying e preconceito que sofria de colegas de escola e da própria família. Ele tinha apenas 14 anos.

"Bullying is for losers!"


Juntamente com "The Edge of Glory", "Judas" e "Born This Way", Gaga foi a única artista feminina desde Ruby Murray em 1955 a ter quatro singles simultaneamente dentro das vinte mais vendidas no Reino Unido. Nos Estados Unidos a primeira semana rendeu mais de 147 mil downloads digitais, tendo sua estreia na quinta posição da Billboard Digital Songs. Consequentemente, a canção debutou na Billboard Hot 100 em 12º lugar, tornando-se a maior estreia daquela semana.


”Yoü and I”


O SINGLE

Escrita por Lady Gaga em 2010 e produzida por Robert John Lange, ”Yoü and I” foi lançada oficialmente no dia 23 de agosto de 2011, chegando ao #6 na Billboard Hot 100. Em 2013, o single venceu o BMI Awards como melhor composição, sendo o seu único prêmio.

Durante uma entrevista à MTV britânica, em março de 2010, Gaga afirmou que havia começado a desenvolver um novo álbum e que já havia terminado de escrever o conceito principal. Alguns meses depois, em entrevista à edição de agosto da revista Rolling Stone, a cantora confirmou a conclusão das gravações de seu terceiro disco, ”Born This Way”.

A primeira música presente no álbum a ser apresentada ao público foi ”Yoü and I”, no The White Tie and Tiara Ball, em 24 de junho de 2010, evento criado pelo cantor Elton John e seu esposo, David Furnish, para arrecadar fundos para a Elton John AIDS Foundation.

Durante a estreia, Lady Gaga falou sobre a música:

"É um pouco como uma música rock and roll, então provavelmente nunca será lançada como single. Então, está tudo bem se eu tocá-la para você esta noite".

No programa The Today Show, no mês seguinte, Gaga apresentou a música pela primeira vez na TV, afirmando que o arranjo não era um indicativo do som do novo álbum e que a música teria uma versão final totalmente diferente.

Em uma participação na 97.1 Amp Radio com Carson Daly em julho de 2011, Gaga apresentou uma versão acústica da música e confirmou o lançamento da mesma como 4º single oficial do ”Born This Way”.


Inspirada no relacionamento de nossa Mother Monster com o músico Lüc Carl por volta de 2007, a música foi escrita em Nova Iorque no seu primeiro piano, na casa de seus pais.

De acordo com a letra, a música descreve a tentativa de Gaga em recuperar seu amor perdido. Ainda em 2010, a cantora reatou o relacionamento com Lüc, o que reforçou ainda mais os boatos, já que a letra falava do "garoto de Nebraska", que é o estado onde o músico nasceu.

Ela explicou para Don Sheffield, da Rolling Stone, como o relacionamento se tornou uma inspiração para "Yoü and I", na edição de julho de 2010 da revista:

“Eu não teria sido tão bem sucedida sem ele [Lüc Carl]. Eu realmente nunca amei alguém como eu o amava. Ou como eu o amo. Que a relação realmente me moldou. Isso fez de mim uma lutadora. Depois que eu terminei com ele, eu prometi a mim mesma que nunca amaria de novo e que faria ele se arrepender do dia em que duvidou de mim. Mas então eu voltei com ele. Foi o amor. Mas, você sabe, eu realmente não sei muito sobre o amor... Suponho que se eu soubesse tudo sobre o amor, eu não seria boa em fazer música, certo? Eu escrevi essa canção nova, ‘Yoü and I’, e ela fala sobre nós, eu e ele."

O relacionamento dos dois acabou chegando ao fim novamente em 2011.

Quatro dias depois da apresentação no The White Tie and Tiara Ball a canção foi adicionada a setlist da turnê ”The Monster Ball” ainda em sua versão não finalizada, surpreendendo os fãs e gerando diversas especulações de que a música seria o primeiro single do álbum. Ela revelou um pouco da inspiração por trás da música.

”Eu escrevi esta música do lugar mais puro, mais profundo e feliz do meu coração. E eu não quero nada de vocês, não quero que vocês a comprem, não quero que vocês me paguem nada para ouvir, não vou nem colocar no iTunes. Escrevi essa música porque queria escrever um ótimo disco. E queria que vocês ouvissem, só porque amo vocês e sei que tudo que importa para vocês é música e liberdade [...] Está no meu novo álbum, então é melhor vocês aprenderem a letra porque vão cantá-la pelos próximos 10 anos”.


