UNRELEASEDS:

Quando falamos de ”Act II” logo pensamos na infinidade de canções escritas, produzidas e gravadas por Lady Gaga durante todo o processo de ”ARTPOP”. Muitas dessas canções acabaram chegando até o público através de vazamentos feitos por insiders.

Apesar do ato ilegal, foi assim que pudemos conhecer alguns dos materiais até então inéditos da cantora para ”ARTPOP”.

Com isso, separamos algumas das principais canções citadas por Gaga e White Shadow, assim como curiosidades exclusivas, registros e alguns lançamentos que ocorreram na época.


Brooklyn Nights

Escrita por Lady Gaga, DJ White Shadow , Nick Monson e Dino Zisis, ”Brooklyn Nights” foi uma das canções cogitadas para compor o álbum ”ARTPOP”.

Com uma batida forte, sinos, violinos e sintetizadores marcantes, a canção se destaca por ser uma balada pop que foge um pouco da pegada do disco. Apesar disso, a música flui com uma estrutura semelhante as canções de Gaga.


Lady Gaga falou sobre a música pela primeira vez em 20 de setembro de 2013, durante um Q&A realizado no Twitter.

"Fã: ARTPOP é apenas sobre uma festa pop psicodélica ou há outras músicas que tratam de coisas pessoais como Swine?"

"Gaga: eu combino essas 2 coisas. todas as músicas são pessoais. uma música brooklyn nights você pode dançar, mas é melancólica e pessoal"


"Fã: há outras músicas sobre NYC em #ARTPOP ou apenas Brooklyn Nights?"

"Gaga: apenas brooklyn nights. e eu preciso de uma caixa inteira de lenços para essa música. e um abraço sob uma disco ball"


Além de falar sobre a música, um pequeno trecho da letra foi postado em resposta a um fã.


A confirmação de que a canção não foi escolhida para o corte final de ”ARTPOP” veio no dia 09 de outubro, após a cantora revelar a tracklist do disco com alguns dias de atraso. Alguns fãs haviam questionado a cantora mais cedo, naquele mesmo dia, sobre o motivo do atraso. A resposta veio através de um tweet.

"A tracklist está atrasada porque 2 músicas estão brigando pelo 12º lugar. Vou deixar você saber qual galo ganha hoje à noite às 21:00 :) pegue o champanhe"


Com isso foi possível concluir que ”Mary Jane Holland” havia ganhado a tão misteriosa disputa. Ao questionarem a cantora sobre qual era a outra faixa que estava cotada para a escolha, ela respondeu:

”MARY JANE HOLLAND AND BROOKLYN NIGHTS”


Isso deixou alguns fãs bastante decepcionados, já que a faixa era uma das mais esperadas para compor o corte final do disco.


A confirmação também pôde ser feita em 2020, quando diversos documentos confidenciais da cantora foram vazados.

Segundo algumas versões da tracklist, ambas as faixas estavam pendentes até por volta da versão 16, na qual as duas foram incluídas. Porém, a partir da versão 27 a disputa entre as duas faixas começou, até atingir o resultado final que já conhecemos na versão 35/37.


Ainda assim, sendo cobrada sobre a faixa, Gaga prometeu que a mesma seria lançada através do aplicativo do disco, em um lançamento exclusivo.

”talvez sejam 15, desculpe, estou tão cansada bk nights aparecerá no aplicativo em algum momento durante o ciclo do álbum”


Infelizmente com os rumos que o projeto tomou, o lançamento acabou não ocorrendo.


Uma das principais inspirações para a canção foi o relacionamento da nossa Mother Monster com seu ex-namorado Lüc Carl. Apesar de não estar com ele na época da produção de ”ARTPOP”, a canção soa como uma despedida final sobre o relacionamento dos dois, que perdurou entre 2004 a 2011, com alguns términos e uma relação conturbada.

”After seven years of our bad luck dating
I want one last night there
A Brooklyn night affair”

"Após sete anos de nosso namoro cheio de azar
Eu quero nossa última noite lá
Um caso na noite do Brooklyn"


Muitos acreditam que a canção é uma evolução de outra unreleased, chamada ”Charlotte Nights”.

Quando ela estava em Charlotte, Carolina do Norte, em setembro de 2010 com a ”The Monster Ball Tour”, Gaga conversou com o público durante o show e comentou sobre ter escrito uma nova música, se referindo a mesma como ”Charlotte Nights”.

”Escrevi outra música hoje enquanto estava aqui na Carolina do Norte. Um lugar impressionante e interessante por causa de uma loja para adultos. A pornografia era impressionante [...] Parabéns pelas suas lojas tripple-X!"


Apesar da semelhança de nomes, não se sabe se houve ou não essa transformação da canção ou se são músicas distintas.


Em novembro de 2020 um backdrop da canção para a ”artRAVE: The ARTPOP Ball Tour” vazou na internet. Isso confirmou que a canção seria uma das unreleaseds escolhidas para serem apresentadas durante os shows, porém isso acabou não acontecendo.


Apesar disso, em agosto de 2014 durante um show da turnê em Melbourne, a cantora atendeu ao pedido de um fã e cantou um trecho da música.


As demos da canção, assim como sua versão final, chegaram a vazar na internet, sendo uma versão em março de 2014 e as demais em 2017.

A versão ”(Early Demo)” se diferencia das demais por ter um compasso minimamente mais lento que as demais versões, com alguns vocais mais limpos, sem alguns apoios vocais e um instrumental com pequenos elementos. Além disso, após o primeiro refrão há uma parte instrumental extra, antes de Gaga iniciar a segunda parte da letra.


A versão ”(Demo 2)” tem uma certa semelhança com a versão final, com a remoção da parte instrumental extra, inclusão de mais vocais de apoio, apesar de ainda manter algumas partes mais limpas sonoramente. O instrumental também se aproxima mais da versão final.


Já a versão ”(Demo 27)” possui uma pequena diferença nos vocais com um leve eco, além do instrumental parecer menos limpo.


Além das demos, os stems oficiais da música também acabaram vazando.


Embora nunca tenha recebido um lançamento oficial, no dia 15 de abril de 2018 a música surgiu nas principais plataformas de streaming como Apple Music, Google Play Music e Spotify bem como para download no iTunes.

Com o nome Stefani Gemanotta e creditada com direitos autorais, '℗ 2018 Stefani Germanota (sic)' a canção foi retirada do ar 3 dias depois. Apesar disso, a música alcançou o Top 40 no iTunes Pop Songs dos Estados Unidos.


Gaze

O suposto nome da canção para ”ARTPOP” surgiu após um tweet de Gaga no dia 18 de novembro de 2013.

”Bons sonhos Twitterverse! tendo sonhos #ARTPOP enquanto me deito para dormir, cores e raiva, charadas explosivas, showbiz eletrônico #gaze”


Apesar dessa citação, a cantora não voltou a citar o nome e não houve nenhum registro da música em seu BMI ou ASCAP.


Hallelujah

”Hallelujah” foi composta e produzida em 2012 e cogitada para fazer parte de ”ARTPOP”.

Escrita por DeLeon Blake, Constantinos Nicolaides, Yogesh Tulsiani, Matthew Koma (um dos intérpretes da música) e produzida por Zedd, a faixa foi registrada no ASCAP, porém não contém informações de participação de Lady Gaga como compositora. Apesar disso, a letra faz referências claras a outras duas canções da cantora, ”Temple” e ”Miss It B4 You Kiss It”.

Em 7 de julho de 2013 a música foi lançada/apresentada pelo representante A&R de Zedd, David "Dave" Rene, para a Interscope Records.


Apesar disso, a canção só chegou ao público geral em agosto de 2022, ao ser vazada na internet.


O final da música utiliza pequenas de uma canção lançada posteriormente por Zedd, ”Addicted To A Memory”.


I Don't Want Your Love

”I Don't Want Your Love” é uma composição de Lady Gaga e produzida por Fernando Garibay em 2011, durante os processos de composição da cantora para ”ARTPOP”.

Por ter uma sonoridade diferente do álbum, a música foi arquivada.

Um pequeno trecho foi vazado alguns anos atrás e sua versão completa chegou à internet em agosto de 2022.


In Like With You

Escrita por Lady Gaga e produzida por DJ White Shadow em 2012 para o "ARTPOP", a canção acabou não fazendo parte das escolhidas para compor o disco.

Gaga revelou o título da música em uma entrevista para a estação de rádio canadense, KiSS 92.5, no dia 19 de novembro de 2013, ao ser questionada sobre músicas que haviam sido descartadas do disco e se elas poderiam ser apresentadas algum dia.

Confira o momento a partir de 5 minutos e 54 segundos.

”Oh, eu mal posso esperar. Tenho algumas como ‘Onion Girl’, essa música incrível que fiz com Zedd. Eu fiz essa música, oh, ‘Onion Girl’ é tão boa. Oh eu fiz essa música com Maddie [Madeon] chamada ‘Tinnitus’, essa é muito boa. Eu fiz uma música com o Paul [White Shadow] chamada ‘In Like With You’. Eu tenho algumas músicas ótimas, músicas incríveis.”