Fernando Garibay, um dos principais produtores do disco ”Born This Way”, discutiu a música com o The Hollywood Reporter:

”Estávamos perto do fim de finalizar o álbum e ainda havia um prazo muito grande. Mas ela estava tão ocupada começando a promover o álbum, os shows, ainda em turnê, fazendo imprensa, foi uma loucura, então ela literalmente teve que gravar o vocal com um piano ao vivo nos bastidores. Enviamos todas as partes que tínhamos para Mutt Lange e não havia tempo para ela voar ou algo parecido. Lembro-me de Mutt nos escrever de volta e dizer ‘O vocal é perfeito’. Considerando que Mutt Lange é um dos melhores produtores vocais do planeta...".

A canção conta com a participação de Brian May, integrante da famosa banda de rock ‘n’ roll Queen. Brian ficou encarregado de tocar a guitarra elétrica. Além disso, a música teve uma forte influência de "We Will Rock You", também da banda Queen, utilizando samples da mesma. Muitos compararam o som com baladas country, o que era bem diferente do estilo de Gaga na época.


A capa do single de "Yoü and” I foi revelada no dia 5 de agosto de 2011, via TwitPic, acompanhada da frase:

"Você nunca encontrará o que procura no amor, se não se amar."

Capa Alternativa

Após o lançamento do álbum, foi possível reparar um detalhe na estilização do nome da música, que adicionou um trema na letra "u". Esse detalhe era característico da estilização que Lüc Carl utiliza em seu nome.

Com duas versões em preto e branco, em um ensaio realizado pela dupla holandesa de fotógrafos Ines e Vinoodh, em julho de 2011, a capa carrega a foto de um dos alter egos de Gaga, Jo Calderone, criado em 2010 junto ao fotógrafo e diretor Nick Knight em um ensaio para a Vogue Hommes Japan.

VERSÕES:

Yoü and I - Single:

1 "Yoü and I (Radio Edit)"
2 "Yoü and I (Mark Taylor Remix Radio Edit)"


Yoü and I (The Remixes):

1 "Yoü and I (Wild Beasts Remix)
2 "Yoü and I (Mark Taylor Remix)
3 "Yoü and I (10 Kings Remix)
4 "Yoü and I (ATB Remix)
5 "Yoü and I (Metronomy Remix)
6 "Yoü and I (Danny Verde Remix)
7 "Yoü and I (Hector Fonseca Remix)


Yoü and I (States Version)

Como forma de divulgação da canção nos Estados Unidos, Gaga criou mais de 30 versões de ”Yoü and I” substituindo o nome "Nebraska" pelo nome de vários estados do país, enviando as versões para as rádios locais.


O VIDEOCLIPE

O videoclipe da canção teve sua estreia no dia 16 agosto de 2011, alguns dias antes da estreia oficial do single nas rádios. Seguindo a mesma produção de ”Judas”, o clipe foi dirigido pela própria cantora e sua antiga diretora criativa e coreógrafa, Laurieann Gibson.

Após o lançamento do videoclipe de ”The Edge of Glory”, que chegou a ser citado como o mais distante do que era Lady Gaga, muito se especulava sobre o próximo passo da cantora e o que viria a seguir.

Nossa Mother Monster então reuniu as principais ideias criadas até ali, juntando conceitos que já havia utilizado em algumas apresentações e começou a moldar a história que queria retratar no vídeo. Ao todo, são apresentados 10 personagens, com novos alter egos, além de Jo Calderone e de uma sereia chamada ”Yüyi”.

"Eu estou andando sem bagagem e sem nada, e sou só eu, meus tornozelos estão sangrando um pouco e há grama presa em meus sapatos, estou vestindo esta roupa e é um tipo real de Nova Iorque, e eu estou correndo... e a ideia [do vídeo] é de que quando você está longe de alguém que você ama, é uma tortura. [...] Eu sabia que queria que o vídeo fosse sobre mim correndo para trás e caminhar centenas de milhares de milhas para levá-lo de volta”, disse Gaga.

Planejado para ser lançado no milésimo tweet de Gaga, o vídeo acabou sendo disponibilizado antes do previsto.

Com gravações realizadas nos dias 21 e 22 de julho de 2011, em Springfield, Nebraska, a produção contou com mais de 50 pessoas no casting e apoio, tendo Nicola Formichetti como diretor de moda, Baked FX nos efeitos visuais e os produtores Nicole Ehrlich e Steven Johnson. O vídeo também contou com a participação do ator Taylor Kinney, conhecido por participar da série televisiva Chicago Fire e, posteriormente, ter mantido um relacionamento de 5 anos com Lady Gaga.



A HISTÓRIA

Bride - De volta à Nebraska:

O videoclipe tem início com a personagem Bride caminhando por uma estrada de terra, vestida de preto, óculos escuros, com pés ensanguentados e algumas partes de seu corpo revestidas com metal biônico. Ela está retornando para Nebraska depois de muito tempo.

É possível ver alguns flashbacks de momentos vividos por ela. Em seu caminho, Bride se depara com um carrinho de sorvetes. Enquanto ela deixa um sorvete cair, lembranças começam a surgir. Ela cai de joelhos no chão, enquanto um vendedor com aparência medonha segura um sorvete e oferece a ela uma boneca.

Aquilo parece amedronta-la e trazer lembranças ruins de seu passado. É possível ver novos flashbacks de um casamento, e de uma espécie de laboratório. No carrinho de sorvetes os dizeres “Follow the Crowd” (Siga a Multidão) se referem ao fato desses carros sempre serem seguidos por diversas crianças, tendo relação com infância da cantora.

”O carro do sorvete é uma representação da destruição da minha juventude em um momento muito jovem da minha vida. Enquanto eu ando nessa via tentando encontrar o amor, as memórias da destruição ficam no caminho", contou.


Nynph, Jo Calderone e O Milharal:

As cenas seguintes apresentam o alter ego Jo Calderone e a persona Nynph.

Enquanto ele canta sob o piano, bebendo e fumando em uma aparência desleixada, Nynph toca o instrumento no meio de um milharal, cantando de forma animada. Ambos demonstram ter uma forte relação de amor. Isso contrasta diretamente em como Gaga se relacionava com seu ex e em como eram opostos em suas essências.


Gaga Humanoide, O Cientista e a Barn Hooker:

Dentro de um celeiro, um laboratório improvisado mostra uma Gaga aparentemente humanoide, sendo presa em uma plataforma por um cientista. Ao fundo desta cena existe uma espécie de molde de um corpo feminino, no qual ele aparenta tentar moldar aquela versão robô da cantora.

Em algumas cenas é possível ver essa Gaga Humanoide tendo maus funcionamentos e curtos-circuitos. Mesmo tentando mantê-la viva com energia elétrica e fluidos, o cientista parece não ter resultados para amenizar aquele sofrimento.

Uma cena seguinte, envolvendo dança apresenta uma nova persona. Barn Hooker é uma personagem que representa um lado sensual, um pouco “sujo”, com roupas provocantes e cabelos verdes. Não se tem muitas informações sobre essa persona de Gaga.


Yüyi, a sereia:

Sendo uma das personagens mais marcantes, não só do vídeo, mas também para Gaga, Yüyi é um alter ego representando a dualidade entre o que é real e o que é criação. A cantora descreveu a sereia como uma reencarnação de seu nascimento somado ao seu espírito artístico.

Durante as cenas seguintes, é possível ver o Cientista novamente fazendo o possível para manter viva a nova forma de sua amada. Ele a coloca em uma banheira enquanto entrega um respirador de oxigênio e derrama água, mantendo-a molhada para que a mesma sobreviva.

Em uma nova cena, Yüyi e o Cientista aparecem em uma cena representando o sexo entre os personagens.

“Uma parte da metáfora dessa cena é que você não pode fazer sexo com uma sereia. Às vezes, no amor, você simplesmente não consegue fazer funcionar. Não importa o que você faça, existe uma fronteira gigante entre você e outra pessoa. Então é disso que se trata; perceber que há algo mágico dentro de você, que você pode fazer funcionar”, disse.

Essa ideia apresentada pela cantora se encontra presente nas três fases apresentadas no celeiro, que estão em constante mudança e lutando para sobreviver junto de seu amado.


Lady Gaga (Stefani Germanotta):

Uma das últimas personagens apresentadas nunca teve seu nome revelado, muito menos grandes conceitos citados por Gaga. Mas alguns detalhes chamam a atenção. Em sua primeira cena, ela aprece com os cabelos negros, nua e envolta em um plástico deitada em uma mesa de ferro. O cientista usa uma esponja para passar em seu corpo.