Até o momento não houve nenhum vazamento de material relacionado a canção.


I Wanna Be With You

Escrita por Gaga, White Shadow, Dino Zisis e Nick Monson, ”I Wanna Be With You” é uma das canções feitas para ”ARTPOP” que sofreu algumas alterações na fase final de concepção do álbum.

Seguindo uma linha de balada pop rock dos anos 2000, a música se inicia com um piano e uma batida constante e segue assim até sua parte final, onde cresce absurdamente, sendo acompanhada de uma bateria forte e guitarras elétricas.

Gaga citou parte da música pela primeira vez em um pequeno trecho (na época, ainda desconhecido) postando em seu Twitter em fevereiro de 2013.

Logo depois do cancelamento da ”Born This Way Ball Tour” devido a fratura em seu quadril, Lady Gaga realizou sua cirurgia e começou a se dedicar totalmente a ”ARTPOP”. Nesse processo, ela compôs ”I Wanna Be With You”.

A canção foi apresentada pela primeira vez no dia 1º de setembro durante a participação da cantora no iTunes Festival 2013. Extremamente pessoal, Gaga chamou a música de uma ode aos fãs e sobre o quanto ela sentiu falta deles enquanto se recuperava da cirurgia.


Até a segunda montagem da tracklist do disco, a canção ainda estava em sua primeira versão. Mas ainda em setembro ela começou a ser retrabalhada, sendo reescrita e gravada no Shangri-La Studios. Já na versão 6 da lista de faixas a música já aparecia como ”Dope”.

Em entrevista à rádio Kiss FM Lady Gaga contou como a canção acabou se tornando algo mais pessoal.


Sentindo que o álbum precisava de algo mais autobiográfico e confessional e uma música que mostrasse seu lado vulnerável, a cantora decidiu mudar os rumos do que era uma música para seus fãs, transformando-a num desabafo do interior do seu coração.

A confirmação das mudanças na música aconteceu no dia 9 de outubro em uma publicação feita pela cantora em suas redes sociais.

”E fique de olho em DOPE. Faixa nº 13. A evolução de uma fan song que se tornou uma profunda confissão no estúdio de gravação. Produzido por Rick Rubin e eu.”


No dia 10 de outubro, Bobby Campbell confirmou que "Dope" era o novo título de "I Wanna Be With You". Nos dias 14 e 15 nossa Mother Monster publicou imagens em seu Instagram com trechos da nova letra da canção.

Clique aqui para ler mais sobre "Dope".


Para o Entertainment Weekly em 7 de junho de 2021, White Shadow comentou sobre a mudança que ”Dope” sofreu, ao ser reescrita.

”Quando fizemos o iTunes Festival, ainda não havíamos chegado no momento em que sentamos no estúdio e finalizamos tudo completamente. Então ela quis fazer algumas mudanças! No final das contas, é a arte dela. Se estamos falando sobre um carro, ela vem com o conceito, ela o desenha e eu venho com a chave de fenda e algumas ferramentas e tento fazer o carro funcionar. Às vezes você tem que destruir o carro para montá-lo da forma que ela quer, e é assim. É uma música que tínhamos uma versão, ela gostou e depois quis fazer algo diferente. Não depende de mim dizer não. Eu nunca diria não. Vamos montar isso do jeito que ela quer! No final das contas, ‘Dope’ foi a música que ela quis no álbum, e que começou como algo diferente. Já vi isso acontecer 500 vezes e vocês viram uma. É o microcosmo de como funciona um álbum. Você constrói uma ideia como A, e você não vai para Z, vai para AAA a cinco As e até mesmo cinco Zs. Tenho certeza de que havia 12 versões entre ‘I Wanna Be With You’ e ‘Dope’.”


Durante o último show da turnê de divulgação do álbum, a ”artRAVE: The ARTPOP Ball”, Gaga realizou um mashup acústico emocionante entre as canções ”Dope” e ”I Wanna Be With You”.


Uma demo da canção com a data 06/01/2013 acabou vazando na internet em setembro de 2019 com o nome ”I Wanna Be With You (Rough)”. Antes disso um pequeno trecho circulava nas redes.


Maren

Não se sabe muito sobre ”Maren”, apenas que a mesma foi registrada no BMI de Lady Gaga em 2012 e que foi escrita pela cantora, Daniel Pringle, John Nation e Leah Haywood, e produzida por Dreamlab e John Nation.

Diferente de outras canções Gaga nunca citou a mesma em entrevistas ou nas redes sociais.


Nothing On (But The Radio)/Heard It On The Radio

Diferente do que muitos pensam, ”Nothing On (But the Radio)” é uma canção composta por Billy Steinberg e Josh Alexander em meados de 2007.


A canção chegou até Lady Gaga em 2010, que gravou sua versão durante as sessões de criação de seu terceiro disco, ”Born This Way”, mas acabou ficando de fora da versão final do álbum.

Tal versão segue um estilo bem próximo do synthpop, com sintetizadores marcados, e uma batida constante e cativante. Em sua letra a música faz uma possível referência de uma citação de Marilyn Monroe: ”It's not true I had nothing on, I had the radio on.” (”Não é verdade que eu não tinha nada ligado, eu estava com o rádio ligado.”).

Essa primeira versão vazou na internet em outubro de 2010.

- Existe uma versão que circula na internet com uma pequena introdução em piano e com a última parte da música em looping. Esta versão é apenas uma edição feita por fãs.


Após a tentativa de levar a música para ”Born This Way”, Gaga tentou novamente trabalhar a música para ”ARTPOP”. Em 2012 a cantora se reuniu com DJ White Shadow e algumas versões começaram a surgir. Uma delas, feita em junho daquele ano, chegou a vazar no fim de 2022.

Esta versão contém um instrumental totalmente diferente da versão de 2010, com uma batida mais dance music e elementos groove. White Shadow comentou sobre o vazamento em seu Instagram.


Entre 2012 e 2013, a canção acabou tendo seu título atualizado para ”Heard It On The Radio”. Esta versão com título atualizado chegou a fazer parte da tracklist de ARTPOP” em 2013, desde a sua primeira versão. Já na 6ª versão, a canção voltou a ser intitulada como ”Nothing On (But the Radio)” e permaneceu assim até a 16ª. Já na _tracklist 27 a canção já não fazia mais parte da lista de faixas.

- Devido aos trabalhos realizados na faixa, a cantora chegou a fazer parte dos créditos de composição em algum momento.


Durante uma saída de um hotel em Chicago no dia 18 de julho de 2012 antes do Pitchfork Festival, alguns fãs abordaram a cantora em seu carro. Nesse momento foi possível ouvir ”Nothing On (But the Radio)” tocando no rádio.


Um fato curioso aconteceu em 2017. Em uma entrevista concedida a Billboard, a drag queen RuPaul foi questionada sobre qual música de Lady Gaga ela mais gostava.

Billboard: Lady Gaga "parou" a estréia [de RuPaul's Drag Race]. Ela é brilhante. Qual a sua canção favorita dela?

RuPaul: Você deve saber, eu acredito que seja a que eu apresentei com ela, chamada ‘Fashion!’. Eu amo essa canção. Também existe uma outra, que faz parte das unreleaseds vazadas na internet, chamada ‘Nothing On (But The Radio)’. Eu não sei a história por trás dessa música. Eu tenho um álbum inteiro só de músicas não lançadas oficialmente de Lady Gaga. E eu não sei como consegui isso.”


Em 2016, a cantora Paris Monroe adquiriu os direitos da música e gravou sua versão para a mesma. Devido a algumas divergências, a canção acabou sendo arquivada. A versão de Paris vazou em 2020.


Outra cantora que trabalhou na música foi Addison Rae. Em 2022, uma das primeiras demos gravadas por Addison em 2019 vazou nas redes sociais junto com uma versão em piano e sua acapella.


Apesar do vazamento, a música foi lançada oficialmente em 18 de agosto de 2023, como parte do EP de estreia da cantora, ”AR”.

- A versão da cantora contém algumas pequenas mudanças na letra.


A versão acapella de Lady Gaga também chegou a vazar em 2022.


Em 2019 a banda This Is Falling lançou uma versão heavy metal da música nas plataformas digitais.


Peaches (Coronation) - Base Instrumental

Em 29 de julho de 2018, em uma postagem em seu Instagram Story, a cantora Azealia Banks compartilhou um instrumental do artista Blawan chamado ”Peaches (Coronation)”.

Segundo a cantora, a faixa foi usada como base para a criação de uma música para ”ARTPOP”.

”Na verdade, eu escrevi uma canção ardente para Lady Gaga sobre essa batida quando eu estava fazendo Red Flame e Ratchet. Eu ainda quero que ela use essa batida.”