Logo depois, em alguns flashs a personagem aparece totalmente perfeita, em uma roupa dourada se movimentando na cadeira e cantando. Sua aparência é exatamente como o molde que aparece no fundo das cenas da Gaga Humanoide no celeiro. Em uma cena é possível vê-la cuspindo uma escama, confirmando ali a sua evolução, experiência após experiência, nas tentativas de se chegar a perfeição daquilo que é o amor.

Por mais que ela tenha sido a criação mais perfeita, o cientista teme em perdê-la. Com isso, a coloca em uma espécie de tanque para mantê-la ali, viva e protegida de qualquer coisa. Isso mostra a tentativa de se manter os sentimentos vivos, mesmo que aquilo sufoque sua liberdade.


Mother e O Casamento:

Durante todo o vídeo é possível ver cenas de uma personagem chamada Mother, usando um vestido de noiva, acompanhada pelo cientista representando uma cerimônia de casamento dos sonhos, apenas com os dois em meio ao milharal. O videoclipe termina em uma cena de beijo entre os dois, com uma imagem sobreposta do celeiro ao fundo.

Curiosidade:

- O vestido usado por Gaga nesta cena foi utilizado por sua mãe no dia de seu casamento.

”Perguntei a ela (Cynthia Germanotta) se eu poderia usá-lo [seu vestido de noiva] no vídeo porque o amor que minha mãe e meu pai compartilham há quase trinta anos é o que espero ter um dia”, contou.


Assista ao videoclipe:


HAUS OF Ü

No dia 1º de setembro de 2011, Gaga anunciou em sua conta no Twitter que havia feito cinco ”Fashion Films” relacionados ao videoclipe de ”You and I”, com a dupla de fotógrafos holandeses Inez van Lamsweerde e Vinoodh Matadin com direção de moda de Nicola Formichetti junto a ”Haus Of Gaga.” Os vídeos foram gravados nos dias 21 e 22 de julho de 2011 durante as gravações do clipe.

Em uma entrevista Ines falou sobre como ocorreram as gravações:

“Nós construímos um estúdio em um chiqueiro e trabalhamos por três dias com ela constantemente vindo, filmando e tirando foto com a gente. O que é incrível nisso é que esta é a Gaga, como ela mesma na personagem que ela é, com relação ao vídeo ‘You and I, é puramente ela. [...] Ela nos pediu para fazer esse vídeos como uma ponte entre moda e rock and roll, já que ambos são igualmente importantes para ela como inspiração e ponto de partida. Então, ela realmente nos disse ‘Façam as suas coisas, o que vocês fariam no contexto da moda’, mas relacione isso aos personagens dela do vídeo de ‘You and I’.”


HAUS OF Ü feat. NYNPH


HAUS OF Ü feat. BRIDE


HAUS OF Ü feat. YÜYI


HAUS OF Ü feat. JO


HAUS OF Ü feat. BARN HOOKER AND MOTHER


A canção Yoü and I traz, através de sua letra e variados conceitos presentes no videoclipe, o olhar de Lady Gaga sobre as diferentes formas de amar e o que é o amor - e como isso ajuda a moldar quem somos ao longo da vida.


“Marry The Night”


O SINGLE

Lady Gaga e Fernando Garibay compuseram "Marry The Night" durante a “The Monster Ball Tour”.

Sua primeira menção como faixa de ”Born This Way” ocorreu em fevereiro de 2011 no programa On Air with Ryan Seacrest, no qual a cantora descreveu-a como uma de suas canções favoritas do disco. Gaga e Garibay já haviam trabalhado juntos em "Dance in the Dark", presente no terceiro disco / EP da artista, ”The Fame Monster”. Antes de começar a trabalhar em "Marry The Night", Gaga ouviu "Dance in the Dark" e decidiu que queria "ultrapassar" a energia dessata música em sua nova colaboração com Garibay.

"Eu lembro de estar nos bastidores e ouvir o show começar, então eu saí e ouvi ’'Dance in the Dark' iniciar, e eu queria superar esse sentimento. Queria superar esse momento que abre a turnê. Eu sou assim."

Enquanto ela se apresentava na “Monster Ball Tour”, Garibay começou a trabalhar na faixa. Após o término do show, a artista voltou para seu ônibus de estúdio e lhe perguntou sobre o progresso. Garibay então explicou que havia inventado um tipo diferente de música e tocou para a cantora. Após ouvi-la pela primeira vez, Gaga disse ter começado a chorar, percebendo a imensidão da música, e começou a escrever as letras de "Marry The Night". Para o especial Inside The Outside da MTV, ela contou com mais detalhes sobre como a canção veio até ela de forma inexplicável.

Assista ao momento a partir de 34 minutos e 13 segundos:


Considerada uma faixa dance-pop com influências de house e urban pop, ”Marry The Night” possui sinos de igreja eletrônicos durante seu início e construção, o que permitiu um crescimento grandioso e marcante para a música. Um som de órgão eletrônico, batidas techno e um breakdown influenciado pelo funk rock complementam a obra. Seu conteúdo lírico é um tributo ao amor da artista pela noite e por festas, servindo também como uma homenagem à Nova Iorque e referenciado seus dias de festas e luta no centro musical da cidade.

Durante a entrevista para o especial ”A Very Gaga Thanksgiving”, Gaga afirmou que a música era sobre se comprometer de todo o coração com algo. E para ela, essa era sua música. No programa Alan Carr: Chatty Man, a cantora também mencionou que a música era sobre se casar com suas inseguranças para superá-las.


Durante a transmissão do Gagavision Nº 43, postado no dia 20 de abril de 2011, uma parte do instrumental da música foi revelado com os dizeres ”Música do Born This Way 5 † 23 † 11 ”, além de um easter egg enquanto Gaga digitava números no teclado de seu celular, revelando o nome da música alfanumericamente (62779-843-64448).


O anúncio oficial do quinto e último single foi feito no dia 28 de setembro de 2011, causando certas dúvidas pois ”Yoü and I” ainda ocupava grandes posições nos Top 10 de diversos charts musicais.

No entanto, a Interscope Records, gravadora da artista, declarou que, embora "Marry The Night" fosse certamente lançada como o quinto single internacionalmente, eles ainda estavam indecisos sobre qual música seria lançada em seu lugar nos Estados Unidos. Posteriormente, a empresa decidiu divulgar a faixa nas rádios Norte Americanas no dia 15 de novembro.

Em 17 de outubro de 2011, Gaga revelou a capa oficial do single através de sua conta no Twitter. Como forma de movimentar o lançamento, nossa Mother Monster lançou um desafio para os Little Monsters dizendo que se a hashtag “MARRY THE NIGHT SINGLE COVER” atingisse o número um nos trending topics ela liberaria a arte.

Depois que o Twitter bloqueou todas as chances de manter a tendência, Gaga desafiou as regras e lançou a capa acompanhada de um trecho da música.

A capa apresentava Gaga sentada no teto de um carro Trans-Am molhado pela chuva enquanto outro veículo queimava ao fundo. Ela está usando um par de botas de couro, um top preto e seu rosto tampado por uma peruca loira e curta.

"Marry The Night" foi recebida de forma positiva por críticos musicais, que elogiaram sua natureza dance grandiosa e eufórica.

Após as controvérsias dos temas religiosos presentes no disco, assim como temas que bateram de frente com diversos grupos conservadores, a imagem de Gaga e ”Born This Way” parecia dividida.

Em termos comerciais, a canção teve um desempenho mediano, registrando entrada em algumas tabelas musicais após o lançamento do disco, estreando assim na 57ª posição da tabela musical Billboard Digital Songs nos Estados Unidos com vendas de 35 mil downloads digitais, permitindo-lhe entrar na Billboard Hot 100 no 79° lugar. Atingiu as trinta melhores posições em países como Alemanha, Áustria, Coreia do Sul, Hungria, Irlanda e Reino Unido.

Nos Estados Unidos, após o lançamento como single, apareceu no Hot Dance Club Songs, atingindo na Billboard Hot 100 a 29ª colocação, sendo o primeiro single da artista lançado no país a não entrar nos dez melhores da tabela e certificada como disco de ouro pela Recording Industry Association of America (RIAA). No Canadá, entrou na91ª posição da lista Canadian Hot 100, enquanto obteve a 50ª colocação da Canadian Digital Songs.


O VIDEOCLIPE

Lady Gaga realizou as gravações de "Marry The Night" em Staten Island e em Harlem, Nova Iorque entre os dias 10 e 13 de outubro de 2011. No mesmo dia do anúncio oficial da capa do single ela também contou em seu Twitter que havia finalizado as gravações do videoclipe da canção.

"Acabei de finalizar meu quinto videclipe, mal posso esperar para revelar todos os segredos e compartilhar com vocês momentos do meu passado que eu ainda tenho que revelar.”