Infelizmente a canção não chegou a ser finalizada, devido ao rompimento da colaboração de Lady Gaga e Azealia Banks.


Princess Die

Escrita inteiramente por Lady Gaga em 2011, ”Princess Die” foi registrada no BMI em janeiro de 2013.

Em meio a fotos e saídas de estúdios em alguns países, no dia 27 de junho de 2012, Gaga apresentou a canção de surpresa durante a ”Born This Way Ball Tour”, dedicando aos “super fãs” depois que uma tiara foi lançada no palco.


Apesar do tema forte abordando a queda de uma celebridade assim como o suicídio, a canção foi bem recebida pelos fãs, que começaram a cogitar que essa seria uma das músicas compostas para o novo disco, já que Gaga havia revelado em uma entrevista à revista Vanity Fair na edição de janeiro de 2012, que estava trabalhando em uma música inspirada na Princesa Diana.

Na ocasião, a entrevistadora descreveu Gaga tocando uma versão acústica da música durante a entrevista:

"Gaga foi ao piano para tocar uma nova música que ela estava trabalhando sobre a Princesa Diana - uma música sobre a fama e morte das celebridades. Mesmo nos estágios difíceis, tem o refrão cativante de sua marca registrada e ela cantou as tristes letras levemente amargas em voz alta."


No dia 29 de outubro, nossa Mother Monster contou em um chat do LittleMonsters.com quais eram seus planos, ideias e andamento do disco, o que começou a deixar as coisas mais claras.

[...]
eu não acho que princess die vai entrar no álbum
mas eu escrevi outra versão de princess die que é mais acelerada... uma música totalmente diferente essa talvez vá
princess die não é tão boa como todas as outras músicas que eu escrevi
[...]


Isso aumentou mais as expectativas pois muitos começaram a achar que a canção ”Pincess Die” havia se transformado em ”Stache”, também chamada pelos fãs de ”Princess High”, tomando um rumo totalmente diferente. Porém foi confirmado posteriormente que esta não era a versão acelerada a qual Gaga citou no chat.


Sobre o dia em que compôs a música, Lady Gaga deu alguns detalhes:

”Lembro que estava tendo um dia muito ruim, não estava me sentindo muito bem, estava deitada na cama e recebi um pacote da Louis Vuitton. Abri o pacote e tinha uma bolsa linda e era de uma amiga da LV. E no pacote, a Louis Vuitton me mandou uma tiara numa bolsinha, e eu nem sabia que eles faziam. Então, eu apenas lembro que foi um momento meio agridoce porque eu estava tendo um dia muito triste e deprimente, tendo alguns pensamentos sombrios muito profundos. E então este adorável pequeno diamante chegou pelo correio e eu sabia que naquele dia eu realmente não poderia sair porque havia muita confusão acontecendo nas ruas, então eu apenas sentei dentro de casa o dia todo fumando maconha e bebendo vinho com minha tiara na cabeça.”


No dia seguinte a estreia da música durante a turnê, em 28 de junho, Gaga levou essa mesma tiara e a usou junto com a que jogaram no palco no dia anterior.


Antes de quase todas as apresentações da música, a cantora falava um pouco sobre o significado e sobre o que ela foi escrita, com em um show realizado em Berlim, no dia 20 de setembro de 2012.

”[Princess Die] é sobre todas as lendas que perdemos, porque eu acho que é realmente foda que nós apenas reverenciemos as pessoas como lendas artísticas quando elas estão mortas. Nós nunca damos a elas nenhum valor enquanto estão vivas. Então, vamos mudar isso, certo?”


A canção nunca teve uma versão em estúdio vazada e ao que tudo indica pode nunca ter sido gravada oficialmente. Com a repercussão e quantidade de pedidos dos fãs para um lançamento da mesma, Gaga chegou a cogitar lançar a mesma pelo aplicativo de ”ARTPOP” mas, com os rumos que Era tomou isso nunca aconteceu.


Como a música foi escrita durante a turnê e apresentada em 36 shows, sua letra acabava sendo adaptada de apresentação para apresentação, além de começar apenas no piano e depois de algumas apresentações ser tocada com a banda.


Ratchet

Escrita por Lady Gaga e Azealia Banks em 2012, ”Ratchet” seria uma das parcerias inicialmente confirmadas para ”ARTPOP”.

Produzida por White Shadow, a canção carrega batidas trap pesadas, marca característica do produtor.

A primeira menção de uma parceria entre as cantoras surgiu no dia 04 de setembro de 2012 durante a passagem de Azealia Banks no tapete do GQ Men of the Year Awards. A cantora conversou com a Capital FM e confirmou os rumores de que estava trabalhando com Gaga em estúdio para as sessões de ”ARTPOP”.

"Eu trabalhei em uma música para ela. [...] Não sei se isso vai chegar ao cd dela. Espero que sim… mas vamos esperar para ver."


No dia 12 daquele mês, nossa Mother Monster mencionou Banks em um tweet e acompanhada da menção uma frase e a hashtag ”Ratchet”.

”Sangue humano xoxoxo #Ratchet”


No mês seguinte, em sua passagem pelo Brasil, Azealia concedeu uma entrevista a Mix TV e citou novamente a colaboração, confirmando o nome ”Ratchet” e citando uma segunda colaboração:

”Trabalhei com Lady Gaga, mas trabalhei com Lady Gaga de longe. Trabalhamos via e-mail e via Internet. Temos uma música chamada ‘Red Flame’ e uma música chamada ‘Ratchet’, mas não sei o que ela está fazendo com elas. Ela vai liberar quando quiser.”


O que eram apenas rumores agora tinham formas e nomes. Os Little Monsters então resgataram um vídeo publicado por Lady Gaga no dia 05 de setembro de 2012, no qual a cantora apresentou a Fiberoptic Wig, invenção criada por seu amigo e cabeleireiro Frederic Aspiras junto a ”Haus Of Gaga”. No trecho de 1 minuto e 36 segundos é possível ver Gaga e Tara Savelo cantarolarem uma suposta música que possui ”Ratchet” no trecho.

”Dance too much booty in the pants. Dance too much booty in the pants. Oh, ratchet sluts!”


Tempo depois um novo rumor envolvendo ”Ratchet” surgiu. No dia 02 de novembro Lady Gaga postou uma foto em seu Instagram usando brincos dourados com a palavra ”Ratchet”.

Pouco mais de um mês depois, no dia 30 de dezembro, a cantora Beyoncé também postou uma foto na qual estava usando brincos com a palavra “Ratchet” neles. No dia anterior (29), a cantora havia publicado em seu Instagram uma outra foto dos brincos ao lado de um par de sapatilhas e alguns anéis.


Isso foi o suficiente para que os fãs criassem diversas teorias sobre uma parceria entre Gaga, Azealia e Beyoncé, e que ”Ratchet” seria até mesmo uma continuação de ”Telephone” já que nossa Mother Monster havia afirmado meses antes que a continuação estaria em ”ARTPOP”.


Para deixar os rumores ainda mais fortes, a cantora Rihanna postou uma foto em seu instagram e Twitter com a hashtag “#RATCHETS” e um trecho da letra de ”Paparazzi”.

Com isso muitos acreditaram que a cantora também estaria na canção, junto de Beyoncé, Gaga e Azealia.


Tempo depois os rumores foram desmentidos com as informações sobre o rumo da música.

Azealia parecia bastante animada com o lançamento, mas durante os meses seguintes a parceria pareceu tomar um rumo diferente. A cantora ficou conhecida no meio musical não só por seu talento, mas também por seus comentários polêmicos e desentendimentos com diversos outros artistas.

Tudo começou em uma entrevista concedida pela cantora a rádio KISS FM UK no dia 21 de agosto de 2013. Ao ser questionada sobre as colaborações presentes no disco e se Azealia Banks realmente estaria em ”ARTPOP” a cantora respondeu:

"Oh, ela… ela não está em ARTPOP. Não. Mas eu a acho uma cantora fantástica, mas não, ela não está."


Os questionamentos então começaram a surgir para ambas as cantoras, pois a expectativa para as colaborações estava altíssima.

No fim de agosto de 2013, quando Azealia começou a acusar Gaga de copiar suas ideias de sua mixtape ”Fantasea” em relação a temas aquáticos, já que a cantora havia encomendado conchas para sua apresentação de ”Applause” no VMA 2013.

Com isso, Azealia começou diversos ataques a Lady Gaga encerrando assim qualquer possibilidade de parceria entre as duas.

Mesmo com a confirmação de que a canção não seria lançada, Lady Gaga chegou a apresentá-la durante a after party do iTunes Festival 2013 no Boujis Club. Confira o vídeo do único trecho gravado:


Durante sua participação no Good Morning America, em 09 de setembro de 2013, Gaga conversou com alguns fãs e foi questionada sobre a parceria com Banks. Ela então revelou o que estava sentindo em relação a parceria.

"Ela é como... ela teve uma atitude ruim."


Algumas semanas depois DJ White Shadow revelou em que lançaria o instrumental de ”Ratchet” em seu novo EP. E assim aconteceu. No dia 10 de dezembro de 2013 o produtor lançou o EP ”The Clock Is Ticking”, incluindo a canção conforme prometido.


Logo após o lançamento muitos fãs reconheceram a música como uma das faixas tocadas por White Shadow durante o dj set tocado no lançamento do perfume FAME, no Guggenheim em Nova Iorque no dia 13 de setembro.

Tempo depois, duas demos do instrumental da canção, sendo um deles o tocado pelo produtor na festa, foram vazados na internet.


Após o lançamento da do instrumental da faixa por White Shadow, a faixa acabou sendo escolhida para ser uma das canções inéditas presentes na ”artRAVE: The ARTPOP Ball”, turnê de divulgação do álbum que estreou em 04 de maio de 2014.

No show a faixa teve uma redução em seu tempo, servindo como uma interlude enquanto Lady Gaga realizava uma troca de roupa no palco, antes de cantar ”Bad Romance”.


Alguns anos após o arquivamento da música e da possibilidade de qualquer lançamento, Azealia Banks foi até suas redes sociais falar sobre as colaborações, respondendo alguns fãs que questionavam a possibilidade do lançamento. Segunda a cantora, as canções não haviam sido lançadas por culpa de Lady Gaga e que os fãs deveriam cobrá-la por isso.

Em abril de 2018 ela novamente surgiu em seu Twitter, dessa vez afirmando ter recebido um e-mail da equipe de Gaga dizendo que a cantora estaria interessada em lançar ”Red Flame” e ”Ratchet”. Isso foi o suficiente para causar uma grande movimentação entre os fãs, mas não durou muito. Rapidamente Bobby Campbell entrou em contato com Banks e a informou que o e-mail enviado não havia partido dele e de sua equipe e sim de algum fake.


Até o momento nenhum vazamento da faixa contendo os vocais das cantoras chegou a vazar na internet.


Red Flame

Escrita por Lady Gaga e Azealia Banks em 2012, ”Red Flame” seria uma das parcerias inicialmente confirmadas para ”ARTPOP”.

Produzida por White Shadow e Azealia Banks, a canção possui batida constante, acompanhada de um piano e elementos sonoros básicos (por ser uma versão não finalizada).

A primeira menção de uma parceria entre as cantoras surgiu no dia 04 de setembro de 2012 durante a passagem de Azealia Banks no tapete do GQ Men of the Year Awards. A cantora conversou com a Capital FM e confirmou os rumores de que estava trabalhando com Gaga em estúdio para as sessões de ”ARTPOP”.

”Eu trabalhei em uma música para ela. [...] Não sei se isso vai chegar ao cd dela. Espero que sim… mas vamos esperar para ver.”


No dia 12 daquele mês, nossa Mother Monster mencionou Banks em um tweet e acompanhada da menção uma frase e a hashtag ”Ratchet”.

”Sangue humano xoxoxo #Ratchet”


No mês seguinte, em sua passagem pelo Brasil, Azealia concedeu uma entrevista a Mix TV e citou novamente a colaboração, confirmando o nome ”Ratchet” e citando uma segunda colaboração:

”Trabalhei com Lady Gaga, mas trabalhei com Lady Gaga de longe. Trabalhamos via e-mail e via Internet. Temos uma música chamada ‘Red Flame’ e uma música chamada ‘Ratchet’, mas não sei o que ela está fazendo com elas. Ela vai liberar quando quiser.”


O que eram apenas rumores agora tinham formas e nomes. O primeiro “trecho” da música foi apresentado por Banks em uma live realizada no dia 12 de fevereiro de 2013, na qual ela cantarolou algumas partes da letra.


Azealia parecia bastante animada com o lançamento, mas durante os meses seguintes a parceria pareceu tomar um rumo diferente. A cantora ficou conhecida no meio musical não só por seu talento, mas também por seus comentários polêmicos e desentendimentos com diversos outros artistas.

Tudo começou em uma entrevista concedida pela cantora a rádio KISS FM UK no dia 21 de agosto de 2013. Ao ser questionada sobre as colaborações presentes no disco e se Azealia Banks realmente estaria em ”ARTPOP” a cantora respondeu:

”Oh, ela… ela não está em ARTPOP. Não. Mas eu a acho uma cantora fantástica, mas não, ela não está.”


Os questionamentos então começaram a surgir para ambas as cantoras, pois a expectativa para as colaborações estava altíssima.

No fim de agosto de 2013, quando Azealia começou a acusar Gaga de copiar suas ideias de sua mixtape ”Fantasea” em relação a temas aquáticos, já que a cantora havia encomendado conchas para sua apresentação de ”Applause” no VMA 2013.

Com isso, Azealia começou diversos ataques a Lady Gaga encerrando assim qualquer possibilidade de parceria entre as duas.

Durante sua participação no Good Morning America em 09 de setembro de 2013 Gaga conversou com alguns fãs e foi questionada sobre a parceria com Banks. Ela então revelou o que estava sentindo em relação a parceria.

"Ela é como... ela teve uma atitude ruim."


Alguns anos após o arquivamento da música e da possibilidade de qualquer lançamento, em fevereiro de 2016, White Shadow surpreendeu a todos dizendo que se chegasse a dez mil seguidores em seu Instagram, liberaria um trecho do instrumental da canção.

A meta de seguidores foi alcançada e um pequeno trecho de ”Red Flame” foi liberado.


No mês seguinte Azealia Banks foi até suas redes sociais falar sobre as colaborações, respondendo alguns fãs que questionavam a possibilidade do lançamento. Segunda a cantora, as canções não haviam sido lançadas por culpa de Lady Gaga e que os fãs deveriam cobrá-la por isso.

Além disso ela comentou sobre as partes que havia escrito.

”Eu escrevi a música toda, exceto o trecho em que Gaga canta ‘pump it’. Eu posso tirá-la e colocar numa batida nova, se vocês gostarem [da ideia].”

”Se os Monsters perguntarem e ela disser que está tudo bem, eu lanço ‘Red Flame’. Se não, nada feito. Não serei processada por isso.”

Logo após a postagem dos tweets, os fãs entraram em surto e não demorou muito para que White Shadow, o produtor da faixa, também se pronunciasse e entrasse numa conversa com Azealia.

DJWS: Você pode lançar a música, se quiser (embora você tenha ficado brava comigo por eu dizer que queria lançar o instrumental).”

AB: Sim, pelo fato de você ter chamado de ‘Red Flame’, quando na verdade Gaga chamava isso de ‘Moombaton’, ou ‘Pump It’ e ‘Sumthin’. ‘Red Flame’ é minha criação!

DJWS: Eu amo essa música. Não estou tentando brigar, eu acho que você deveria lançá-la.”

AB: Eu não estava discutindo. Eu apenas estava deixando que você soubesse a forma como eu penso. E obrigada. Vamos ver… um dia”


Parte da faixa acabou vazando na internet no dia 14 de agosto de 2016.


Em 2017, em mais uma trégua nos ataques a Gaga, Azealia disse que tentaria contatar a cantora para lançar ”Red Flame” e, novamente, não recebeu retorno da cantora.

Já em abril de 2018 ela novamente surgiu em seu Twitter, dessa vez afirmando ter recebido um e-mail da equipe de Gaga dizendo que a cantora estaria interessada em lançar ”Red Flame” e ”Ratchet”. Isso foi o suficiente para causar uma grande movimentação entre os fãs, mas não durou muito. Rapidamente Bobby Campbell entrou em contato com Banks e a informou que o e-mail enviado não havia partido dele e de sua equipe e sim de algum fake.


Onion Girl

”Onion Girl” é uma canção escrita por Lady Gaga e produzida por Zedd em 2012.

Inicialmente a faixa foi uma das fortes candidatas para ”ARTPOP” mas, em algum momento da concepção do disco, isso acabou mudando.

A primeira menção a música ocorreu no dia 20 de agosto de 2012 em uma interação no Twitter com Zedd.

”@Zedd mamãe tem que trazer o bacon para casa. Embora eu não me importe de ser um pouco #OnionGirl #AssLikeAnOnion”


A confirmação de que aquele era o título de uma canção ocorreu durante uma entrevista para a estação de rádio canadense, KiSS 92.5, no dia 19 de novembro de 2013, ao ser questionada sobre músicas que haviam sido descartadas do disco e se elas poderiam ser apresentadas algum dia.

Confira o momento a partir de 5 minutos e 54 segundos.

”Oh, eu mal posso esperar. Tenho algumas como ‘Onion Girl’, essa música incrível que fiz com Zedd. Eu fiz essa música, oh, ‘Onion Girl’ é tão boa. Oh eu fiz essa música com Maddie [Madeon] chamada ‘Tinnitus’, essa é muito boa. Eu fiz uma música com o Paul [White Shadow] chamada ‘In Like With You’. Eu tenho algumas músicas ótimas, músicas incríveis.”