Em 10 de novembro ela postou em seu Twitter que o vídeo seria o mais longo de sua carreira.

"Este será o vídeo mais longo que lancei até agora. Vou liberar um vídeo ainda esta noite. O começo da história que eu nunca lhes contei."


Após sua participação no evento beneficente Children In Need Rocks Manchester, Gaga lançou um trecho de abertura chamado de ”Marry The Night: The Prelude Pathétique”.


Em sua participação no programa Alan Carr: Chatty Man, Gaga explicou o significado por trás do vídeo de "Marry the Night":

”Eu sei como é ser rejeitada no ramo musical. Eu assinei, fracassei, e assinei novamente. O vídeo é realmente sobre isso. É sobre um dos dias mais horríveis da minha vida quando eu comecei a fracassar com a minha primeira gravadora e é a história do que aconteceu naquele dia."

A versão completa estreou em 1° de dezembro de 2011 no E! Online. No entanto, o videoclipe vazou na internet várias horas antes de seu lançamento oficial.


A HISTÓRIA

O Hospital:

As primeiras cenas começam com Gaga sendo levada por duas enfermeiras por corredores em uma maca.

Enquanto a cena decorre, ela recida um pequeno monólogo bastante profundo refletindo sobre acontecimentos desconhecidos e descrevendo as enfermeiras e suas vestimentas. Ao fim é possível ver algumas mulheres caminhando perdidas numa sala, com faixas na cabeça e com aparência abatida.

"Quando eu olho para a minha vida, não é que eu não queira ver as coisas exatamente como aconteceram, é que eu prefiro lembrar delas de forma artística e, sinceramente, a mentira é muito mais honesta porque eu a inventei.

A psicologia clínica nos diz, sem dúvida, que o trauma é o assassino final. As memórias não se reciclam como átomos e partículas na física quântica, elas podem se perder para sempre.

É como se o meu passado fosse uma pintura inacabada e, sendo a artista dessa pintura, eu devo preencher todos os buracos feios e torná-la bonita de novo.

Não que eu tenha sido desonesta, é que eu odeio a realidade. Por exemplo, essas enfermeiras, elas estão vestindo a próxima coleção da Calvin Klein, e eu também. E os sapatos, Giuseppe Zanotti personalizados. Eu virei as tocas para o lado como boinas parisienses porque acho que fica mais romântico. E eu também acredito que a cor menta estará em alta na próxima primavera.

Olha só essa enfermeira da direita, ela tem uma bunda bonita.

Bam.

A verdade é que, lá na clínica, elas só usavam esses chapéus engraçados para evitar o contato do sangue com seus cabelos. E a garota da esquerda, ela pediu gomas de mascar e uma faca algumas horas atrás. Eles só deram para ela as gomas de mascar, eu gostaria que eles tivessem me dado as gomas de mascar."


Morphin Princess:

A cena seguinte mostra Gaga bastante abatida, com os cabelos curtos e pretos, deitada em uma cama de hospital. Uma médica, chamada de Dra. Ludlum aparece e desenvolve um diálogo bastante próximo, dando um abraço e a examinando. Ela tenta acender um cigarro mas é rapidamente interrompida pela doutora. É possível ver que as costas de Gaga possuem alguns hematomas, que são cuidados pela médica.

Dra. Ludlum: Bom dia, Princesa Morfina. Como você está se sentindo? Tudo correu muito bem. Olhe para você, eu me lembro quando fiz o seu parto. Você se parece com sua mãe.

Gaga: Exceto que minha mãe é uma santa

Dra. Ludlum: Taquicardia, freqüência cardíaca é de 120.

Gaga: Eu vou conseguir.

Dra. Ludlum: Sem relações sexuais por duas semanas. Pressão sanguínea 90/40. Um pouco baixa, mas você sempre esteve deprimida.

Gaga: Eu vou ser uma estrela Você sabe por quê?

Dra. Ludlum: Por quê?

Gaga: Porque não tenho mais nada a perder...

Dra. Ludlum: Você precisa de mais alguma coisa?

Gaga: Juste un petit peu de la musique.


Gaga então coloca uma das toucas de hospital de forma a parecer uma boina fashion e lentamente deita em sua cama, enquanto chora. A câmera se afasta revelando várias mulheres correndo, sendo advertidas, dando a entender que o local é uma clínica psiquiátrica ou um hospital para mulheres com traumas.

Curiosidades:

- O instrumental usado na cena é a canção ”Piano Sonata Nº 8: ‘Pathétique’” de Beethoven.