Em outubro de 2017, durante um encontro com fãs, Zedd concordou em responder algumas perguntas sobre músicas trabalhadas com Lady Gaga, dentre elas ”Onion Girl”.

Fã: Então, pergunta aleatória para você: Onde está Onion Girl?"

Zedd: Nós nunca finalizamos essa. Tem um milhão de músicas que nós começamos e, tipo, as pessoas falam sobre elas, mas é que tem tantas canções que começamos e que não deram certo por um motivo ou por outro e nós as largamos. Na hora chegamos a pensar em talvez finalizá-las, mas eu segui em frente e fiz minhas coisas e ela foi para outro lado. Eu sei, as pessoas estão achando… Simplesmente nunca aconteceu. É normal no processo de criar músicas que elas precisem tomar rumos diferentes e essa é só uma das canções que jamais teve um fim."

Fã: É um tipo de mistério não-resolvido…"

Zedd: Não, a gente só começou e aí em certo ponto não fazia sentido para o projeto que nós construímos."

Fã: Alguma delas foi retrabalhada para o True Colors (álbum do Zedd)?"

Zedd: Bem, teve uma música antes de Onion Girl existir, que nós tentamos e funcionou e - eu sei que todo mundo está falando sobre Temple, mas não é verdade, eu não trabalhei em nada de Temple, embora a tenha amado, mas eu não cheguei a trabalhar nela ou participar dela. As pessoas me mandam tweets me perguntando constantemente, mas não tive nada a ver com essa."

Fã: Alguém - houve um e-mail falso recentemente de alguém essa semana (dizendo que o instrumental de Temple foi reaproveitado no True Colors)…"

Zedd: Não, eu vi, eu fiquei tipo ‘por que?... eu conheço essa pessoa, ela jamais faria isso’. Mas não é real."

Fã: Imaginei que fosse falso também."

Zedd: É. Não retrabalhamos nada. Existem músicas que você tenta, mas acabam não funcionando. Essa é uma faixa nova. Mas é normal."


O e-mail citado durante a conversa circulou na internet dias antes, tratando de uma conversa de um fã com o engenheiro de som Dave Russel, que trabalhou na produção de ”ARTPOP”.

No e-mail Dave confirma que a faixa ”Addicted To A Memory” possui o mesmo instrumental da faixa ”Onion Girl” após a mesma ser descartada.

”Sim, você está correto, Zedd usou esses instrumentais em seu álbum. ‘Addicted to a Memory’ é o instrumental de ‘Onion Girl’. Eu ouvi o instrumental ‘Temple’ em uma das músicas do Zedd, não me lembro qual, mas definitivamente não é ‘Straight into the Fire’. Espero que isto ajude. Saúde.”


Apesar da informação e do print, Zedd afirmou que o e-mail era falso, porém não desmentiu sobre o instrumental estar presente em seu disco.


Em entrevista exclusiva à Entertainment Weekly em de junho de 2021 White Shadow foi questionado sobre ”Onion Girl”.

EW: Eu acho que músicas como ‘Tea’ e ’Onion Girl’ são as duas músicas que mais vi as pessoas conversando. Liricamente, que história essas músicas contam?

DJWS: É difícil para mim falar sobre as composições. Se eu e ela estivéssemos sentados lado a lado, eu contaria. Mas eu não quero passar por cima dela assim. Posso apenas dizer que as duas são ótimas músicas.”


Até o momento não houve nenhum vazamento de material relacionado a canção.


Sire

Escrita por Lady Gaga e produzida por DJ White Shadow em 2012 durante o processo de composições de músicas para ”ARTPOP”, ”Sire” acabou não fazendo parte do corte final e não foi registrada no BMI e ASCAP da cantora.

O nome da canção apareceu pela primeira vez em um tweet de Gaga em junho de 2012.

”@realAliceCooper Eu não sou digna, Sire. A maneira como ele mudou as palavras para falar sobre ela foi tão radical. Eu quero sair com #FRANKENGAGA”


Após isso, o nome só voltou à tona em março de 2014. Durante a artRAVE: The ARTPOP Ball Tour”_, Gaga cantou um pequeno trecho da canção e revelou o nome aos fãs. Segundo ela a canção era sobre o cantor Michael Jackson.

Em maio, julho e agosto de 2014 nossa Mother Monster voltou a cantar trechos da música para os fãs nos bastidores. Alguns deles lembraram de pequenas partes da letra e compartilharam nas redes sociais.

Apesar dos relatos, não é 100% confirmado que estas são as letras originais da música.

”I'm not your Billie Jean"

"I could be your thriller
Billie Jean is still pregnant.
I'm not worthy of you, liar.
I'm not worthy of you, sire."

"You never know
I could be Michael
The next Michael Jackson"

"You're the king and I'm not worthy."

"So don't leave me yet."

* Esta não é a ordem oficial da letra.


Durante uma sessão de perguntas e respostas realizada no dia 22 de junho de 2015, White Shadow respondeu à pergunta de um fã que o questionou sobre a música, Segundo o produtor, a música possui BPM (batidas por minuto) de 103.

Apesar da letra e de diversos rumores de instrumentais pela internet, até o momento nenhum material de áudio da canção foi vazado.


TEA

”TEA” foi escrita por Lady Gaga e produzida por White Shadow em 2012. A canção era uma das fortes candidatas para ”ARTPOP” até uma certa parte do desenvolvimento do projeto.

Gaga revelou o título da música pela primeira vez no dia 11 de outubro de 2012, acompanhada de um trecho da letra.


Apesar de ter ficado de fora do corte final de ”ARTPOP”, em algum momento a canção foi cogitada para ser lançada no aplicativo do disco, antes do projeto ser cancelado.

Um background com o nome da música esteve disponível por um tempo na parte ArtHaus.


Em fevereiro de 2017, durante uma sessão de perguntas e respostas, White Shadow comentou que a música era uma das faixas que ele possuía em seu arquivo e que sonoramente ela se assemelhava a ”Toxic” da cantora Britney Spears.

Ele então disse que provavelmente a lançaria algum dia. Isso aumentou a curiosidade dos fãs e trouxe a música de volta à tona.

Para a surpresa dos fãs, no dia 1º de setembro daquele mesmo ano, o produtor estava realizando o show de abertura da ”Joanne World Tour” em Boston quanto simplesmente anunciou que tocaria a introdução de ”TEA” naquele momento.


Após a apresentação diversos Little Monsters começaram a pedir mais trechos da canção e até mesmo o lançamento. Com a música em evidência algumas pessoas repararam na semelhança da introdução de ”TEA” com outra música de Britney Spears, ”Hold It Against Me”.

Clique aqui e ouça o exemplo.


Apesar das diversas versões estúdio criada por fãs com base no áudio tocado por White Shadow, assim como instrumentais estendidos, não há outra versão se não o vídeo do produtor tocando a introdução da música.


Temple

Escrita por Lady Gaga e também escrita e produzida por Zedd em 2012, ”Temple” quase fez parte do corte final de ”ARTPOP”.

Descrita como uma música dance eletrônica, ”Temple” foi mencionada pela primeira vez em uma interação entre Zedd e Gaga no Twitter, em agosto de 2012.

Gaga: sinto sua falta amigo. volte para casa para o baile, prostitutas e fast food esperam por você.”

Zedd: também estou com saudades. vc ainda não come nuggets??

Gaga: mamãe tem que trazer o bacon para casa. Embora eu não me importo de ser um pouco #OnionGirl #AssLikeAnOnion

Zedd: SIM!!!! BACON!!!!!!! Preciso de um #Temple de bacon!!!!


Após o incidente com seu quadril durante a ”Born This Way Ball Tour”, Gaga recuperou-se e começou a se dedicar na produção e finalização de ”ARTPOP”. Nesse meio tempo, ”Temple” tornou-se uma das grandes candidatas a fazer parte do álbum.

Em um Q&A realizado no Twitter no dia 20 de setembro de 2013, a cantora respondeu algumas perguntas sobre "ARTPOP" e citou ”Temple”.

Fã: Qual música teve inspiração no @TaylorKinney111?”

"Gaga: TEMPLE."


Logo depois a cantora respondeu alguns fãs, destacando sobre o que a música falava.

Fã: TEMPLE tem conotações religiosas?”

Gaga: não. mas é sobre se sentir seguro com alguém tão bonito por dentro e por fora. como Vênus fazendo amor com um deus. proteção”


Faltando apenas 2 meses para o lançamento do disco, era certo que a música estaria presente na tracklist. Para a surpresa dos Little Monsters, isso não aconteceu.

Segundo documentos confidenciais da cantora, vazados em 20020, ”Temple” permaneceu na tracklist do disco durante um bom tempo.

A música apareceu já na 1ª versão com algumas pendências nos créditos e em sua gravação/produção. Já na 6ª versão a faixa aparece com seus créditos preenchidos e ficou fixa até a versão 16 de 35. A partir da versão 27 a faixa já não aprecia entre a lista de músicas, tendo sido removida em algum momento em outubro de 2013.


Em outubro de 2017, durante um encontro com fãs, Zedd concordou em responder algumas perguntas sobre músicas trabalhadas com Lady Gaga, dentre elas ”Temple”.

Zedd: [...] Tem um milhão de músicas que nós começamos e, tipo, as pessoas falam sobre elas, mas é que tem tantas canções que começamos e que não deram certo por um motivo ou por outro e nós as largamos. Na hora chegamos a pensar em talvez finalizá-las, mas eu segui em frente e fiz minhas coisas e ela foi para outro lado. Eu sei, as pessoas estão achando… Simplesmente nunca aconteceu. É normal no processo de criar músicas que elas precisem tomar rumos diferentes e essa é só uma das canções que jamais teve um fim."

Fã: É um tipo de mistério não-resolvido…"

Zedd: Não, a gente só começou e aí em certo ponto não fazia sentido para o projeto que nós construímos."

Fã: Alguma delas foi retrabalhada para o True Colors (álbum do Zedd)?"

Zedd: Bem, teve uma música antes de Onion Girl existir, que nós tentamos e funcionou e - eu sei que todo mundo está falando sobre Temple, mas não é verdade, eu não trabalhei em nada de Temple, embora a tenha amado, mas eu não cheguei a trabalhar nela ou participar dela. As pessoas me mandam tweets me perguntando constantemente, mas não tive nada a ver com essa."

Fã: Alguém - houve um e-mail falso recentemente de alguém essa semana (dizendo que o instrumental de Temple foi reaproveitado no True Colors)…"

Zedd: Não, eu vi, eu fiquei tipo ‘por que?... eu conheço essa pessoa, ela jamais faria isso’. Mas não é real."

Fã: Imaginei que fosse falso também."

Zedd: É. Não retrabalhamos nada. Existem músicas que você tenta, mas acabam não funcionando. Essa é uma faixa nova. Mas é normal."


Apesar de Zedd afirmar que não teve nenhum envolvimento em ”Temple”, os créditos da canção, tanto registrados no BMI quanto nos documentos vazados mostram o contrário.

Já o e-mail citado durante a conversa circulou na internet dias antes, tratando de uma conversa de um fã com o engenheiro de som Dave Russel, que trabalhou na produção de ”ARTPOP”.

No e-mail Dave afirma que ”Temple” possui o mesmo instrumental da faixa ”Onion Girl” após a mesma ser descartada.

”Sim, você está correto, Zedd usou esses instrumentais em seu álbum. ‘Addicted to a Memory’ é o instrumental de ‘Onion Girl’. Eu ouvi o instrumental ‘Temple’ em uma das músicas do Zedd, não me lembro qual, mas definitivamente não é ‘Straight into the Fire’. Espero que isto ajude. Saúde.”


Apesar da informação e do print, Zedd afirmou que o e-mail era falso, porém não desmentiu sobre o instrumental estar presente em seu repertório.

Até o momento não existe nenhum material de ”Temple” vazado na internet que seja de conhecimento público.


Tinnitus

”Tinnitus” foi escrita por Lady Gaga e teve seu instrumental produzido por Madeon em 2012.

O nome da música apareceu pela primeira vez em um tweet de Gaga para o produtor em 24 de agosto de 2012.

”Meu trabalhinho de gafanhoto foi bem feito hoje. Estou trabalhando nessa faixa há tanto tempo que tenho Tinnitus. xx”


A confirmação da faixa ocorreu durante uma entrevista para a estação de rádio canadense, KiSS 92.5, no dia 19 de novembro de 2013, ao ser questionada sobre músicas que haviam sido descartadas do disco e se elas poderiam ser apresentadas algum dia.

Confira o momento a partir de 5 minutos e 54 segundos.

”Oh, eu mal posso esperar. Tenho algumas como ‘Onion Girl’, essa música incrível que fiz com Zedd. Eu fiz essa música, oh, ‘Onion Girl’ é tão boa. Oh eu fiz essa música com Maddie [Madeon] chamada ‘Tinnitus’, essa é muito boa. Eu fiz uma música com o Paul [White Shadow] chamada ‘In Like With You’. Eu tenho algumas músicas ótimas, músicas incríveis.”


Apesar do nome ”Tonight Is Us” aparecer acompanhando o nome ”Tinnitus” em alguns arquivos na internet, esse nome não faz parte da música.

”Tinnitus” não é um jogo de palavras para ”Tonight It Us”. ”Tinnitus” significa zumbido e é um termo usado pelos médicos para definir uma ilusão auditiva. Esse foi um dos conceitos usados por Lady Gaga durante a criação da faixa.

Seu instrumental foi vazado em junho de 2017.


Em uma entrevista para o Idolator em 2015, Madeon respondeu a uma pergunta sobre a canção.

”Idolator: Existe uma música inédita? Há um boato sobre uma faixa chamada ‘Tinnitus’.

Zedd: Praticamente tudo em que trabalhamos foi lançado. Eu não tenho, como posso dizer isso, eu não tenho comigo qualquer cópia de uma música chamada ‘Tinnitus’ com Lady Gaga cantando. Eu não tenho isso.”


Lady Gaga não chegou a gravar seus vocais para a faixa.

Alguns elementos do instrumental foram usados nas canções ”Venus” e ”Mary Jane Holland”.


Cake Like Lady Gaga

Escrita por Lady Gaga e produzida por DJ White Shadow em 2012, ”Cake Like Lady Gaga” traz a cantora pela primeira vez a um estilo totalmente diferente do que a mesma já havia trabalhado até aquele momento.

Em 19 de setembro de 2012, White Shadow surgiu no Twitter falando sobre realizar um experimento, lançando uma nova faixa instrumental chamada ”Trap”. Ele a carregou o áudio na plataforma Soundcloud e pediu aos fãs que gravassem um rap para a música, acrescentando que se a letra fosse sobre Lady Gaga, valeria mais pontos.

Ele então deu algumas horas para os fãs enviarem suas versões antes que Tara Savelo e ele escolhessem um vencedor.

Após alguns envios ele disse que havia um vencedor, mas que o mesmo não queria ser identificado. White Shadow então informou que havia decidido adicionar uma ponte para completar a demo. Ele então subiu uma nova faixa chamada ”Trap.aka.Cake” com vocais distorcidos e a descrição:

"o campeão do rap tem uma hora. Eu adicionei uma ponte!!!! vamos misturar essa merda e lançar de verdade... é um sucesso!!!! cake like lady gaga..."

Alguns fãs notaram que os vocais estavam distorcidos e decidiram editar a música para reverter a mudança de tom e assim revelaram que os vocais na verdade eram do próprio DJ junto aos de Lady Gaga.

A música foi recebida de forma positiva pelos fãs, mas gerou dúvidas por sua letra ser bastante diferente das músicas que a cantora já havia lançado. Mas ainda assim aquilo deixou todos os Little Monsters ansiosos, muitos cogitando que a música seria uma amostra do viria em ”ARTPOP”.


Com fortes elementos do trap, um dos estilos característicos de White Shadow, a canção inclui referências do hip-hop, não só em seu instrumental, mas também em suas letras.

Lady Gaga é retratada como uma fazedora de dinheiro ("bolo"). A letra também pode ser vista como uma versão da vida de artista num estilo gangsta rap com diversas referências a carreira e vida da cantora.

Na semana seguinte ao lançamento da música, ocorreu a Semana de Moda de Paris. Durante a apresentação da coleção de verão da Mugler no dia 26 de setembro, um trecho inédito de ”Cake Like Lady Gaga” citando a marca foi apresentado durante o desfile. O trecho acabou vazando logo depois.


No dia 29 de outubro, nossa Mother Monster citou a música em um chat do LittleMonsters.com ao ser questionada sobre os ritmos presentes em ”ARTPOP”.

”[...] cake like lady gaga? hmmm
essa não é exatamente experimental, é só um trap divertido
vocês me conhecem, sempre tem que ter um centro pop chiclete
eu não chamaria o que eu faço de rap
é mais tipo... glam hardcore
é por isso que eles chamam de underground
recitando por cima de uma batida techno/hip-hop


Lady Gaga cantou um pequeno trecho acapella da música durante a ”Born This Way Ball Tour” na França.

Tempo depois, durante sua passagem pelo Brasil em novembro de 2012, ela cantou a música todo na apresentação realizada no Rio de Janeiro, também com a ”Born This Way Ball Tour”, como um bônus na setlist.


Para a surpresa dos fãs, alguns dias depois do show um vídeo da cantora se lambuzando em um bolo gigante, assim como algumas cenas dela em uma banheira e dançando com membros da sua equipe ao som de ”Cake Like Lady Gaga” foi postado por ela no YouTube.