- Esta cena gerou muitas dúvidas e incertezas na época pois a cantora havia dito ser um vídeo bastante autobiográfico. Anos mais tarde foi possível entender melhor seu real significado após revelações da cantora sobre os abusos sexuais que sofreu no início de sua carreira, na tentativa de se tornar uma estrela. Um momento triste e revelador.


As Bailarinas:

Um corte de cena nos leva a uma espécie de teatro que está vazio, onde nossa Mother Monster aparece em um palco se apresentando em uma barra de balé, trajando uma roupa rosa com uma enorme sapatilha personalizada com saltos de 30 cm.

A cena mostra a cantora em movimentos leves de balé no qual os mesmos crescem de acordo com a música. É possível notar pequenas “fadas” em flashes saindo de sua persona.

Cuiosidades:

- As fadas presentes na cena fazem parte de um dos vídeos produzidos por Terry Richardson para a parceria de Gaga com a marca de cosméticos M.A.C., do projeto The VIVA GLAM Masterpiece. As “fadas” são pequenas versões de Gaga presentes no vídeo.


O Apartamento:

Gaga aparece chegando em seu apartamento sendo amparada por uma mulher, representando uma amiga, a despindo e colocando-a carinhosamente na cama. Novamente as cenas do balé são intercaladas, dessa vez crescendo com seus movimentos.

De volta ao apartamento a cantora recebe um telefonema, dizendo ser seu “diretor” (empresário). Em um diálogo ela demonstra ter acabado de ser dispensada da gravadora, tentando argumentar e dizendo “ser uma artista”.

Em uma virada e total perda de controle, Gaga se vê perdida com seu sonho destruído. Ela então quebra objetos, em meio a lágrimas e gritos descontrolados, descarregando todas as suas frustrações.

Em cortes da cenas do balé, Gaga é vista caída e chorando próxima a cinco bailarinas, intactas, enquanto ela se põe aos pés das mesmas, representando seu sonho ir por água abaixo, vendo suas grandes inspirações tão longe de si, tão longe de serem alcançadas naquele momento.

Curiosidades:

- Este momento bem marcante representou a total realidade de quando Gaga foi dispensada de sua primeira gravadora, a Def HJam Records.


Lady Gaga:

Em uma pequena cena, porém de grande representação da realidade, a cantora aparece em sua banheira, com maquiagem borrada, pintando seus cabelos de loiro. Ao fundo é possível ouvir ela cantar ”Marry The Night” acapella. A Cena marca sua transição real de Stefani para Lady Gaga, como também o momento de virada para o início de sua carreira.


A Escola de Dança:

Novamente Gaga volta a narrar a história, chegando em uma espécie de “Escola de Dança”. No andar de cima diversos dançarinos a observam de forma intimidadora.

É possível ver uma bailarina afrontrar Gaga com um espacate, tendo como resposta um gesto obsceno da cantora.

"Você pode dizer, eu perdi tudo. Mas eu ainda tinha meu BeDazzler. E eu tinha vários retalhos, com aqueles brilhantes da M&J Trimming, então eu rasguei algumas calças velhas de brim. E eu fiz o que toda garota faria: fiz tudo de novo."


A Noite:

Em uma transição, o teto do local se transforma em uma lua, revelando um cenário a céu aberto, com uma noite estrelada. Gaga estra com metade do corpo pra fora de um Trans-Am preto, molhado pela chuva. Ao fundo alguns carros pegam fogo. Ela então coloca uma fita no som do carro dando início a canção.


Em algumas sequências é possível ver nossa Mother Monster dançar gloriosamente.


A Audição: Durante o desenvolvimento da música, Gaga se reúne aos demais dançarinos em uma sala de ensaios, onde ela demonstra estar deslocada. Em uma sequência de coreografia do refrão ela revela estar a altura de todos os presentes mostrando seu talento inigualável.

Após alguns repararem em seu talento, eles começam a se aproximar dela, deixando o clima mais descontraído. Em dado momento, a bailarina que havia intimidado Gaga antes da audição acaba se desequilibrando em um movimento e caindo. Ela é imediatamente surpreendida pela cantora, que a ajuda a levantar de forma amigável.

Curiosidades:

- Nesta cena é possível ver a participação de Lacee Franks, amiga e preparadora corporal de Gaga.

- A Bailarina presente nas cenas, é ninguém menos que Melissa Emrico também conhecida como Dina, uma de suas primeiras dançarinas no início de sua carreira.