Um segundo teaser também foi divulgado logo depois.


Dirigido por Terry Richardson, o vídeo foi gravado em São Paulo e logo levantou suspeitas de que a música seria lançada oficialmente nas plataformas como um primeiro projeto de ”ARTPOP”. Porém, os planos em relação ao vídeo mudaram e o lançamento nunca ocorreu.


Ainda na espera de um possível lançamento em 2013, durante o iTunes Festival, no dia 1º setembro de 2013, durante o show de abertura realizado por White Shadow, o DJ tocou a versão distorcida de ”Cake Like Lady Gaga” sem o verso adicional Mugler.


A faixa acabou sendo escolhida para ser uma das canções inéditas presentes na ”artRAVE: The ARTPOP Ball”, turnê de divulgação do álbum que estreou em 04 de maio de 2014.

No show a faixa teve uma redução em seu tempo, em sua possível versão final que vinha após o final de ”MANiCURE”, em um mashup.


O backdrop da faixa vazou alguns anos depois.


Na madrugada do dia 03 de abril de 2016 uma versão acelerada da música, chamada de ”Cake (Like Lady Gaga) ft. Lady Gaga & DJ White Shadow”, incluindo todos os versos, foi lançada misteriosamente no iTunes e no Spotify com o nome de um DJ chamado Jay Tromp.


Logo após a repercussão e surpresa dos Little Monsters, naquela manhã Jay se pronunciou nas redes sociais.

”Estou ciente do que está acontecendo com #CakeLikeLadyGaga. As pessoas estão me pedindo para vazar músicas que nem sequer existem. Mais de 200 mil tweets foram publicados na última hora e eles foram todos sobre #Cake. Meu telefone lotou com tantas tags, menções e e-mails. Centenas de mensagens foram postadas sobre mim em fóruns, Twitter, Instagram e Facebook. Algumas positivas; outras, nem tanto. Muitas especulações à volta do ocorrido... Rumores que não são verdadeiros. A canção entrou nas paradas dentro de algumas horas. #2 na Turquia e #1 no Vietnã? Tudo aconteceu tão rápido, enquanto eu estava dormindo. É bom quando você obtém o reconhecimento de uma canção, mas não desta forma. Vou tentar tirar a música de circulação, porque isso não devia estar acontecendo agora. Lady Gaga pode ver isso e, se acontecer, espero que possamos trabalhar em uma faixa nova, criativa e original juntos. Quero que as pessoas gostem da minha música, mas isso não deveria ter sido lançado no iTunes ou em qualquer outro lugar. Eu realmente gostaria que todo mundo que ver este tweet o compartilhasse para que chegasse na Gaga. Se vocês foram capazes de torná-lo de conhecimento público no iTunes, nós poderíamos fazer o certo. Obrigado, Jay."

Logo após, White Shadow também falou a respeito.

”Esse caso do #CakeLikeLadyGaga esteve no iTunes por um tempo. Esta criança, @trompjay, violou direitos autorais. É um ato ilegal e será tratado.

”Para ser claro: o laptop que foi roubado não era um laptop de produção, mas um laptop de DJ. Seja quem for que o pegou, pegou um monte de merda. Nada mais.”

”Nem um pouco animado, tive que ir comprar um novo computador. Alguém precisava tanto de $ que levou as minhas coisas, mas agora já tenho um novo. Desejo-lhes felicidades."

Logo após essas falas, muitos fãs questionaram o DJ e produtor sobre qual seria a versão final da música e se ela finalmente seria lançada.

”Eu, Paul Blair, conhecido como DJ White Shadow, não posso upar #CakeLikeLadyGaga mesmo tendo escrito e produzido. Apenas a Interscope pode.”


Após a polêmica a versão usando o nome de Jay Tromp foi removida das plataformas.


PARTYNAUSEOUS

Escrita por Lady Gaga e Fernando Garibay em 2012, ”PARTYNAUSEOUS” foi inicialmente planejada como uma colaboração com o cantor Kendrick Lamar para seu álbum de estreia, ”good kid, m.A.A.d city”.

Possuindo mais de uma versão ao longo de sua produção, a música recebeu elementos em sua composição que vão do trap, hip-hop, até o j-pop, electronic e dance music.

Durante seu processo de composição de músicas para o ”ARTPOP” entre 2011 e 2012, Lady Gaga contou no LittleMonsters.com que estava sendo bastante influenciada por músicas eletrônicas.

Em 17 de julho de 2012, a ex-maquiadora de Gaga, Tara Savelo postou uma foto da cantora dentro de um estúdio de gravação em Chicago. Logo depois uma foto de Gaga ao lado de Kendrick Lamar.


A dupla havia se encontrado no dia anterior durante o Pitchfork Festival, onde curtiram os shows juntos de alguns amigos.

No dia 15 do mês seguinte, confirmando os rumores, Gaga postou uma foto em estúdio na companhia do cantor e revelou o lançamento de uma nova música. Mas diferente do que todos esperavam, a colaboração era para o álbum de estreia de Kendrick.

A revelação do nome veio em um post publicado pela cantora em seu Twitter.

"@kendricklamar e eu estamos lançando uma música em 06/SET. Se chama ‘PARTYNAUSEOUS’"


Ela também falou sobre a inspiração por trás da música.

”Escrevi ‘PARTYNAUSEOUS’ sobre Jacarta e minha relação com aquele país. Desejando poder ‘ficar chapada com o inimigo’ e fazer as pazes.”

”Uma vez @kendricklamar + comecei a falar sobre a vida + suas visões inovadoras sobre o amor + hip hop, a música se tornou algo mais.“


Já no LittleMonsters.com a cantora deu alguns detalhes sobre como seria a canção.

”Fã: você pode dizer algo sobre ARTPOP ou a música com Kendrick?"

”Gaga: a música com Kendrick é poderosa"
"é um hip hop /pop/ com uma pitada de J-pop techno"
"mas é meio que um hip hop híbrido trancy"


Apesar de não fazer parte do ”ARTPOP” até aquele momento, as ideias de que a música seria mais uma amostra do que estaria por vir no álbum aumentaram as expectativas.

O episódio citado por Gaga em relação a Jacarta ocorreu em de 2012. Desde a confirmação da realização de um concerto da cantora no país, muitos protestos ocorreram. A partir de então, diversos sites especularam sobre a real possibilidade da realização do espetáculo em Jacarta, na Indonésia, país que possui a maior população muçulmana do mundo.

Protestos enormes estavam sendo realizados contra a cantora e o show (que já possuía aproximadamente 50 mil ingressos vendidos com o estádio praticamente lotado) por parte de grupos islâmicos ultraconservadores locais. Após alguns dias, Gaga se pronunciou em seu Twitter, afirmando que havia dois problemas em relação a esta apresentação: as ordens de censura das autoridades locais e os protestos. Também afirmou pelo mesmo meio que caso a apresentação realmente ocorresse, seus dançarinos e banda não se apresentariam junto.

A Indonésia foi o único país onde a produção recebeu ameaças de violência física. Segundo as entidades religiosas, havia cerca de 30 mil pessoas prontas para protestar e algumas possuíam ingressos e realizariam atentados dentro do estádio. A apresentação só foi oficialmente cancelada quando os fãs da cantora pediram pelo Twitter que ela desistisse, já que sua própria segurança estaria comprometida e depois que a polícia local afirmou que não autorizaria o concerto, por falta de segurança.

"A situação em Jacarta é dobrada: as autoridades Indonésias exigem que eu censure o show e extremistas religiosos separadamente ameaçam com violência."


Infelizmente, a canção acabou não sendo lançada. Em um tweet no dia 23 do mesmo mês, Gaga contou o porquê do engavetamento da faixa:

"Eu sinto MUITO pelos fãs. a música com Kendrick não sairá no dia 6, sinto MUITO, não é meu álbum, não controlo as datas. mas fiquem ligados!"


Segundo o que foi dito, a parceria acabou não sendo lançada oficialmente devido a diferenças criativas entre as equipes de Gaga e Lamar.

A tracklist do álbum do cantor foi revelada no dia 2 de outubro de 2012, confirmando que ”PARTYNAUSEOUS” havia sido engavetada. Dois dias depois, Gaga postou no LiitleMonsters.com uma nota explicando a situação da música:

”Peço desculpas aos fãs porque esta situação com o Partynauseous é confusa. Para esclarecer, devo explicar isso. Quando colaboro com um artista, trabalho exclusivamente com ele, não com sua equipe ou empresários. É puramente orgânico e criativo. Eu amo Kendrick como amigo, mas não estava disposta a se comprometer musicalmente com as mudanças que sua equipe estava fazendo em minha música. É por isso que não estou no disco dele. Tenho uma visão muito específica como produtora e compositora, e sempre tive... Essa música será lançada em um momento diferente, para um projeto diferente. Eu amo vocês e acho que deveriam dar uma olhada no material dele porque ele é realmente ótimo. Ele é um bom garoto, às vezes é apenas uma cidade maluca.”


Questionado sobre a música pela MTV Hive em novembro de 2012, o produtor T-Minus, um dos responsáveis por trabalhar na canção, confirmou o que aconteceu com a música.

"Pelo que entendi, parecia que eles [a equipe de Gaga] tinham uma direção que queriam seguir e Kendrick e eu tivemos uma direção diferente. Acontece que não foi aprovado. Todas as partes têm que concordar. Eu vi isso como uma grande oportunidade para Kendrick conseguir uma gravação com Gaga, mas se eles não puderem fazer essa aprovação, então ei, não pode passar. Mas a batida é quente pra caralho. Eu prometo a você."


No dia 29 de outubro, nossa Mother Monster contou em um chat do LittleMonsters.com quais foram suas inspirações para ”ARTPOP” e algumas canções. Ela citou duas delas sendo inspiradas pelos acontecimentos em Jacarta: ”PARTYNAUSEOUS” (que ela já havia revelado) e posteriormente ”Gypsy”..

"eu amo os monstrinhos da Indonésia, eles inspiraram algumas músicas no artpop ARTPOP
bem, eu fiquei bastante inspirada com o conflito que tivemos com a Indonésia
então eu escrevi algumas músicas sobre isso mas elas são mais metafóricas conceituais
sobre unir as pessoas
as duas músicas são dance
[...]
uma das canções é uma obra-prima da música 'complextro'
a outra é uma junção de hip-hop/j-pop/pop
não é hip-hop do jeito que vocês conhecem é mais underground, um club trap gay de Chicago


Apesar de não ter sido lançada oficialmente, ”PARYNAUSEOUS” foi utilizada como uma interlude durante a ”artRAVE: The ARTPOP Ball” em 2014.

Sem os vocais de Kendrick Lamar e com uma batida dançante, a canção teve uma pequena modificação com alguns cortes durante a turnê.


Em maio de 2015, uma versão da música, diferente da interlude vazou na internet.

Com grande parte dos vocais cantados por Kendrick e com batidas focadas no trap e hip-hop, esta seria a linha da versão que estaria inclusa no álbum do cantor.


Tempo depois os fãs repararam em uma pequena semelhança de elementos instrumentais de ”PARTYNAUSEOUS” com uma demo da cantora Sia, chamada ”Hologram”.


A música acabou sendo vendida e incluída no film ”Vox Lux” e interpretada pela cantora Madilyn Bailey.


Logo foi identificado que Fernando Garibay também foi o produtor da faixa. Os rumores de aquele era o instrumental de ”PARTYNAUSEOUS” e de que o mesmo havia sido retrabalhado tomaram conta da internet e foram confirmados em 2021, quando a versão pop da música foi vazada.

Chamada de ”(Demo 2)” a versão conta com vocais de Kendrick em grande parte da faixa e mais partes da letra da versão ao vivo, cantadas por Lady Gaga.


Apesar das versões vazadas e de diversas versões fan mades, a versão da ”artRAVE: The ARTPOP Ball” nunca foi vazada.


Stache

”Stache” é uma música produzida por Zedd para seu álbum ”Clarity”.

Sendo seu primeiro álbum de estúdio, o lançamento foi realizado no dia 02 de outubro de 2012 nos Estados Unidos e posteriormente em demais locais pelo mundo.

A faixa ocupa a 7ª posição da tracklist do álbum e ganhou destaque ao ser usada pelo produtor e por Lady Gaga. Em um novo jogo com os fãs (com dinâmica parecida com a que foi feita com White Shadow em ”Cake Like Lady Gaga”), através do Twitter, LittleMonsters.com e SoundCloud para criar um quebra-cabeça. Ela carregou as instruções e a acapella de uma música e pediu aos fãs que criassem uma versão final, dando dicas com a palavra ”Stache”.

THEHAUSMUSIC

Os fãs então começaram a juntar diversos instrumentais de Zedd com os vocais, até que muitos pegaram a referência do nome e juntaram o instrumental com acapella, concluindo o jogo.

Após a conclusão, alguns fãs resgataram um tweet da cantora em interação com o produtor, que citava o nome da música.

”eu tenho uma grande tesão musical @Zedd. Where's my #Stache? Can you Feed My Love”


Logo após a música viralizar e ganhar o gosto dos Little Monsters, muitos inclusive começaram a achar que a canção ”Pincess Die” havia se transformado em ”Stache”, também chamada pelos fãs de ”Princess High”, tomando um rumo totalmente diferente. Isso foi desmentido por Lady Gaga posteriormente.


BÔNUS

Bitch, Don’t Kill My Vibe

Gravada por Kendrick Lamar e produzida por Sounwave para seu primeiro álbum de estúdio, ”good kid, m.A.A.d city”, lançado em 2012.

A intenção original era ser uma colaboração com Lady Gaga, assim como ”PARTYNAUSEOUS”. O engenheiro de som de Lamar, Derek "MixedByAli" Ali falou sobre a colaboração para a Complex em outubro de 2012.

”Estávamos em Chicago com Lady Gaga no estúdio quando tocamos a música para ela. Ela queria participar, mas acho que ela fez isso em algum lugar da Europa e nos enviou os arquivos. Eles estavam indo e voltando na música e discutindo diferentes conceitos sobre o que poderiam fazer com o disco. Na verdade, tínhamos um disco pronto, mas houve problemas de tempo com o álbum e ela [gravação] não chegou à data limite.”


Quando questionado na mesma entrevista sobre o porquê de Gaga não estar na versão final, Kendrick disse:

”[Lady Gaga estaria na música]. Tínhamos um encontro, mas tínhamos que cumprir o prazo da data da pré-encomenda. Isso é apenas o lado comercial aparecendo e bagunçando as coisas. Mas você sabe que é o plano de Deus. Não estou muito preocupado com isso porque sei que temos algo especial. [...] Esse é realmente um grande subliminar sobre todo mundo se misturando em uma situação onde todo mundo quer ter controle criativo. Essa é a vibração que eu queria matar. Foi por isso que joguei aquele disco fora. Se você ouvir algumas das palavras, verá que é muito complicado, mas faz sentido.”


No dia 8 de novembro de 2012, durante sua passagem pelo Brasil, a versão contendo os vocais de Lady Gaga foi lançada com o nome "(The LG Mix)" junto a um dos vídeos do vlog do DJ White Shadow, o DJWS Vision.

DJWS vision number 2 from paul blair on Vimeo.

”Nós nos sentimos mal por matar sua vibe, então aqui está a demo que você nunca ouviu. E as crianças no Rio e os bastidores na Colômbia”,


Após o lançamento, Lamar expressou sua surpresa e aprovação por ela ter lançado a música, pois sentiu que isso demonstrava confiança no trabalho deles juntos.

“Eu nem sabia que ela iria lançar isso. Isso foi uma surpresa. Achei que ela iria guardar isso na lixeira. Eu estava bem com isso. Mostrou às pessoas que não estávamos brincando com isso; na verdade estávamos no estúdio vibrando quando gravamos. Para ela divulgar mesmo não lançando oficialmente, isso diz muito. Isso mostra que ela está confiante não apenas em seu trabalho, mas no meu trabalho.”


Falar sobre o "Act II" e tantas canções não lançadas oficialmente, nos faz sonhar com uma continuação de ”ARTPOP” 10 anos depois de seu lançamento. Pode ser algo bem distante do que realmente irá acontecer em novembro, mas também pode nos surpreender.

Vimos um esforço significativo do DJ White Shadow em tentar algo para os fãs e para o próprio projeto em si, mas o retorno do público pareceu um tanto agressivo. Ainda assim, ”ARTPOP” merece ser celebrado e lembrado em cada detalhe, em cada música, em cada acorde.


Para a próxima parte, iremos relembrar como foi o cronograma de divulgação do disco, com suas diversas apresentações realizadas. Não percam!!!

Relembre as partes anteriores do nosso especial:

ESPECIAL #10AnosdeARTPOP:
- Parte 01: O Início de uma nova Era

ESPECIAL #10AnosdeARTPOP:
- Parte 02: Criação, Produção e Lançamento

ESPECIAL #10AnosdeARTPOP:
- Parte 03: Singles e Videoclipes

ESPECIAL #10AnosdeARTPOP:
- Parte 04: Músicas

ESPECIAL #10AnosdeARTPOP:
- Parte 05: Músicas



Acompanhe todas as novidades sobre a Lady Gaga em nossas redes sociais: Facebook, Twitter e Instagram.

- As informações citadas foram retiradas no fórum Gagapedia / Acervo pessoal.

Tradução por Bruno, DavidLuis198, Deborah Sant' Anna, Klara Gomes e Laíza Coelho.

Arte da capa por Lucas Marques.