Vícios e Lembranças:

Para a parte final do vídeo após o último refrão, diversas cenas são intercaladas, mostrando alguns detalhes marcantes da vida de Gaga na época de sua virada como artista.

Uma delas é quando a cantora descia as escadas de seu apartamento carregando seu teclado para se apresentar nos bares locais de Nova Iorque.

Outra cena marcante são os momentos de Gaga no banheiro, representando a época em que a mesma tinha bulimia. Durante uma crise ela se livra de seus cigarros que também representava ali outros vícios da época.


O Casamento:

Por fim a cantora aparece dançando nas ruas com seus dançarinos, (alternando em explosões de carros das primeiras cenas) celebrando assim um momento marcante que deu início a sua carreira: a assinatura de seu contrato com a Interscope Records.

Na cena final ela entra em seu carro e é possível ver em sua mão o endereço da gravadora, assim como o horário marcado para a assinatura de seu contrato.

”Interscope Records, Hollywood, Califórnia; 16:00HRS”

Após isso uma cena bastante peculiar é mostrada com a cantora vestindo trajes vermelhos e um acessório do criados pelo estilista Paco Rabanne, em meio a chamas. Regada de bastante dramaticidade a cena retrata o seu triunfo em meio ao caos, sendo a dama da noite em seu momento mais glorioso.


Assista ao videoclipe:


Lady Gaga não escondeu a carga autobiográfica presente no videoclipe. Com o passar dos anos os detalhes tratados no vídeo fizeram cada vez mais sentido, tornando "Marry The Night" um pequeno curta do início tão conturbado e difícil de sua carreira. Felizmente, ele teve um final feliz!


“Stuck On Fuckin’ You”


O SINGLE

No dia 25 de dezembro de 2011, a canção “Stuck On Fuckin’ You”, que acabou ficando de fora da versão final do álbum, foi disponibilizada por Gaga, como um presente de Natal para seus fãs. Apesar de não ser considerado single oficial e nem ter ido para as plataformas digitais, teve seu lançamento realizado pela própria cantora em sua conta no YouTube, possuindo até mesmo uma capa oficial da era.

Produzida por Fernando Garibay e DJ White Shadow, a canção foi criada e gravada no estúdio acoplado ao ônibus da “The Monster Ball Tour” em agosto de 2010, depois de um show sold out de Gaga realizado no Xcel Energy Center em Saint Paul, Minnesota.

Junto ao vídeo disponibilizado no YouTube, uma pequena descrição revelou mais sobre a música:

”Então, para dar-lhes uma pequena história por trás da criação dessa música. Eu escrevi em Minnesota depois da Monster Ball no ônibus da turnê. Nós gravamos em um take. Fernando na guitarra, Paul na Drum Machine. Eu escrevi, cantei e fiz freestyle no último minuto + metade da música."

A música recebeu duas apresentações ao vivo em shows da ”Born This Way Ball Tour” sendo uma em setembro de 2012 em Amsterdã, e no mês seguinte na Argentina.


A ESCOLHA ORIGINAL DOS SINGLES

Lady Gaga revelou na época que sua escolha original de singles foi um pouco diferente. "Marry the Night" primeiramente foi cogitada para ser single promocional de abertura da era.

A gravadora decidiu usar o carro chefe "Born This Way", seguido de ”Judas” e realocando ”Marry The Night” para terceiro single, depois "Scheiße" e "The Edge of Glory".

A cantora queria o lançamento de "Scheiße" porém a escolha não foi aprovada pela Interscope Records. Foi então que ela decidiu apresentar a música no curta criado para sua primeira fragrância, "Fame", como uma forma de eternizar uma de suas músicas favoritas.


Apesar das preferências individuais e das canções favoritas entre os Little Monsters, "Born This Way" entregou ao mundo pop produções audiovisuauis marcantes que revolucionaram o cenário musical.

Agora conta pra gente: qual seu single e videoclipe favoritos do álbum? E quais seriam os seus 5 singles favoritos para a Era?


Para a terceira parte da contagem regressiva do aniversário de ”Born This Way” iremos relembrar curiosidades e falar sobre detalhes das demais canções presentes no álbum. Não percam!

Relembre a Parte 1 do nosso especial:

ESPECIAL 10 ANOS DE BORN THIS WAY:
Criação e Lançamento


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- As informações citadas foram retiradas no fórum Gagapedia / Acervo pessoal.